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Técnicos brasileiros estreiam no Pré-Olímpico com derrota

João Batista Junior

14/05/2016 11h19

Dia ruim para as seleções treinadas pelos brasileiros Marcos Kwiek e Mauro Marasciulo (fotos: FIVB)

Dia ruim para as seleções treinadas pelos brasileiros Marcos Kwiek e Mauro Marasciulo (fotos: FIVB)

O primeiro dia do Pré-Olímpico Mundial feminino foi festivo para o time da casa, generoso com as europeias, não poupou as seleções americanas e pôs no páreo as tailandesas, de quem pouco se esperava antes de subir a bola. Jornada ruim a deste sábado para os treinadores brasileiros Marcos Kwiek, da Rep. Dominicana, e Mauro Marasciulo, do Peru, que se enfrentam na próxima rodada.

A surpresa da rodada ficou por conta da Tailândia (foto: FIVB)

A surpresa da rodada ficou por conta da Tailândia (foto: FIVB)

"Baixinhas" tailandesas superam dominicanas
Se a Rep. Dominicana era uma das principais candidatas a uma das três vagas de ampla concorrência do pré-olímpico, o programa da candidatura tem de ser revisto. Com um voleibol lento e um ataque que parou dez vezes no bloqueio e concedeu 22 pontos em erros, a seleção treinada por Marcos Kwiek perdeu por 3 sets a 1 (26-24, 26-28, 25-16, 25-20) para a Tailândia.

No duelo contra as atacantes de ponta Brayelin Martinez, de 2,01m, Jineiry Martinez, de 1,90m, e Bethania De La Cruz, 1,88m, prevaleceram as ponteiras Ajcharaporn Kongyot, de 1,80m, e Onuma Sittirak, de 1,75m de altura, que terminaram o jogo, respectivamente, com 18 e 17 pontos.

Brayelin até foi a principal pontuadora do jogo, com 20 acertos. No entanto, os 35 pontos concedidos pelas caribenhas às adversárias, em erros, não passariam impunes.

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Favoritas, as japonesas não deram chance às peruanas (FIVB)

Favoritas, as japonesas não deram chance às peruanas (FIVB)

Tudo dentro do esperado para japonesas e peruanas
O Japão é o favorito a conquistar a vaga asiática e o Peru é o time de menor nível técnico da competição. O resultado do embate entre seleções tão distintas não poderia ter sido diferente do que foi de fato.

Por 3 sets a 0, com parciais de 25-23, 25-10, 25-14, o Japão só precisou suar o uniforme na primeira parcial, quando as comandadas de Marasciulo até chegaram a liderar o marcador com 18 a 17. O time da casa se refez do susto inicial – pois não foi mais do que um susto apenas – e terminou o dia como única seleção a vencer em sets diretos.

A oposta Nagaoka, com 20 anotações, e a ponteira Saori Kimura, com 13, foram as principais pontuadoras do confronto. Somente Angela Leyva, com 12 pontos, chegou aos dois dígitos na pontuação, pelo lado peruano. A equipe andina, além de levar um banho nos pontos de ataque (46 a 29) e de bloqueio (10 a 3), ainda achou espaço para cometer mais erros que as anfitriãs (15 a 13).

A Itália passou algum apuro nos dois últimos dois sets, mas conquistou os 3 pontos (FIVB)

A Itália passou algum apuro nos dois últimos dois sets, mas conquistou os 3 pontos (FIVB)

Itália exorciza fantasma sul-coreano
Com a eliminação para a Coreia do Sul, nas olimpíadas passadas, ainda na memória, quando caíram nas quartas de final por 3 a 1, as italianas devolveram o placar às algozes, com parciais de 25-17, 25-20, 25-27, 25-18.

Kim Yeon-Koung foi a principal anotadora da partida, com 26 pontos. Mas responsável por 24 dos 47 pontos de ataque de seu time, foi a andorinha solitária incapaz de fazer o verão sul-coreano. Antonella Del Core, com 15 acertos, foi a maior pontuadora da Itália, seguida de Ortolani, com 14.

Ortolani, de 29 anos, e Piccinini, 37, duas das jogadoras mais experientes do elenco, foram as apostas do técnico Marco Bonitta no time titular da Itália. Contudo, ficou claro rapidamente que o investimento conservador do lado italiano só deu certo enquanto o passe adversário comprometia o jogo.

Já no segundo set, Piccinini deu lugar a Alessia Gennari e, quando a situação enroscou, esta saiu para a entrada de Miriam Sylla, de 21 anos. Em seguida, foi a vez de Ortolani deixar a quadra para que Paola Egonu, de 17, conduzisse o ataque italiano junto com Sylla, no quarto set, para fechar a partida.

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Principal nome do plantel holandês, Slöetjes foi impiedosa com o bloqueio cazaque (FIVB)

Principal nome do plantel holandês, Slöetjes foi impiedosa com o bloqueio cazaque (FIVB)

Slöetjes comanda vitória holandesa sobre Cazaquistão
A grande atuação individual deste inicio de pré-olímpico foi de Lonneke Slöetjes. Com 30 pontos – um ace, dois no bloqueio e 27 no ataque, fundamento em que obteve 67,5% de aproveitamento –, a oposta holandesa foi a maior pontuadora não só da partida como também da rodada inaugural.

Com direito a placares dilatados nas parciais, a Holanda venceu o Cazaquistão por 3 a 1 (25-12, 21-25, 25-14, 25-8). Além da impressionante estatística da jogadora da saída de rede, as europeias contaram, também, com 17 anotações de Anne Buijs e 14 de Celeste Plak. A ponteira Katerina Tatko, que só entrou no segundo set, marcou 12 pontos e foi a maior pontuadora cazaque.

Segunda rodada
Com transmissão pelo canal da FIVB no YouTube e destaque para o duelo entre Itália e Tailândia, veja a programação da próxima rodada, deste sábado para o domingo, pelo horário de Brasília:

22h – Itália vs Tailândia (sábado)
0h45 – Peru x Rep. Dominicana
3h30 – Holanda x Coreia do Sul
7h10 – Japão x Cazaquistão

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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