Sada Cruzeiro: como evitar que o favoritismo tire o foco da decisão?
O cartel do Sada Cruzeiro não deixa margem para dúvida sobre quem é o favorito na decisão da Superliga 2016/2017: tetracampeão da competição (2011/2012, 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016), tetracampeão sul-americano (2012, 2014, 2016 e 2017), além do tricampeonato mundial de clubes (2013, 2015 e 2016). Dizer que a equipe mineira é uma máquina de colecionar títulos já virou clichê. Seu ataque, saque, sistema de bloqueio e defesa a colocam um patamar acima das demais.
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O fato é que, se o favoritismo do Cruzeiro é escancarado, ninguém pode negar que eles lidam muito bem com isso. Neste domingo (7), pela sétima vez seguida, o Sada decide a Superliga. O adversário da vez é o Funvic Taubaté, estreante na final do torneio mais importante do País. Mas como é que a equipe multicampeã comandada pelo técnico argentino Marcelo Mendez mantém o foco? O Saída de Rede conversou com o treinador, cinco titulares e conta para você.
Curtir cada momento
"Depois de ganhar tantos títulos, somos cada vez mais candidatos ao próximo. Sabemos que vai ser um jogo muito difícil. O melhor jeito de disputar essa final é só pensar em jogar, fazer isso da melhor forma possível, aproveitar cada oportunidade que criarmos e aquelas que nosso adversário nos der. Também temos que curtir cada momento", disse Mendez ao SdR.
O ponta Yoandry Leal admite o favoritismo, mas o atribui ao fator casa. "O time de Taubaté é muito forte, cresceu muito na segunda fase da Superliga. Temos o favoritismo por jogar diante da nossa torcida, que vai lotar o Mineirinho, o que vai ser muito bom para a gente. Carregamos esse histórico de sempre chegar às finais e vencer muito, mas teremos que mostrar isso em quadra no domingo", afirmou o atacante cubano naturalizado brasileiro ao blog.
Concentração
Para o central cubano Robertlandy Simón, a chave para evitar cair na armadilha do favoritismo e não se perder em quadra é a concentração. "Temos que entrar bem concentrados para fazer o nosso melhor jogo. Pode ser que tenhamos um mau dia e eles joguem muito bem. Final em jogo único é complicada porque nem sempre demonstra quem é o melhor time".
Presente em todas as grandes conquistas do Cruzeiro, William Arjona, levantador e capitão, aponta a força do adversário. "Taubaté é uma baita equipe, a final é entre os dois melhores times do campeonato. A torcida no Mineirinho é a única vantagem que a gente tem, é uma energia diferente, temos que aproveitar isso". Ele destaca a tranquilidade do Sada. "O time está bem, todo mundo gosta de jogar final de campeonato", completou.
Time calejado
O veterano ponta Filipe Ferraz lembrou que essa é uma situação que o Cruzeiro viveu diversas vezes. "Todo mundo coloca a gente como favorito, como o time a ser batido, a gente já está calejado. Estamos cansados de escutar isso, mas no bom sentido. Conseguimos levar isso numa boa, encaramos isso dentro de quadra fazendo o jogo fluir", falou ao SdR.
Outro jogador experiente, o líbero Serginho, disse ao Saída de Rede que o favoritismo não o incomoda. "Pode ser dito o que quiser antes da partida, mas nós não podemos pensar dessa forma porque isso atrapalha. A gente vem jogando muitas finais ao longo dos anos e conseguimos conviver bem com isso, é uma coisa que particularmente não me incomoda. Na verdade, é um respeito que o adversário tem por tudo que a gente fez ao longo desses anos, tudo que a gente conquistou". O que mais preocupa Serginho é a final numa única partida. "Se você errar, não vai ter a oportunidade de corrigir noutro dia, pois é uma decisão em jogo único, o que às vezes é ingrato porque nem sempre premia o melhor time durante a temporada", acrescentou.
Liderança com folga
O Sada Cruzeiro chega à final tendo somado 27 vitórias em 28 partidas na competição, com apenas 13 sets perdidos. A única derrota foi com os reservas em quadra, no final da fase classificatória, com a liderança assegurada, diante do Taubaté. No primeiro turno, com os titulares, a equipe mineira venceu o time do Vale do Paraíba em sets diretos.
A final será disputada neste domingo (7), a partir das 10h, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, com transmissão da Globo e do SporTV.
WILLIAM ASSINA COM O SESI PARA A TEMPORADA 2017/2018
William Arjona jogará no Sesi na próxima temporada. Várias vezes campeão pelo Sada Cruzeiro, onde está desde 2010, o levantador de 37 anos e 1,85m assinou com a equipe da capital paulista, após a eliminação do Sesi na semifinal da Superliga pelo Funvic Taubaté. Com o time mineiro, entre outros títulos, William foi tricampeão mundial e poderá, neste domingo, conquistar o pentacampeonato nacional. A partida diante do Taubaté será sua despedida do Sada Cruzeiro. Na seleção brasileira, ele foi campeão olímpico na Rio 2016.
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Considerado um dos levantadores mais habilidosos do mundo, William Arjona participou da sua primeira Superliga, ainda como infantojuvenil, na temporada 1996/1997, pela extinta equipe de Suzano. Mas foi no período 2006-2010 que ele viu sua popularidade crescer, quando atuava pelo Bolívar, da Argentina, tendo vencido a liga local nas quatro vezes que a disputou. Ganhou dos hermanos o apelido de El Mago. O treinador do Bolívar, à época também técnico da seleção argentina, Javier Weber, chegou a sugerir que ele se naturalizasse para defender o país.
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