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Argentina se esforça, mas é atropelada por um Brasil com fome de ouro

Carolina Canossa

09/08/2016 00h44

Maior pontuadora, Sheilla (camisa 13) fez sua melhor partida na temporada de seleções (Fotos: Divulgação/FIVB)

Maior pontuadora, Sheilla (camisa 13) fez sua melhor partida na temporada de seleções (Fotos: Divulgação/FIVB)

Não se engane com o placar de 25-16, 25-19 e 25-11. Apesar da crueldade dos números, a Argentina esteve bem contra a seleção brasileira feminina de vôlei, considerando-se as (muitas) limitações das "Panteras", como o time sul-americano é conhecido. Não há dúvidas que as rivais fizeram uma apresentação superior àquela vista contra a Rússia na estreia, quando também foram derrotadas por 3 a 0.

Como então explicar um resultado tão elástico?

Simples: o Brasil também jogou muito bem. Aí, virou covardia contra simpáticas estreantes da Rio 2016. Em busca do tricampeonato olímpico, a seleção de José Roberto Guimarães mostrou uma atuação de alto nível para o público que lotou o Maracanãzinho. As 43 defesas vistas nas três parciais (apenas sete a menos que o Brasil) mostraram que o técnico Guillermo Orduna estudou as donas da casa, mas prevaleceu o maior poder ofensivo da seleção brasileira.

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Falando em poder ofensivo, Sheilla saiu de quadra como a maior pontuadora (14 pontos) em sua melhor atuação na temporada de seleções. O crescimento da oposta é fundamental para as pretensões da seleção na Rio 2016. Quando entraram, as reservas Gabi e Jaqueline também foram bem, repetindo o que já havia acontecido contra Camarões.

Técnico Orduna mostrou que estudou o Brasil, mas diferença técnica ainda é gritante

Técnico Orduna mostrou que estudou o Brasil, mas diferença técnica ainda é gritante

No meio, Fabiana e Juciely fizeram com que o torcedor nem sentisse a ausência de Thaísa, que já está quase recuperada de uma lesão na panturrilha esquerda. É verdade que o rival não era do maior nível possível, mas é bom ver que o time tem mantido o foco. Contra o Japão, na quarta (11), o poder ofensivo e o volume de jogo mostrado hoje serão novamente importantes.

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Considerando-se o início oscilante de China e Estados Unidos, os principais rivais na briga pelo ouro do vôlei feminino, o torcedor brasileiro tem motivos para estar otimista ao término da segunda rodada da Olimpíada. Rivais mais fortes ainda virão e muita coisa pode acontecer, mas o começo da campanha foi promissor.
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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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