Murilo fala da paixão por NFL e "cobra" promessa de Gisele Bündchen
Não é preciso conhecer Murilo pessoalmente para saber o que provavelmente ele está fazendo em qualquer noite de domingo entre os meses de setembro e fevereiro: assistindo a uma partida de futebol americano na TV. Com popularidade crescente no Brasil, a NFL tem no jogador de vôlei um de seus mais famosos fãs por aqui e, atenta ao marketing, chegou a convidá-lo no último mês de janeiro para palpitar sobre os resultados dos playoffs da atual temporada.
Atento aos detalhes, o atleta do Sesi não fez feio: acertou o vencedor de cinco dos sete jogos em que apostou. Os dois erros só aconteceram por conta de um prognóstico ousado, de que o Pittsburgh Steelers passaria pelo favorito New England Patriots na final da Conferência Americana. "Achei que eles iriam se sobressair, mas depois que ganharam do Kansas City Chiefs só fazendo field goals e ainda teve a polêmica do Antonio Brown fazendo vídeo ao vivo enquanto o técnico falava, pensei: 'Acho que já era…'. Quando acontecem esses problemas, você já vê que não vai dá certo"', contou Murilo, em entrevista exclusiva ao Saída de Rede.
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Às vésperas do Super Bowl 51, a decisão da campeonato de futebol americano que reunirá na noite deste domingo (5) os Patriots contra o Atlanta Falcons, Murilo diz que não consegue se decidir sobre um vencedor. "Sei lá: tanto um quanto outro podem atropelar que não será surpresa. Está todo mundo rezando para que o Super Bowl reserve um jogo cheio de emoções, chegue equilibrado até o último quarto, pois os playoffs até agora quase não tiveram aquele drama. Só no jogo do Green Bay Packers contra o New York Giants, mas ainda assim Green Bay estava ganhando bem até que sofreu a reação", lembrou.
Sem declarar torcida pra nenhum dos lados, o ponteiro revelou uma leve tendência a apoiar os Falcons. "Não tem nem o que falar dos Patriots: é impressionante como, ano após ano, conseguem manter o mesmo padrão. Falar que eles não são os favoritos seria um absurdo. Penso também um pouco pelo lado emocional, já que o Falcons nunca ganharam um Super Bowl. Então, se tivesse que torcer, seria por eles por causa disto. O (Tom) Brady (quarterback dos Patriots) já é o maior jogador de todos os tempos, com quatro títulos e três MVPs, enquanto tem franquia que nunca chegou. De repente, seria legal ver o (Matt) Ryan (quarterback de Atlanta) ganhar um anel de campeão…".
Paixão acidental levada à seleção
O interesse de Murilo pela NFL surgiu tão por acaso que nem ele mesmo se lembra ao certo. "Acho que foi de 2012 pra 2013, quando estava mudando de canal em casa à procura de algo de esporte para ver. Os jogos de futebol americano acabaram me chamando a atenção e passei a acompanhar cada vez mais, tentando entender bastante do jogo", contou. O maior entrave passou a ser o fuso horário, já que não é raro uma partida avançar até 2 horas da manhã: "Aí é complicado porque tenho treino no dia seguinte de manhã, mas acompanho os resultados, sei quem tem chances, etc".
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Apesar de o vôlei ser um esporte que demanda cada vez mais estudo e análises, algo comum na NFL, Murilo acredita que o futebol americano ainda está muito à frente. "A gente melhorou muito nesta parte desde que eu comecei a jogar, mas nem se compara com o absurdo que eles têm de informação", afirma o atleta, bicampeão mundial e dono de duas medalhas olímpicas de prata.
"O que eu fico mais impressionado é com o número de jogadas deles. Inventar algo novo no vôlei hoje é praticamente impossível. Temos as combinações de primeira bola com fundo meio, as jogadas do meio com a ponta, de meio com a saída, mas não dá pra sair muito disso. Não vejo espaço físico pra inventarmos muita coisa. O quarterback é como se fosse o levantador, ambos precisam distribuir a bola e achar o melhor recebedor, qual é a melhor estratégia pro momento… É preciso analisar a defesa, que seriam os bloqueadores. É um xadrez, um jogo de gato e rato onde você tenta tirar vantagem em cima da fraqueza do outro", complementa.
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A curiosidade sobre o esporte fez Murilo comprar uma bola oval, que, inclusive, foi levada para o Centro de Treinamento da seleção brasileira nas duas últimas temporadas e serviu de entretenimento entre um treino e outro. "Lá em Saquarema tem um gramado grande e a gente ficava brincando direto. Tentamos armar umas jogadas, mas não deu muito certo (risos)", conta.
"Cobrança" para Gisele Bündchen
Dividindo em menor escala a paixão por NFL com o marido ("Antes ela prestava atenção, agora fica mais no celular", revela Murilo), a também jogadora de vôlei Jaqueline protagonizou a mais divertida história do casal relacionada a futebol americano.
Em 2012, ao fazer um comercial junto de Gisele Bündchen (esposa de Tom Brady), ela deu uma camisa de presente para a super modelo. Em troca, recebeu a promessa de que uma camisa de Brady seria enviada a Murilo. "Agora eu fico brincando com a Jaque: e sua amiga? Cadê a camisa que não chegou até hoje?", sorri o atleta. "Quem sabe a Gisele não lê isso e se lembra…", brinca.
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