Mundial de vôlei de praia: saiba as chances brasileiras de levar o torneio
Disputa mais importante do vôlei de praia depois dos Jogos Olímpicos, o Campeonato Mundial inicia sua 12ª edição nesta sexta-feira (28) em Hamburgo (Alemanha). Na condição de país com o maior número de títulos no torneio (12), o Brasil inicia o torneio como favorito a ganhar medalhas no feminino, enquanto entre os homens a busca pelo pódio deve ser mais complicada.
Ao todo, 48 parcerias em cada naipe lutarão pelas primeiras colocações, sendo oito delas brasileiras: Ágatha/Duda, Ana Patrícia/Rebecca, Carol Solberg/Maria Elisa, Fernanda Berti/Barbara Seixas, Alison/Álvaro Filho, André Stein/George, Evandro/Bruno Schmidt e Pedro Solberg/Vitor Felipe. O torneio terá transmissão para o Brasil pelo canal "SporTV".
Atuais campeãs do Circuito Mundial, Ágatha e Duda chegam à Alemanha também como líderes do ranking da atual temporada, condição recuperada depois da medalha de ouro na etapa quatro estrelas de Ostrava, no início do mês. Terceiras colocadas na lista, Ana Patrícia e Rebecca vêm em ascensão neste ciclo olímpico, com dois ouros, uma prata e um bronze somente em 2019. Além disso, são treinadas por Reis Castro, técnico que foi fundamental para o sucesso de Juliana e Larissa.
Experientes, Carol Solberg e Maria Elisa também podem surpreender, assim como Fernanda Berti e Barbara Seixas, atuais campeãs do Circuito Brasileiro – medalhistas em 2015, quando jogaram uma contra a outra na final, elas voltam ao Circuito depois de perderem a etapa da Polônia por conta de uma fratura na mão direita de Barbara.
"Já estou bem melhor, sem dor e fiquei muito feliz de poder jogar sem interferir na minha performance dentro da quadra. Obviamente sempre prezamos pela segurança e pela nossa saúde, mas estamos suscetíveis a acidentes e lesões, e temos que estar preparados para lidar bem com isso. A minha equipe me ajuda muito, só me deu mais força", afirmou Barbara, campeã há quatro anos.
As principais desafiantes das brasileiras serão as australianas Clancy/Artacho, as canadenses Bansley/Brandie e Sarah Pavan/Melissa Paredes e as americanas Alix Klineman/April Ross – Pavan e Klineman, inclusive, são bem conhecidas dos fãs verde-amarelos, pois atuaram na Superliga de vôlei indoor em um passado recentes.
No masculino, as perspectivas são mais cautelosas. Apesar de o Brasil ser o atual campeão olímpico (com Alison e Bruno Schmidt) e mundial (com Evandro e André Stein) da modalidade, o grande número de trocas entre as parcerias nos últimos meses enfraqueceu o país. Alison, por exemplo, agora atua com Álvaro Filho, enquanto Bruno está ao lado de Evandro. André, por sua vez, joga com George.
Não bastasse a falta de entrosamento ser um problema, o Circuito vem sendo dominado pelos jovens noruegueses Anders Mol e Christian Sorum, que faturaram quatro ouros somente no Circuito Mundial 2019.
A boa notícia é que, ao menos com Evandro e Bruno, os primeiros sinais de reação já começam a aparecer, como o título na etapa quatro estrelas de Varsóvia (Polônia) há pouco menos de duas semanas, conquistado justamente com uma vitória sobre a dupla da Noruega na decisão.
"Ainda estamos atrás de nosso principal objetivo e não estamos satisfeitos com muita coisa. Sabemos que precisamos melhorar, mas já estamos vendo onde nosso time pode ir. E a evolução tem sido contínua", avisou Bruno.
Maior vencedor de Mundiais ainda em atividade entre os homens, com dois títulos (Emanuel, já aposentado, possui três), Alison comentou sobre a importância de manter a "fome" de conquistas.
"A verdade é que você não pode parar de evoluir. É fácil chegar ao topo e pensar que não há nada mais para aprender ou evoluir, mas esse é o primeiro passo antes de cair. Nada dura para sempre e mesmo que tenha vivido coisas tão especiais, tento deixar isso de lado e focar nos próximos objetivos", declarou.
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CORRIDA OLÍMPICA
Além da importância em si do Campeonato Mundial, o torneio na Alemanha é especialmente importante para a corrida olímpica brasileira do vôlei de praia. Enquanto uma etapa quatro estrelas rende 800 pontos aos campeões, na disputa em Hamburgo a primeira posição dará 1.000 pontos.
No Circuito Mundial, os eventos são definidos pelo número de estrelas, indo de um até cinco. Mas na corrida olímpica brasileira, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Os times descartam as piores participações, fazendo uma média dos 10 melhores resultados, com os dois melhores times garantindo a vaga em Tóquio 2020.
Confira a programação e os resultados em Hamburgo neste link.
Pontuação da corrida olímpica brasileira:
FEMININO
1 – Ana Patrícia/Rebecca – 3.040 pontos
2- Ágatha/Duda – 2.880 pontos
3- Carol Solberg/Maria Elisa – 2.160 pontos
4- Talita/Taiana – 2.080 pontos
5- Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 1.520 pontos
MASCULINO
1- Evandro/Bruno Schmidt – 3.040 pontos
2- Alison/Álvaro Filho e Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2.080 pontos
4- André Stein/George – 1.840 pontos
5- Guto/Saymon – 960 pontos
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