Dani Lins fala sobre briga com a CBV: "Só recebemos apoio até agora"
Preocupadas em buscar o que julgam melhor para si, as principais jogadoras de vôlei do Brasil decidiram tomar uma atitude drástica: há pouco mais de uma semana, entraram com um mandado de segurança contra a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) pedindo o fim do ranking que estabelece regras para as contratações da Superliga.
No caso da edição feminina de 2017/2018, haverá, na verdade, uma única regra: cada time só poderá contar com duas atletas classificadas como nível sete, o máximo possível. São elas: a levantadora Dani Lins, as centrais Thaisa e Fabiana, as ponteiras Natália, Gabi, Jaqueline e Fernanda Garay, e a oposta Sheilla, além da ponteira/oposta Tandara – esta última, a única a não participar da ação judicial, apesar de publicamente apoiar o movimento.
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Em conversa exclusiva com o Saída de Rede, Dani Lins garantiu que o grupo tem recebido um enorme apoio.
"Até agora, pelo menos entre as pessoas que a gente encontra, não houve crítica. Foi só apoio mesmo. Acho que todos entenderam o nosso lado, da liberdade de jogar onde quisermos. Todo mundo quer que as atletas que estão no exterior e sempre defenderam o Brasil voltem a jogar aqui. Querem uma Superliga mais unida com os ídolos", destacou a atleta. Segundo ela, que defende o Vôlei Nestlé (único time a ter votado a favor da extinção total do ranking), o suporte acontece, inclusive, por parte de gente diretamente envolvida com o vôlei. "(Vem) Principalmente daí. As pessoas de fora do vôlei são mais leigas, mas viram a nossa nota de repúdio e costumam comentar 'que absurdo isso, por que só com vocês? Tem que acabar com isso"', contou.
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Nada de boicote por enquanto
Questionada se ela e as colegas cogitam atitudes mais radicais caso não obtenham o que querem, como um boicote à seleção ou à próxima Superliga, Dani garantiu que esta é uma possibilidade que não passou pela cabeça delas por enquanto.
"A gente não pensou em nada disso ainda. Estamos indo passo por passo. O primeiro foi tentar conversar (com a CBV), mas ninguém nos deu ouvidos. O segundo foi ir à Justiça. Estamos com fé que tudo vai dar certo o mais rápido possível, ainda mais nessa fase de semis e final (de Superliga), pois, querendo ou não, atrapalha quem está jogando", afirmou.
Segundo o advogado das atletas, Carlos Heitor Pioli Filho, o mandado de segurança deve demorar, no máximo, um mês para gerar uma resposta. A pressa das jogadoras é justificável, visto que, com o fim da temporada de clubes, entre abril e maio, abre-se a principal janela do mercado do vôlei. "E todo mundo tem que estar com a vida já meio decidida", lembrou Dani Lins.
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