Brasil vence a Holanda no tie-break e depende da China para sobreviver no Grand Prix
Derrotada em sets diretos para a China na estreia da fase final do Grand Prix, a seleção brasileira feminina de vôlei se recuperou do resultado negativo nesta quinta (3) ao bater a Holanda em Nanquim por 3 sets a 2, parciais de 25-27, 25-23, 22-25, 25-22 e 15-11. Apesar da vitória, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães ainda depende da China para avançar à semifinal do Grand Prix.
Isso porque as brasileiras chegaram a dois pontos no grupo J do torneio, contra um das holandesas, que encaram as já classificadas asiáticas nesta sexta-feira (4), às 8h30 (horário de Brasília). Em caso de vitória das europeias, elas chegam a três (se vencerem por 3 a 2) ou quatro pontos (se vencerem por 3 a 0 ou 3 a 1), eliminando as sul-americanas. Na possibilidade de qualquer derrota diante das atuais campeãs olímpicas, a Holanda é quem estará fora por não ter vencido nenhum jogo nesta etapa da competição – o número de vitórias é o primeiro critério de desempate, o que beneficiaria o Brasil mesmo que os dois times empatem em dois pontos, o que aconteceria com um êxito no tie-break das chinesas.
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Em entrevista ao SporTv logo após a partida, o técnico Zé Roberto foi questionado sobre a possibilidade de as donas da casa "entregarem" a partida desta sexta para eliminarem o Brasil. "O que eles (os chineses) vão fazer, não cabe a mim. Não fizemos a nossa obrigação e por isso não vou dormir tranquilo hoje, mas acredito que eles vão jogar para ganhar", respondeu o treinador, que aproveitou para lembrar que, no Mundial de 2014, as brasileiras também tiveram a chance de tirar as chinesas da competição em caso de derrota para a República Dominicana, mas jogaram com tudo e saíram de quadra com a vitória.
O classificados do outro grupo desta fase final do Grand Prix, o K, já estão definidos: testando novas jogadoras assim como o Brasil, os Estados Unidos acabaram eliminados ao perderem para a Itália mais cedo por 3 sets a 1, parciais de 25-21, 22-25, 25-22 e 25-21. Desta forma, as italianas encaram a Sérvia às 4 horas de sexta apenas para definirem quem vai às semis em primeiro lugar.
Altos e baixos
Quase duas semanas após baterem essa mesma Holanda em Cuiabá por 3 a 1, a seleção feminina apresentou hoje os mesmos pontos altos e baixos que vem marcando sua campanha ao longo da competição: dificuldades no passe, que acabam comprometendo o ataque, e ótimo bloqueio. As ações ofensivas, por sua vez, passaram por oscilações especialmente nos momentos decisivos dos três primeiros sets, mas depois se acertaram especialmente através de Tandara e Rosamaria, que fizeram respectivamente 25 e 22 pontos cada.
Destaque-se ainda a entrada de Bia na metade final do duelo, o que deu uma outra cara ao time não só em termos técnicos, mas também como fator de motivação: ao todo, a jogadora conseguiu sete pontos e foi fundamental para que a virada acontecesse, evitando uma consequente eliminação precoce no torneio. Do outro lado quadra, quem fez a diferença foi Celeste Plak, que substituiu a estrela do time, a lesionada Lonneke Sloetjes, na saída de rede. Ao todo, a holandesa marcou nada menos que 28 pontos.
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Da mesma forma que havia feito em seus domínios, a seleção brasileira iniciou o jogo apostando em saques na ponteira Anne Buijs, que jogou a Superliga na mais recente temporada de clubes e mostrou deficiência no passe. Deu certo, mas a recepção do time verde-amarelo também foi mal e a falta de eficiência na virada de bola comprometeram a vitória na primeira parcial.
Acordado pelo resultado negativo, o Brasil começou o segundo set com tudo e chegou a abrir 6 a 0, mas incrivelmente tomou o empate em seis pontos. O duelo então voltou a ficar equilibrado e Zé Roberto até apostou em uma nova levantadora, Macris. No fim, vitória por margem mínima: 25-23. A armadora permaneceu em quadra na etapa seguinte, mas o desempenho dela não foi suficiente para evitar com que as brasileiras voltassem a ficar atrás no placar – a essa altura, o técnico da Holanda, Jamie Morrison, já havia trocado de vez Buijs por Daalderop, obtendo bons resultados.
Pressionadíssimas com a eliminação batendo à porta, as brasileiras então mostraram força mental para não se entregarem e reagiram, com Bia comandando o bloqueio. O saque também passou a entrar melhor e as holandesas começaram a errar tudo o que não haviam errado antes. No fim, a equipe de Zé Roberto acabou recompensada pela persistência, mas os maus momentos anteriores fazem com que o futuro da seleção no torneio esteja na mão de um de seus maiores rivais.
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