O que esperar do início da caminhada do vôlei para Tóquio 2020?
Sem Olimpíada, Mundial nem Copa do Mundo, este primeiro ano do ciclo olímpico das seleções de vôlei varia entre um período de experiências e um longo espreguiçar. As seleções brasileiras estarão em atividade, disputarão troféus, mas, longe de qualquer imediatismo, trata-se de um ano em que é preciso enxergar os resultados com cautela: vitórias devem ser comemoradas sem ares premonitórios e derrotas, vistas como parte de um processo que só termina em 2020, em Tóquio.
Nesse contexto, custa nada lembrar que, em 2013, primeiro ano rumo à Rio 2016, a Rússia atropelou o Brasil na decisão da Liga Mundial, conquistou o campeonato europeu masculino e o feminino, mas, já no ano seguinte, com péssimas campanhas nos mundiais, sinalizava que não deveriam esperar muito dela nas Olimpíadas – o que se confirmou.
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Por outro lado, também vale frisar que foi a partir do título da Liga Mundial 2001 que o time masculino do Brasil, que passava a ser dirigido pelo técnico Bernardinho, começou a ser moldado para chegar a Atenas 2004 e conquistar a medalha de ouro.
Uma novidade (boa, por sinal) é que a Copa dos Campeões será disputada em setembro, não mais no fim do ano. A mudança de datas faz com que o torneio não tire jogadores dos clubes no meio de competições nacionais.
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LIGA MUNDIAL
Disputada entre os dias 02/6 e 02/7, o torneio terá o mesmo formato que teve em 2016: espalhadas por três divisões, as seleções (em número de 36) disputarão minitorneios quadrangulares durante três finais de semana (dois, no caso da terceira divisão) e classificarão os melhores colocados para disputar a fase final de cada segmento.
Campeão pela última vez do torneio em 2010, o Brasil, que ainda não sabe se terá Bernardinho no comando da equipe, tentará o decacampeonato.
Será interessante observar seleções com a França, que não vai contar com o oposto Antonin Rouzier, que anunciou aposentadoria da seleção um mês após o fiasco no Rio, assim como a Sérvia, que não jogou a Olimpíada, mas é atual campeã do torneio, a Argentina, de ótima performance nos Jogos, e times de tradição, como Rússia e Polônia, que contarão com novos treinadores.
GRAND PRIX
Assim como a Liga Mundial, o Grand Prix também tem três divisões. Estarão na peleja 32 seleções – 12 nas duas primeiras divisões e oito na terceira. O torneio começa no dia 07/7 e termina em 06/8. Atual campeã olímpica, a China vai receber a fase decisiva da primeira divisão – justo a China, que deu de ombros para as finais das duas últimas edições do torneio.
Vencedora de três dos últimos quatro Grand Prix, o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães tentará conquistar o torneio pela 12ª vez. Tudo indica, porém, que será uma seleção brasileira das mais remodeladas, porque, além da elevada média de idade do último time olímpico, Sheilla e Fabiana já anunciaram que não querem mais jogar pela equipe e Thaisa, em entrevista depois da Rio 2016, não deixou claro se aceitará ou recusará uma convocação.
A Rússia estará de técnico novo, assim como a Turquia, que contratou o italiano Giovanni Guidetti, e a Holanda, que perdeu seu treinador para a seleção turca.
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COPA DOS CAMPEÕES
Entre os dias 5 e 10 de setembro, em Tóquio e Nagoya, Japão, China, Brasil, Rússia, EUA e Coreia do Sul disputam a Copa dos Campeões feminina. Já entre 12 e 17 do mesmo mês, Nagoya e Osaka recebem as seleções de Japão, Irã, Brasil, França, EUA e Itália para a versão masculina do torneio.
Em comparação com 2013, quando o Brasil venceu as duas competições, chinesas e sul-coreanas estão no lugar de tailandesas e dominicanas, enquanto, entre os homens, saíram os russos, entraram os franceses.
Numa analogia com o futebol, a Copa dos Campeões é a versão voleibolística da Copa das Confederações, já que a intenção era reunir os vencedores dos torneios continentais. Contudo, além de os países da Oceania serem filiados da Federação Asiática de Vôlei, a África geralmente fica sem representante, o que abre espaço para um time convidado – sul-coreanas e italianos este ano.
Disputado desde 1993, o torneio tem como maior vencedor o Brasil: foram quatro títulos verde e amarelo no masculino e dois no feminino.
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CAMPEONATO EUROPEU
Mesmo com os torneios FIVB, a maioria das seleções europeias deverá encarar a competição continental como a mais importante do ano. O campeonato masculino será disputado na Polônia, entre 25/8 e 03/9, e começa com um jogo entre o time da casa e a Sérvia no Estádio Nacional de Varsóvia. Já o feminino, entre 20/9 e 1º/10, terá dois países sede, Azerbaijão e Geórgia.
Em 2015, a Rússia bateu a Holanda na final do torneio feminino, enquanto, no masculino, a França venceu a surpreendente Eslovênia, que havia tirado Polônia e Itália do caminho.
Os Campeonatos Sul-Americanos ainda não têm definição de data e local no site da Confederação Sul-Americana de Vôlei.
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