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Quem tem mais chances de chegar às semifinais da Superliga masculina?

Carolina Canossa

18/03/2019 06h00

Líder da fase classificatória, Sesi vem de 13 vitórias seguidas na Superliga (Foto: Divulgação/Sesi-SP)

Um dia depois das mulheres, foi a vez de a Superliga masculina definir os confrontos da primeira rodada dos playoffs, que começam no próximo sábado (23). Repetindo a edição 2010/2011, quando se sagrou campeão, o Sesi fechou a fase classificatória em primeiro lugar, superando o Sada Cruzeiro, que ocupou tal posto nas últimas cinco temporadas. Com boas campanhas, os dois times não devem ter maiores dificuldades para avançar às semifinais, enquanto EMS Taubaté Funvic e Sesc-RJ, respectivamente terceiro e quarto colocados, precisam ficar atentos para não sucumbirem antes do previsto pelo planejamento e investimento.

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Confira a análise dos confrontos feita pelo Saída de Rede:

Sesi (1º) x Vôlei Um Itapetininga (8º)

Atual vice-campeão brasileiro, o Sesi vem fazendo uma das campanhas mais consistentes de sua história – a boa vitória por 3 a 0 sobre o Sada Cruzeiro em pleno ginásio do Riacho no último sábado (16) é a prova disso. A linha de passe formada por Lucas Loh, Lipe e Murilo tem ajudado bastante a vida do levantador William, que, por sua vez, está aproveitando bem a ótima fase do oposto Alan.

Acumulando 13 vitórias seguidas na competição, o Sesi venceu os seis sets que jogou contra o Vôlei Um Itapetininga nesta Superliga e dificilmente se complicará agora, ainda que seu desempenho em mata-matas nos últimos meses tenha sido abaixo do esperado, com quedas nas quartas da Copa Brasil, na semifinal da Libertadores do vôlei e na decisão do Campeonato Paulista.

O time do interior de São Paulo possui como pontos favoráveis o fato de jogar sem pressão nenhuma e contar com o talentoso oposto cubano Michael Sanchez Bozhulev, segundo maior pontuador do torneio. Aliás, independente do resultado deste confronto, Itapetininga já pode se orgulhar de ter ido além do esperando, alcançando os playoffs logo em sua primeira participação no principal torneio do Brasil, com direito a vitórias sobre Taubaté e Sesc-RJ.

Confrontos (todos os jogos serão transmitidos pelo SporTv):

Sábado (23), às 21h30, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Quinta-feira (28), às 19h, no ginásio Ayrton Senna, em Itapetininga (SP)

Se necessário, o terceiro jogo será no sábado (30), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Marcelo Mendez sempre faz o Sada crescer nas horas decisivas dos campeonatos (Foto: Yuri Edmundo / Agencia i7 / Sada Cruzeiro)

Sada Cruzeiro (2º) x Copel Telecom Maringá (7º)

Grande papa-títulos da história do voleibol de clubes brasileiros, o Sada Cruzeiro viveu uma temporada mais agitada em 2018/2019 por conta das perdas de três titulares: o levantador Nico Uriarte, o ponteiro Yoandy Leal e o central Robertlandy Simón, substituídos por Fernando Cachopa, Taylor Sander e Kevin Le Roux.

O entrosamento, porém, foi sendo adquirido pouco a pouco e, a despeito do recente revés diante do Sesi, o time vem apresentando claro crescimento ao longo das últimas semanas, tendo como destaque a força do saque de suas estrelas estrangeiras. Além disso, os comandados do técnico Marcelo Mendez tradicionalmente se destacam em momentos decisivos e, este ano, não tem sido diferente, como mostram as conquistas da Copa Brasil e do Sul-americano.

Maringá, no entanto, não pode ser subestimado, como o próprio Sada Cruzeiro sentiu ainda no primeiro turno, quando só bateu os paranaenses no quinto set. A equipe de Alessandro Fadul chegou a frequentar a quinta posição na tabela e foi a responsável por eliminar o Sesi nas quartas da Copa Brasil, além de ter imposto um 3 a 1 sobre o Sesc-RJ na abertura do returno que à época tirou os cariocas da liderança da Superliga. Aos mineiros, todo cuidado é pouco.

