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Gabi se espelha na seleção de 2008 para lutar pelo ouro no Rio

Sidrônio Henrique

29/06/2016 06h00

Gabi: "Seleção tem que buscar a melhor condição física possível e um jogo mais rápido" (foto: FIVB)

Um dos nomes de maior destaque do vôlei brasileiro neste ciclo olímpico e aposta do técnico José Roberto Guimarães para a Rio 2016, a ponteira Gabriela Guimarães, 22 anos, 1,76m, espelha-se numa equipe que encantou o mundo quando ela dava seus primeiros passos nesse esporte: a seleção feminina de 2008. Gabi tinha 14 anos e começava a jogar vôlei na escola, em Belo Horizonte, quando algumas das suas atuais colegas do time comandado por Zé Roberto, como Sheilla, Fabiana, Thaisa e Jaqueline, estavam a caminho do primeiro ouro do voleibol feminino brasileiro numa Olimpíada. A equipe chegou ao topo do pódio em Pequim 2008 com oito vitórias e apenas um set perdido, numa campanha marcada pela superioridade física das brasileiras.

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"A seleção tem que buscar o que conseguiu em 2008, a melhor condição física possível, além de um jogo mais rápido. Casar a parte física e técnica será essencial para alcançar nossos objetivos", disse Gabi ao Saída de Rede, antes do início do Grand Prix. Quatro anos depois, nos Jogos de Londres, a preparação mais atribulada ao longo do ciclo cobrou a fatura e o bicampeonato olímpico quase escapou – o Brasil se superou para derrotar as russas nas quartas de final e as americanas na decisão. No início deste ano, Zé Roberto comentou durante uma entrevista que a seleção chegou a Londres tendo cumprido apenas 70% da carga programada de treinamento, isso numa comparação com o planejamento executado para Pequim. Diante da média de idade elevada da equipe e da velocidade e força dos principais adversários, cresce ainda mais em importância o condicionamento físico, tema que o blog abordou domingo passado.

Para Gabi, que disputou o Mundial 2014 e vai para sua primeira Olimpíada, enfrentar seleções como Estados Unidos, Rússia e China exige demais da equipe, tanto no aspecto físico quanto psicológico. "Times assim te sugam o tempo inteiro, puxam muito do seu físico e também psicologicamente. Veja os EUA, com uma equipe alta, jovem, jogadoras completas. Temos que estar bem no condicionamento físico e fazer um jogo veloz", comentou a ponteira.

Finais do GP
A seleção feminina está desde segunda-feira em Istambul, Turquia, onde treina até sexta-feira. No sábado (2), o time embarca rumo a Bangcoc, Tailândia, para a disputa das finais do Grand Prix. As seis equipes classificadas foram divididas em duas chaves de três times, com os dois primeiros avançando às semifinais. O Brasil está no mesmo grupo de Tailândia e Rússia. O outro tem EUA, China e Holanda. A equipe de Zé Roberto estreia às 8h (horário de Brasília) do dia 6 contra as donas da casa e joga no dia seguinte, no mesmo horário, contra as russas. O SporTV transmite as finais. O Brasil tenta seu 11º título do Grand Prix, mas a prioridade é a preparação para os Jogos Olímpicos.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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