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O que a despedida do O Rappa tem a ver com a final da Superliga feminina?

Carolina Canossa

14/04/2018 12h56

Banda carioca faz sua despedida neste sábado na casa do Sesc-RJ (Foto: Divulgação)

A prevalência do fator casa na equilibrada série semifinal entre Dentil/Praia Clube e Vôlei Nestlé na Superliga feminina mostrou a importância do mando de quadra no vôlei. Além do apoio da torcida, conhecer as referências do ginásio pode ser o detalhe que fará a diferença em um jogo decisivo, com grandes atletas de ambos os lados da rede.

Mas o Sesc-RJ, maior campeão nacional com 12 títulos, não poderá contar com esta vantagem na final da atual temporada por um motivo curioso. Classificado para sua 14ª final consecutiva de Superliga, o time carioca teve que deixar o ginásio em que atuou  a Jeunesse Arena, onde estava acostumado a jogar, por conta do show de despedida da banda "O Rappa", que será realizada no ginásio na noite deste sábado (14).

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Como não há tempo hábil para deixar tudo pronto para a primeira partida da decisão, programada para 10 horas de domingo (15), o Sesc precisou deslocar o duelo para a Arena Carioca 1, onde não atuou nenhuma vez ao longo do campeonato. "A gente estava esperando jogar na nossa casa, mas já estive aqui uma vez pela seleção, no Grand Prix. É um ginásio parecido, mas não tão alto quanto a arena", comentou a levantadora Roberta, do Sesc, cuja função exige muita atenção aos detalhes do ginásio para melhorar a precisão das jogadas.

Apesar da expectativa frustrada das jogadoras do Sesc, o show do Rappa já estava marcado há muito tempo para a Jeunesse Arena. Os ingressos, por exemplo, foram colocados à venda no último mês de dezembro. E basta uma olhada nos valores das entradas para ver que é financeiramente mais compensador receber o show, cuja expectativa é de um público de 15 mil pessoas: de R$60 a R$260 – todos os setores já estão esgotados. No vôlei, os valores cobrados ficam entre R$ 35 e R$70 e por volta de 12h30 deste sábado (14) ainda havia ingressos disponíveis.

Referências nos ginásios são importantes nos levantamentos e saques (Foto: Renan Rodrigues/CBV)

Roberta, porém, acredita que jogar em um ginásio diferente não será problema. "A Arena Carioca 1 um local aconchegante, de fácil adaptação. Já treinamos aqui e não sentimos muitas diferenças. Isso é bom", destacou. Ela ainda lembrou que o Praia terá o mesmo desafio no segundo jogo da final, em 22 de abril, já que não poderá atuar em seu ginásio, que não possui a capacidade mínima de 5 mil pessoas exigidas pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Assim, o confronto será no Sabiazinho, que não recebeu nenhuma partida da Superliga 17/18. "O campo vai ser neutro aqui como lá também. Vamos tentar nos adaptar o mais rápido possível", prometeu.

A final da Superliga feminina de vôlei 17/18, entre Dentil/Praia Clube e Sesc-RJ, terá um formato inédito, em dois jogos. Em caso de vencedores diferentes, independente dos placares, o título será decidido em um set extra (Golden set) realizado logo após a segunda partida.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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