Semifinalistas olímpicas, Holanda e Sérvia decidem Europeu no domingo
Com a Rússia precocemente fora do páreo, era muito difícil que a decisão do Campeonato Europeu feminino 2017 não fosse entre holandesas e sérvias – seleções que chegaram entre as quatro melhores colocadas das últimas olimpíadas. As semifinais em Baku, neste sábado, não contrariaram os prognósticos.
A Holanda, atual vice-campeã continental, sofreu, mas bateu a seleção do Azerbaijão por 3 sets a 2 (20-25, 25-19, 25-19, 25-27, 15-12). A equipe venceu a longínqua edição de 1995 do torneio e busca o bicampeonato. A Sérvia, no segundo jogo do dia, anotou um 3 a 0 sem muita conversa sobre a Turquia (25-17, 25-12, 25-21), e também segue viva na luta pelo segundo título continental de sua história – venceu em 2011.
Não é só pelo cansaço do time laranja, que ficou 2h17min em quadra contra as donas da casa, que as vice-campeãs olímpicas chegam com vantagem à final. Tanto pelo retrospecto dos últimos anos, quando a Sérvia foi prata na Rio 2016 e na Copa do Mundo 2015, quanto pelo confronto que as duas equipes tiveram na primeira fase (vitória sérvia em sets diretos), o favoritismo é do time de Boskovic e Mihajlovic. Elas não devem desconsiderar, porém, que as holandesas, para chegar à decisão, encontraram força e voleibol para reagir a uma situação que lhe parecia fugir do controle.
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A Holanda largou mal na partida diante do Azerbaijão, viu o bloqueio adversário crescer a sua frente e pareceu apequenar-se diante dos 5,1 mil torcedores no ginásio. (Deve ter havido quem recordasse, ao cabo da primeira parcial, que o Azerbaijão já havia derrotado o time holandês este ano, nas eliminatórias para o Mundial 2018.) Mas quando puseram os nervos no lugar e melhoraram no saque, as visitantes mudaram o panorama do duelo e viraram para 2 sets a 1.
Daí, quando as holandesas acreditavam ter controlado a situação, eis que o roteiro daquela semifinal pareceu ter sido drasticamente reescrito para consagrar Polina Rahimova. Principal nome da seleção azeri já há algumas temporadas, a oposta conduziu sua equipe ao tie break num momento em que a virada no quarto set, que estava 22-17 para a Holanda, era improvável.
Com uma torcida vibrando e nas arquibancadas e uma levantadora que sabia que poderia contar com ela nas horas mais difíceis, Rahimova anotou nada menos que oito pontos no quinto set, chegando a 38 no total.
Contudo, na hora de definir, prevaleceu a experiência da geração mais habituada a jogos dessa magnitude e o plantel menos dependente das cortadas de uma jogadora só. A oposta Lonneke Slöetjes (25 pontos na partida) e a ponteira Anne Buijs, ex-Rexona Sesc, com 33 acertos no jogo, foram decisivas, e a Holanda, com 14 pontos de ataque no tie break, fechou a partida.
Na outra semifinal, o passeio sérvio durou apenas 1h18min e contou com 23 pontos totais de Boskovic (aproveitamento de quase 60% no ataque) e 21 anotações concedidas em erros pelas turcas, que só conseguiram impor alguma dificuldade no terceiro set. A Sérvia chega à final com cinco vitórias em cinco jogos e só um set perdido em toda a competição – para a Bélgica, no terceiro jogo da primeira fase.
A decisão do Europeu será no domingo, ao meio-dia, pelo horário de Brasília, com transmissão pela ESPN Extra. Antes, às 9h da manhã, azeris e turcas jogam pela medalha de bronze.
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