Destaque da Superliga deixa as quadras para se dedicar aos estudos
Sétima maior pontuadora da edição 2016/2017 da Superliga feminina, a oposta Bárbara despertou o interesse de diversos clubes na atual abertura do mercado do vôlei. Todos eles, porém, receberam um "não" como resposta. Mas o motivo é bastante nobre…
Com 30 anos completados no último mês de maio, a atacante do Pinheiros decidiu retomar o desejo de estudar. Formada há 12 no Ensino Médio, ela até tentou fazer alguns cursos desde então, mas a rotina pesada de treinos e jogos prejudicaram sua produtividade. A decisão então foi se afastar das quadras e já neste mês Bárbara inicia um curso de Personal Stylist na Faculdade Belas Artes.
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"Foi uma decisão bem difícil, só que temos que pensar pelo outro lado: quando eu parar de jogar vôlei, o que vou fazer da minha vida? Joguei durante 17 anos, não sei fazer outra coisa. Pensei um pouco e isso pesou", comenta a jogadora, em entrevista exclusiva ao Saída de Rede.
Apaixonada por moda, Bárbara já tem um embrião do que pretende transformar em uma nova fonte de renda: a conta de Instagram @alta_ajuda, criada em 2015 e focado em dicas e tendências para mulheres com altura acima da média. "Mais para frente, penso em me envolver com alguma marca para ajudar as altas. É um segmento que precisa e, como estou em um meio de muita gente grande, acho que pode dar muito certo. Posso ajudar a envolver alguma atleta para fazer marketing, por exemplo", planeja.
Abaixo, uma amostra do trabalho da atleta no Instagram:
A mudança na carreira era uma ideia que estava na cabeça da jogadora desde o início da temporada passada, quando ela acertou com o Pinheiros. Curiosamente, no entanto, o bom desempenho em quadra quase a fez desistir dos planos. "Às vezes quando a gente planeja, as coisas não saem como pensamos: eu mesma não imaginava que eu faria uma temporada como a que eu fiz. Até fiquei esperando para ver se eu poderia ser convocada para a seleção, só que não rolou. Acho que isso tornou a decisão um pouquinho mais fácil", destaca Bárbara, que chegou a vestir a camisa amarela no passado.
A perda de uma fonte de renda garantida foi outro fator crucial. "Desde os 13 anos comecei a ganhar um dinheiro e hoje em dia algumas pessoas dependem de mim. Mas conversei bastante com o meu marido e vimos que não é algo pra eu ficar desesperada, até porque não quero ficar parada e sim investir em alguma coisa", conta a atleta, que não descarta a possibilidade de retornar às quadras em 2018. "Quero estudar e ver se é isso o que eu quero. Se for, é fugir do vôlei. Agora, se acabar o ano e eu ver que devo voltar pra minha rotina antes, eu volto", afirma.
GRAVIDEZ À VISTA
O desejo de ser mãe também pode pesar na futura decisão de Bárbara. "Estou casada há sete anos e, desde então, a família pede neto. Chega uma hora que não dá mais pra fugir e agora estou começando a pensar por esse lado. Acho que as coisas vão se encaixando conforme o tempo passa…", reflete a atleta.
Enquanto o momento de dar um novo passo não chega, a oposta curte a rotina mais leve: "Não tenho mais aquela rotina de cobrança o dia inteiro. Faço meus horários, vou pro pilates… estou super feliz. Meu medo era não ficar assim, mas está acontecendo ao contrário e me sinto plena. Tudo está dando certo".
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