Holandesa do Rexona quer aproveitar Superliga para ser “jogadora completa”
A ponteira holandesa Anne Buijs queria muito jogar no Brasil, ser treinada por Bernardinho, como o Saída de Rede contou para você em maio do ano passado, semanas antes que o Rexona-Sesc anunciasse a contratação da jogadora. O sonho se realizou e agora a atacante de 25 anos, 1,91m, que tem oscilado na Superliga, quer se aperfeiçoar. "O vôlei brasileiro é mais técnico do que o europeu, com mais defesas, ralis mais longos. Está sendo muito interessante jogar aqui, é diferente. Quero aprender cada vez mais e me tornar uma jogadora completa", disse Buijs ao SdR, ela que aponta o passe e a defesa como suas maiores deficiências.
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"Fiquei muito orgulhosa quando soube que o Rexona me queria. Substituir uma jogadora do nível da Natália é uma grande responsabilidade e ao mesmo tempo uma honra para mim", afirmou. Antes mesmo de chegar ao Brasil, ela tratou de conhecer a história do clube, onze vezes campeão da Superliga. "Eu quero evoluir, mas isso não basta, pretendo ganhar a Superliga também", avisou Buijs.
Conhecendo Bernardinho
Para a ponteira holandesa, que em maio de 2016 apontava Bernardinho como um dos melhores técnicos do mundo ao dizer que gostaria de trabalhar com ele, as expectativas quanto ao treinamento têm sido atendidas. "Bernardinho é exigente e isso é importante para mim, pois só assim posso melhorar". O curioso é que, apesar de toda a vontade de ser treinada pelo técnico multicampeão, ela só veio a conhecê-lo no dia do seu primeiro treino com a equipe, no início de outubro.
A adaptação ao ritmo carioca não tem sido problema. "Fui muito bem recebida pelas colegas de time. Nem todo mundo fala inglês, mas mesmo quem não fala, tenta. Eu também tenho tentado aprender português. O estilo de vida que tenho aqui no Brasil é muito bom, a atmosfera do Rio é relaxada, algo muito gostoso", comentou.
Colega de Sheilla na Europa e destaque na seleção
No período 2015/2016 ela foi campeã da liga turca e vice da Champions League (Liga dos Campeões da Europa) com o VakifBank, era colega de time da oposta brasileira Sheilla Castro. A ponteira acabou dispensada ao final da temporada. Antes de jogar na Turquia, havia passado pelo Lokomotiv Baku, do Azerbaijão, e o Busto Arsizio, da Itália, entre outros clubes europeus.
Anne Buijs fez sua estreia na seleção holandesa adulta muito jovem, com apenas 16 anos, mas ficou de fora em várias temporadas desde então por causa de contusões. Foi titular no Mundial 2014, embora tenha ficado a maior parte do tempo entre as reservas na derrota por 3-1 para o Brasil. Em 2015, foi escolhida a melhor ponteira do Montreux Volley Masters e também do Campeonato Europeu. Na Rio 2016, a ponta destacou-se na honrosa campanha da Holanda, que ficou na quarta colocação. Ela terminou a competição no Maracanãzinho como a quinta maior pontuadora, a oitava mais eficiente no ataque e ainda como terceira melhor sacadora.
Surpresa em dose dupla com a Holanda em 2016
Buijs se disse surpresa não apenas com o quarto lugar na Rio 2016, mas até mesmo com a classificação para os Jogos Olímpicos. "Foi demais para a gente, pois fazia 20 anos que a Holanda não participava do torneio de vôlei feminino numa Olimpíada. Isso foi surpreendente, uma conquista. Depois tivemos outra surpresa quando ficamos em quarto no Brasil".
A derrota na semifinal para a China e depois outra para os Estados Unidos na disputa da medalha de bronze já foram superadas. "Inicialmente nós ficamos devastadas em não conquistar uma medalha, porém mais tarde vimos como foi importante a quarta colocação e temos orgulho da nossa campanha no Rio", afirmou.
Apesar de destacar o resultado da equipe, Anne Buijs acredita que poderiam ter ido mais longe. "Havíamos ganhado das chinesas e perdido numa partida de cinco sets contra os EUA na primeira fase. Na semifinal, contra a China, fomos derrotadas por 3-1, mas o jogo foi equilibrado".
Guidetti e a jornada interrompida
Ela definiu a recente saída de Giovanni Guidetti do cargo de técnico da seleção holandesa (ele assinou logo em seguida com a Turquia) como "uma jornada interrompida", mas ponderou que isso não vai atrapalhar o time. "Foi um choque, eu não imaginava que ele fosse sair. Fiquei triste porque tínhamos um relacionamento muito bom com o Guidetti, crescemos como conjunto, melhoramos, demos passos importantes. Agora a federação tem que encontrar um novo treinador e nós vamos seguir em frente", disse Anne Buijs.
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