Rodada sem TV causa polêmica no vôlei; SporTV se defende
A noite da quarta-feira teve sete partidas da Superliga e nenhuma delas foi exibida pela televisão – nenhum dos seis jogos da quinta rodada do returno da competição masculina, nem a vitória do Rexona-Sesc sobre o Rio do Sul, em confronto antecipado da sétima rodada do feminino.
O ex-meio de rede Gustavo, atualmente supervisor do Lebes/Gedore/Canoas, puxou a fila das reclamações nas redes sociais. "Fico realmente triste por ver que o nosso tão vitorioso e popular esporte não é tratado como devia. Tanto no masculino quanto no feminino", lamentou o agora dirigente em sua conta no Twitter (@Gustavollei).
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Como as transmissões da RedeTV! são sempre nas noites de quinta-feira e nas tardes de sábado, o fã do vôlei poderia optar pelo SporTV. Contudo, o vôlei foi preterido pelo canal, o que, como podemos ver abaixo, causou bastante irritação entre os internautas que acompanham a modalidade.
Para entender por que uma rodada completa da Superliga masculina ficou fora da grade de programação do SporTV e de que maneira o contrato assinado entre a emissora e a CBV trata da quantidade de partidas que devem ser transmitidas, entramos em contato com a emissora, que nos respondeu através de sua assessoria.
"Como o SporTV transmite mais jogos de vôlei do que o estipulado em contrato, há flexibilidade para ajustes de acordo com a grade de cada período. Em várias rodadas SporTV transmite mais jogos do que o acordado", justificou o canal do Grupo Globo. "No novo acordo firmado com a CBV, foram liberados uma série de direitos, inclusive TV Aberta, para a CBV compor a exibição", completou.
Por ser "confidencial", a emissora não revelou detalhes do contrato, mas assegurou que nele há "certos parâmetros de transmissão que são não apenas cumpridos, mas superados pelo SporTV, sempre na linha de parceria com o esporte nacional. Apenas para efeito de comparação, o canal transmite ao longo do ano mais partidas da Superliga do que jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol", explicou.
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FATOR FUTEBOL
Bem diferente da situação dessa quarta-feira, por exemplo, foi quando, em dezembro passado, sete jogos da décima rodada do primeiro turno (quatro do naipe masculino, três do feminino) foram transmitidos ao vivo pelo canal de TV fechada. O motivo, como se supunha à época, eram as férias do futebol brasileiro.
"Dezembro é um mês onde tradicionalmente temos mais transmissões de modalidades olímpicas por não haver futebol nacional. Dessa forma, naturalmente aumenta a presença do vôlei na grade das transmissões", disse a assessoria da emissora.
Mesmo com a informação de que a Superliga supera o Brasileirão em número de transmissões pelo SporTV, a modalidade ainda fica à margem do futebol: a noite da quarta foi da Copa da Primeira Liga, da Copa do Brasil, da Taça Libertadores e do Sul-Americano sub-20.
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INTERNET
Sem TV aberta nem fechada, as queixas nas redes sociais miraram também o veto da CBV às transmissões independentes dos clubes pela internet.
O Sesi planejou usar seu canal no YouTube, o TV Sesi Leopoldina, para transmitir o duelo contra o Montes Claros – jogo que começou às 19h, pelo horário de Brasília. No entanto, às 18h26, pelo Twitter, o ponteiro Murilo Endres (@Murilovolei8) marcou o perfil da CBV (@volei) para dizer que o clube havia sido notificado para não levar a transmissão adiante.
"Os próprios patrocinadores deveriam questionar essa proibição da @volei pq estão perdendo exposição de suas marcas!", instigou o jogador em sua conta.
Há, pelo menos, dois bons exemplos próximos ao voleibol brasileiro para mostrar que as transmissões via internet são um nicho que a CBV poderia voltar a explorar (já que uma recente experiência de transmitir jogos pelo site da entidade jamais foi repetida): o NBB (Novo Basquete Brasil) tem exibido partidas ao vivo pelo Facebook e a liga argentina, nesta temporada, transmite no YouTube partidas do campeonato nacional que não estejam passando na televisão.
Note-se que até a FIVB também tem utilizado sua conta no YouTube para transmitir jogos da Liga Mundial e do Grand Prix, bem como para exibir os torneios pré-olímpicos.
A hora pede que a entidade máxima do vôlei nacional entenda que a expansão da internet é caminho sem volta: transmitir jogos pela rede mundial de computadores aproxima ainda mais a modalidade e seu público.
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