Europeu: França vai para casa mais cedo e Eslovênia despacha Polônia
Cracóvia, Polônia – Uma seleção chegou carregando o status de grande favorita, a outra era a dona da casa e tinha planos de subir ao pódio. Nada feito. Nos playoffs, nesta quarta-feira (30), França e Polônia disseram adeus ao Campeonato Europeu de vôlei masculino. Não chegaram sequer às quartas de final. Em quatro partidas, os franceses, atuais campeões europeus, jamais estiveram perto de mostrar o voleibol moderno e ágil que caracteriza o time, sendo eliminados pela esforçada seleção da República Tcheca, em Katowice, por 3-1. Já os poloneses, presas da sua instabilidade, caíram em sets diretos e foram despachados da competição pela ascendente Eslovênia pela segunda vez consecutiva, para desespero dos 9 mil espectadores que foram à Tauron Arena, em Cracóvia.
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Nos outros dois jogos dos playoffs, a Bulgária venceu a Finlândia por 3-1, enquanto a Itália superou a Turquia por 3-0. Nesta quinta-feira (31) serão realizadas as quartas de final (horário de Brasília):
Em Katowice (Spodek Arena)
– Alemanha vs. Rep. Tcheca, ao meio-dia e meia
– Bélgica vs. Itália, às 15h30
Em Cracóvia (Tauron Arena)
– Rússia vs. Eslovênia, ao meio-dia e meia (ao vivo na ESPN Extra e VT às 21h na ESPN+)
– Sérvia vs. Bulgária, às 15h30
Eliminação polonesa
O otimismo polonês diante do confronto com a Eslovênia era tanto que só se falava no jogo das quartas de final com a Rússia. Mas esqueceram de combinar com os eslovenos. A derrota para eles há dois anos, por 3-2, nas quartas de final do Europeu, havia ficado para trás, diziam jogadores, imprensa e fãs poloneses. Na ocasião, a Eslovênia chegou à final e ficou com a prata, perdendo para a França.
Não que a Polônia tenha sido brilhante recentemente – não vencem nada desde a conquista, em casa, do Mundial 2014. Era justamente por jogar diante dos seus fãs que esperavam quebrar o jejum desta vez.
Na fase de grupos, após perder para a Sérvia por 3-0 na estreia, a Polônia bateu a Finlândia e a Estônia pelo mesmo placar. Nada que empolgasse muito, mas o fã polonês nunca abandona o time. Já a Eslovênia, sem o ponta Klemen Cebulj, que sofreu um estiramento no abdômen pouco antes do torneio, tinha vencido somente a Espanha, equipe mais fraca da competição, por 3-0. Perdeu, também em sets diretos, para russos e búlgaros, ou seja, havia apenas sobrevivido até ali. Antes da partida desta quarta-feira, os jornalistas eslovenos que estavam na Tauron Arena davam como certa a eliminação da equipe. Não contavam com a boa relação saque-bloqueio de sua seleção contra o time da casa. A Eslovênia dominou o jogo.
A Polônia não exigiu muito, diga-se. Tendo no saque a sua melhor arma, serviu sem eficiência. Com a bola na mão a maior parte do tempo, o levantador esloveno Dejan Vincic acelerou as jogadas. Os maiores pontuadores da partida foram o ponta Alen Sket e o central Alen Pajenk, ambos com 13 pontos. Destaque para Pajenk, que se recebeu apenas seis bolas, colocou todas no chão, e ainda fez seis pontos de bloqueio.
Ao final, havia torcedores poloneses chorando, enquanto a pequena torcida eslovena celebrava, cantando e dançando junto aos seus atletas.
O presidente da federação polonesa, Jacek Kasprzyk, convocou uma reunião para esta quinta-feira com todos os atletas da seleção e a comissão técnica. O treinador italiano Ferdinando De Giorgi, que assumiu a equipe esta temporada, tem sido duramente criticado, mas seu contrato vai até Tóquio 2020 e há uma multa prevista em caso de demissão. O último técnico a durar um ciclo olímpico inteiro na seleção masculina polonesa foi o argentino Raul Lozano, no período 2005-2008.
França ficou devendo… e muito
Após vencer a Liga Mundial 2017, derrotando o Brasil na final em Curitiba, diante de 24 mil torcedores, a França chegou à Polônia para a disputa do Campeonato Europeu como a grande favorita. O principal jogador do time, o ponta Earvin N'gapeth, veio mesmo machucado, sentindo dores lombares. Porém, ainda que sem ele entre os titulares, esperava-se mais dos franceses, que apresentaram um voleibol pálido em Katowice nas quatro partidas que disputaram. Mesmo na vitória por 3-0 sobre a Turquia, no último jogo da fase de grupos, a França não convenceu.
A República Tcheca não tinha nada a ver com isso e, apesar das limitações, pegou a vaga para as quartas de final. O líbero francês Jenia Grebennikov resumiu bem a partida: "Os tchecos não jogaram bem, mas nós fomos ainda piores, em nenhum momento jogamos como um time".
O técnico Laurent Tillie, que já havia dito ao Saída de Rede que a equipe não tinha encaixado seu jogo no torneio, voltou a bater na tecla após a eliminação.
O astro Earvin N'gapeth, que salvou o time diante dos holandeses na primeira fase, vindo do banco, desta vez começou jogando. Saiu, voltou e foi substituído mais uma vez. "Não sei o que aconteceu, nós simplesmente não entramos na disputa, foi como se não estivéssemos jogando. Não dá para inventar uma desculpa, falar em cansaço, pois todos os jogadores, de todas as seleções, tiveram uma temporada puxada. Faltou tranquilidade e sem ela somos um time qualquer", disse aos jornalistas.
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