Só os melhores! Veja nossa seleção da Superliga masculina 2016/2017
Não deu outra. Sem se incomodar com o favoritismo que os resultados ao longo dos últimos anos lhe concederam, o Sada Cruzeiro sagrou-se campeão da edição 2016/2017 da Superliga masculina de vôlei. Em 29 jogos, a equipe mineira sofreu apenas uma derrota e ela deve ser relevada, já que ocorreu quando os titulares descansavam para os playoffs.
Diante de tal situação, é natural que os atletas do Sada sejam a maioria das escolhas da equipe do Saída de Rede para os melhores da competição – ao contrário da CBV (Confederação Brasil de Vôlei), não nos baseamos somente em estatísticas para formar o time ideal da disputa. Quem compõe essa equipe? Você confere abaixo:
Taubaté valoriza a final, mas Sada Cruzeiro manda recado: só o tempo é capaz de pará-los
Evandro: "O gosto do título é melhor do que eu imaginei"
Levantador: William (Sada Cruzeiro)
Não bastasse a imensa habilidade que concedeu o apelido de "Mago" ao atleta quando ele ainda era ídolo apenas na Argentina, o armador do Sada Cruzeiro também se destaca por sua regularidade: é raro vê-lo jogar mal. Com um imenso potencial ofensivo à disposição, sabe a hora correta de usar cada uma das peças e é um dos principais responsáveis pela hegemonia estabelecida pela Celeste no vôlei. Seu talento fica ainda mais evidenciado no cenário nacional, onde a força física não tem a mesma importância dada à técnica.
Oposto: Wallace (Funvic/Taubaté)
Forçado a sair do próprio Sada há cerca de um ano por conta do ranking que classifica os jogadores da Superliga com pontuações entre zero e sete, Wallace era alvo de uma dúvida natural: conseguiria continuar sendo um monstro no ataque mesmo sem jogar ao lado de William? O posto de maior pontuador da competição fala por si só. Mais maduro, o oposto tem conseguido escolher melhor o golpe a ser usado em cada ataque e toma menos bloqueios, além de ser um perigo no saque. Não por acaso, neste meio tempo ainda teve o "bônus" de ganhar o ouro olímpico sendo o principal jogador da seleção, onde ainda devia atuações similares às do voleibol de clubes.
Ponteiro 1: Leal (Sada Cruzeiro)
Liberado recentemente para defender a seleção brasileira a partir de 2019, o cubano foi o terror dos sistemas defensivos adversários pelo alcance e potência de suas cortadas. É, sem sombra de dúvidas, um dos melhores atacantes do mundo na atualidade, além de fazer um trabalho razoável na recepção. Bem marcado, esteve mais discreto na final contra Taubaté, conseguindo apenas nove pontos, mas isso não apaga todo o excelente trabalho que desenvolveu ao longo da Superliga.
Ponteiro 2: Douglas Souza (Sesi)
Maior surpresa da convocação para a Rio-2016, onde foi um mero figurante, Douglas Souza viveu mais uma temporada de evolução e vinha sendo o melhor jogador do Sesi até uma lesão no abdômen comprometer sua participação nos playoffs – quando voltou, já na quarto jogo da semi contra Taubaté, deu outra cara para a recepção e virou bolas importantes, ainda que estivesse sem ritmo. Aos 21 anos, mostra potencial para seguir o legado deixado por nomes como Nalbert, Giba e Murilo (Foto: Divulgação/Sesi)
Central 1: Simón (Sada Cruzeiro)
Em sua primeira temporada no Brasil, o cubano ignorou qualquer problema de adaptação que eventualmente viveu e passou a impressão de jogar aqui há anos. Para desespero dos rivais, o entrosamento com William aconteceu rapidamente e aliou-se a outro recurso técnico importante do central, que é a agilidade para se movimentar no bloqueio como se seus 2,08 m e 113 kg já não lhe tornassem um paredão natural na rede.
Apesar de não ser exatamente uma novidade para quem acompanha vôlei com atenção, o meio-de-rede do Minas Tênis Clube pode ser considerado a grande revelação do torneio. Rápido e dono de um excelente tempo de bloqueio, ainda possui um excelente alcance e variedade golpes ofensivos. Mostrou liderança ao assumir a tarefa de ser o capitão do tradicional time de Belo Horizonte e, se seguir nesta pegada, tem tudo para estourar de vez no ciclo olímpico que se inicia (Foto: Divulgação/Minas).
Confira a nossa seleção da Superliga feminina
Líbero: Serginho (Sada Cruzeiro)
É igual vinho: quanto mais velho, melhor. Aos 38 anos, o defensor exerce um trabalho muitas vezes ignorado, mas bastante importante no papa títulos nacional: proporcionar contra-ataques de qualidade. No primeiro toque, Serginho também esbanja qualidade e passa a tranquilidade necessária a Leal, geralmente o alvo dos fortes saques rivais. O recorde de títulos da Superliga (oito) mostra que ele deveria ser levado a sério na disputa por uma vaga na seleção, algo que infelizmente nunca aconteceu (Foto: Inovafoto/CBV).
Técnico: Marcelo Mendez (Sada Cruzeiro)
O argentino que chegou discretamente ao Brasil em 2009 é a espinha dorsal daquele que já se tornou um dos grandes times da história do vôlei. Exigente e obcecado com os detalhes, também chama a atenção pelo imenso conhecimento das táticas do esporte. Seu trabalho é tão bom que não seria nada estranho se tivesse substituído Bernardinho à frente da seleção brasileira. A CBV, porém, optou por Renan Dal Zotto, que sabe que terá que conviver com a sombra cada vez maior do colega de profissão… (Foto: Inovafoto/CBV)
Pelo conjunto da obra, William merece ficar com o posto de melhor jogador da competição. Além das qualidades já citadas acima, cresce em momentos decisivos e, não raro, também sai de quadra com seus pontinhos – na final, por exemplo, foram cinco, com direito a bloqueio até mesmo em cima de Lucarelli. De malas prontas para o Sesi na próxima temporada, será uma ausência pra lá de sentida em Minas Gerais (Foto: Inovafoto/CBV).
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Menções honrosas (ou quem poderia estar na seleção da Superliga, mas faltou espaço): Renan Buiatti (JF Vôlei), Evandro (Sada Cruzeiro), Theo (Sesi), Otávio (Funvic/Taubaté), Ricardo Lucarelli (Funvic/Taubaté), Maurício Souza (Brasil Kirin), Gabriel (Lebes/Gedore/Canoas) e Luan Weber (Montes Claros).
E você, o que acha? Na sua opinião quem foram os melhores jogadores da Superliga masculina 2016/2017?
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