Confrontos (todos os jogos serão transmitidos pelo SporTv):

Domingo (24), às 19h, no ginásio do Riacho, em Contagem (MG)

Quinta (28), às 21h30, no Chico Neto, em Maringá (PR)

Se necessário, o terceiro jogo será no sábado (30), às 21h30, no ginásio do Riacho, em Contagem (MG)

Renan assumiu Taubaté em meio a temporada complicada para a equipe do Vale do Paraíba (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

EMS Taubaté Funvic (3º) x Vôlei Renata (6º)

Conturbado é o melhor adjetivo para definir a temporada de Taubaté, que demitiu o técnico argentino Daniel Castellani há pouco mais de um mês e agora conta com Renan Dal Zotto, treinador da seleção brasileira, para tentar salvar a temporada, até agora com somente um ponto alto: a conquista do Campeonato Paulista sobre o Sesi, muito pouco para o elenco montado pelo time do Vale do Paraíba.

Desde que assumiu o cargo, no fim de fevereiro, Renan teve apenas três jogos para tentar acertar a equipe, conseguindo dois bons 3 a 0 diante do Vôlei Ribeirão e de Maringá, mas perdendo para o Sada Cruzeiro por 3 a 1. O desafio dele é embalar a base titular formada por Rapha, Leandro Vissotto, Douglas Souza, Ricardo Lucarelli, Lucão e Otávio, com Thales de líbero, mas do outro lado da rede está um time cujo ponto forte é justamente a coletividade.

Contando com um bom sacador, o oposto Daniel Cagliari, o Vôlei Renata é um time perigoso e que já bateu os rivais por 3 a 0 nesta Superliga. Ainda que o favoritismo deste confronto seja de Taubaté, não se surpreenda se esta série for decidida na terceira partida.

Confrontos (todos os jogos serão transmitidos pelo SporTv):

Sábado (23), às 11h30, no ginásio do Abaeté, em Taubaté (SP)

Quarta (27), às 19h15, no Taquaral, em Campinas (SP)

Se necessária, a terceira partida será na sexta (29), às 19h, no Abaeté, em Taubaté (SP)

Vivendo um 2019 muito ruim, Sesc terá um duelo difícil diante do Minas (Foto: Renan Bix/FollowX Comunicação)

Sesc-RJ (4º) x Fiat/Minas (5º)

É a hora do tudo ou nada para o Sesc-RJ, que vem de um 2019 muito ruim, com cinco derrotas seguidas no returno, perda da final da Libertadores do vôlei por 3 a 0 e eliminação nas quartas da Copa Brasil – derrota esta que se deu justamente diante do Minas. Não fossem os bons resultados na primeira metade da Superliga, os comandados de Giovane Gávio sequer teriam direito ao mando de quadra em um possível terceiro duelo agora.

A frágil linha de passe e a incapacidade de reagir quando jogo atrás do placar tem sido os grandes problemas do time carioca, que conta com quatro jogadores da seleção principal: Wallace, Maurício Souza, Maurício Borges e Tiago Brendle – o oposto é, com folga, o maior pontuador da competição, mas um jogador sozinho dificilmente é capaz de superar oponentes bem estruturados, caso do Minas de Nery Tambeiro, que, com uma mistura de jovens talentos liderados pelo experiente levantador Marlon, chegou não só à prata da Copa Brasil como também impôs uma das derrotas do Sesc no segundo turno, um 3 a 1 em Belo Horizonte.

Trata-se do único duelo em que as chances de 50% para cada lado vão além da mera probabilidade matemática. Tudo pode acontecer neste Sesc x Minas, o confronto mais interessante das quartas de final da Superliga masculina.

Confrontos (todos os jogos serão transmitidos pelo SporTv):

Sábado (23), às 14h30, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

Quarta (27), às 21h30, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG)

Se necessário, o terceiro jogo será na sexta (29), às 21h30, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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