Sada Cruzeiro transmite partida da Superliga e recebe advertência da CBV
Um dos times de maior torcida do país, o Sada Cruzeiro bem que tentou… O clube mineiro transmitiu uma partida da Superliga 2016/2017, via Facebook Live, sem aviso prévio. No dia seguinte recebeu uma advertência da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O Saída de Rede segue mostrando as tentativas dos clubes para garantir exposição aos patrocinadores e atender às demandas dos profissionais da modalidade e dos torcedores. O jogo em questão, vencido pelo Cruzeiro por 3-0, foi no dia 23 de novembro, contra o Lebes Gedore Canoas, na casa do adversário.
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"Tivemos um retorno extremamente positivo, com muita gente acompanhando e elogiando o clube por essa tentativa. A imagem não era a ideal, não tinha praticamente nenhuma estrutura, mas foi uma tentativa quase que desesperada de mostrar a partida para o torcedor. Temos um apelo muito grande nas redes sociais, de torcedores indignados por não conseguirem ver os jogos. Somos cobrados diariamente por isso", disse ao SdR o diretor esportivo do Sada Cruzeiro, Flávio Pereira.
O vídeo teve mais de 33 mil visualizações. "Não houve nenhuma divulgação, somente quem estava online no momento", ressaltou Pereira.
CBV não proíbe, mas…
Na quinta-feira (9), o blog fez uma entrevista exclusiva com o CEO da CBV, Ricardo Trade, o Baka, em que ele explicou o contrato da entidade com a Globo e prometeu transmissões online. A Confederação divulgou ainda uma nota na qual rebatia: "A CBV não proíbe as transmissões por internet, apenas, por motivos contratuais, somente pode autorizar transmissões pelos clubes em nossa página do Facebook ou em nosso site".
Flávio Pereira contou que, antes mesmo dessa nota, o Sada Cruzeiro questionou a viabilidade das normas impostas pela CBV, que exigem que a transmissão seja feita dentro das plataformas da entidade, em HD, com o uso de três câmeras, placar na tela, logomarca Vôlei Brasil, sem narração, entre outros pontos. "Para os clubes é totalmente inviável, pois terão que arcar com os altíssimos custos e não podem mostrar a marca de nenhum patrocinador ou apoiador e vão gerar tráfego apenas para as plataformas da CBV. As exigências são tão absurdas que nenhuma equipe, até o momento, conseguiu fazer a transmissão no padrão exigido pela Confederação", afirmou.
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Na Superliga 2012/2013 a própria CBV chegou a exibir algumas partidas na internet, em seu próprio site. Mas acabou cancelando as transmissões devido a uma série de problemas, entre os quais a baixa qualidade da imagem e constantes interrupções.
Tentativa de diálogo
O diretor cruzeirense enfatizou que o clube tem tentado, "como em todas as questões que acreditamos serem importantes para o vôlei brasileiro", dialogar com a Confederação. "A TV abriu mão destas partidas ao não transmiti-las. E também não tem interesse comercial nessa transmissão via internet", completou Flávio Pereira.
Algumas entidades se valem de seus canais no YouTube para exibir torneios da modalidade. A própria Federação Internacional de Vôlei (FIVB) utiliza o recurso desde o ano passado – foi assim com os pré-olímpicos mundiais masculino e feminino, com a Liga Mundial e o Grand Prix. Por aqui na América do Sul, a Associação de Clubes Liga Argentina de Voleibol (Aclav) já o faz há alguns anos. Quase todas as partidas do campeonato argentino que não são transmitidas pela TV migram para o canal da emissora TyC Sports no YouTube, contando com narradores e algumas até com comentaristas. Na Itália e na Polônia há a opção de ver os jogos das ligas locais pela internet em sites autorizados pelas federações. Exceto pelos exemplos mostrados aqui no SdR, a Superliga segue dependendo da TV, com a maioria das partidas exibida em um canal por assinatura.
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