Brasil encara França na 1ª fase do Mundial Masculino
Sidrônio Henrique
30/11/2017 15h28
A seleção brasileira masculina terá pela frente, no Mundial Masculino 2018, a França, seu algoz na final da Liga Mundial 2017 e que no ciclo olímpico passado retornou à elite do voleibol. A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) realizou na tarde desta quinta-feira (30), em Florença, na Itália, o sorteio das chaves do torneio. O Brasil está no grupo B, com sede em Ruse, na Bulgária, e enfrentará, além da França, o bom time do Canadá, a Holanda, que passa por uma reestruturação, e ainda os fracos China e Egito. Quatro equipes avançam à segunda fase. Este ano, o Brasil enfrentou o Canadá duas vezes e venceu ambas por 3-1. Contra a França, também dois confrontos: derrota por 2-3 na final da Liga Mundial e vitória por 3-0, com o adversário desfalcado e parciais apertadas, na Copa dos Campeões.
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A competição, de 9 a 30 de setembro, com 24 seleções, será realizada simultaneamente em dois países, Itália e Bulgária, pela primeira vez na história. A tabela, com a data e horário das partidas, bem como o cruzamento entre as chaves para as fases seguintes, ainda não foi divulgada pela FIVB. O torneio será disputado em nove cidades, sendo seis na Itália – Roma, Bari, Florença, Bolonha, Milão e Turim (esta será palco da terceira fase e das finais) – e três na Bulgária – Sofia, Varna e Ruse. A chave C, que tem Estados Unidos, Rússia e Sérvia, é a que reúne mais equipes fortes, ainda que os demais adversários não despertem muita preocupação.
O Canadá, bronze na Liga Mundial 2017, está no grupo do Brasil (foto: Guilherme Cirino/Saída de Rede)
Confira os grupos do Mundial Masculino 2018:
A (em Florença, Itália)*: Itália, Argentina, Japão, Bélgica, Eslovênia e Rep. Dominicana
B (em Ruse, Bulgária): Brasil, França, Canadá, Holanda, China e Egito
C (em Bari, Itália): Estados Unidos, Rússia, Sérvia, Austrália, Tunísia e Camarões
D (em Varna, Bulgária): Bulgária, Polônia, Irã, Cuba, Finlândia e Porto Rico
*O jogo de abertura do Mundial, pelo grupo A, será a céu aberto, no Foro Itálico, em Roma, reunindo Itália e um adversário a ser definido entre os cinco oponentes da chave.
O Brasil soma cinco medalhas na história da competição. A seleção brasileira é tricampeã mundial e foi vice-campeã na última edição, em 2014. A primeira medalha veio em 1982, uma prata, sob o comando do técnico Bebeto de Freitas. Os três títulos foram conquistados em 2002, 2006 e 2010, todos com a equipe treinada por Bernardinho, assim como a prata do Mundial passado.
Campanha brasileira em 2017
Este ano, o técnico Renan Dal Zotto assumiu o cargo e foi a três torneios: Liga Mundial, Sul-Americano e Copa dos Campeões. Foi prata na primeira e ouro nas demais. Ele aproveitou a base campeã olímpica na Rio 2016.
O time titular do Brasil em 2017 teve o levantador Bruno Rezende, o oposto Wallace, os pontas Lucarelli e Maurício Borges, os centrais Lucão e Maurício Souza, e os líberos Tiago Brendle e Thales se revezando.
Para o Mundial 2018, a seleção ainda não poderá contar com o ponteiro cubano naturalizado brasileiro Yoandy Leal, astro do Sada Cruzeiro, que pelas regras da FIVB só poderá jogar pelo Brasil a partir de 2019.
Formato
A fórmula é parecida com a do Mundial 2014: três fases e as finais. Serão 94 jogos no total. Inicialmente, as equipes estão divididas em quatro grupos de seis seleções, com as quatro primeiras avançando para a segunda etapa. Vem então a mudança em relação ao torneio anterior: em vez de duas chaves com oito times, serão quatro grupos de quatro equipes. Classificam-se para a terceira etapa os vencedores de cada chave, bem como o melhor segundo colocado dos dois grupos em cada país – na primeira e na segunda fase, Itália e Bulgária serão sede de dois grupos. A etapa seguinte, na cidade de Turim, terá duas chaves de três seleções, com os dois melhores de cada garantindo presença nas semifinais.
O Mundial Feminino 2018 será no Japão, de 29 de setembro a 20 de outubro. O sorteio dos grupos será realizado no dia 7 de dezembro, em Tóquio, às 2h (horário de Brasília).
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.