Destaque na Superliga, Macris espera uma nova chance na seleção
Ignorada na convocação da seleção brasileira em 2016, ano olímpico, a levantadora titular do Terracap/BRB/Brasília Vôlei, Macris Carneiro, destaque na Superliga, espera por uma oportunidade neste novo ciclo. "Tudo é uma colheita daquilo que você vai semeando. Sempre faço meu trabalho, vou me aperfeiçoando para ser o melhor que eu puder. Se eu tiver a chance novamente de ser chamada, será uma honra. O importante é que eu possa somar", disse ao Saída de Rede.
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Logo mais, às 18h deste sábado (7), Macris entrará em quadra na primeira rodada do returno da Superliga 2016/2017, em casa, contra o Pinheiros. Melhor levantadora das três últimas edições do torneio e líder nas estatísticas do fundamento ao final do primeiro turno desta temporada, ela tem um jogo caracterizado pela ousadia. O leitor talvez se pergunte se a estatística reflete de fato o nível de um armador. Não, pois há limitações, inclusive um grande levantamento pode ser desconsiderado se o atacante não vira a bola, por exemplo. A estatística, da forma como é aplicada no campeonato, também não observa a distribuição. Mas Macris, que desde a Superliga passada defende o Brasília Vôlei, chama a atenção independentemente de prêmios.
Elogios
O treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, afirmou certa vez que ela "é extremamente veloz, com bom posicionamento e chega em bolas que muitas vezes você não acredita que vá chegar". O técnico do Rexona-Sesc e da seleção masculina, Bernardo Rezende, também já elogiou a agressividade de Macris. Seu treinador no clube da capital federal, Anderson Rodrigues, brinca e diz que a levantadora "arrisca bastante, em certos momentos até demais".
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Em 2015, sem jamais haver sido convocada nas categorias de base, ela teve sua primeira chance na seleção adulta. Titular da equipe B que foi aos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, Canadá, parecia ter agradado à comissão técnica, mas no ano seguinte, o da Rio 2016, sequer foi chamada para treinar com a seleção.
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"Acredito que eles (comissão técnica) fizeram o que era melhor para aquele time, compreendo as escolhas. Muitas vezes as necessidades de um grupo não são o que eu posso suprir. Talvez pelo meu estilo ou minhas limitações", comentou resignada.
Jogo rápido
Macris, que tem contrato até maio com o Brasília, ressaltou que a equipe de Anderson Rodrigues foi montada para se adaptar ao jogo rápido. "As peças que compõem o time trabalham para isso, que é o meu estilo. Nesta temporada estamos ainda mais velozes".
O clube do Planalto Central é o seu único fora do estado de São Paulo – ela havia jogado por São Bernardo, São Caetano e Pinheiros. "Gosto muito daqui, do ambiente, da comissão. Mudou o técnico (Manu Arnaut dirigia o time antes), cada um com a sua linha de trabalho. A vivência do Anderson, o que ele tem agregado, tem sido importante para nós. A equipe está mais madura. A (ponteira) Amanda, por exemplo, que no ano passado era coadjuvante, agora é protagonista", afirmou a paulista de Santo André, 1,78m, que completará 28 anos no dia 3 de março.
Esforço
O terceiro lugar na classificação ao final do primeiro turno, o melhor desempenho na curta história de uma equipe que está apenas na sua quarta temporada, não surpreende Macris. "A princípio pensamos no G8, depois em melhorar a colocação do ano passado, quando ficamos em quinto ao final do returno. Nossa posição na tabela é resultado do nosso esforço. Temos limitações, precisamos treinar bastante, aperfeiçoar nosso jogo, ainda temos muitos altos e baixos. Somos capazes de vencer favoritos, mas ao mesmo tempo de complicar o jogo com adversários tidos como diretos", analisou.
Na fase inicial da Superliga, o Brasília Vôlei, que conta com veteranas como a ponteira bicampeã olímpica Paula Pequeno e a oposta Andréia Sforzin, acumulou oito vitórias e três derrotas. Venceu equipes de maior orçamento como Vôlei Nestlé e Dentil/Praia Clube, mas caiu diante do modesto Rio do Sul.
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