Gringos dominam, mas Ana Patrícia e Rebecca ainda lideram corrida olímpica
Os brasileiros tiveram uma participação muito ruim na etapa quatro estrelas de Itapema (SC) do Circuito Mundial 2019 de vôlei de praia, ficando de fora das finais tanto no naipe feminino quanto no masculino. Foi o pior resultado alcançado pelo vôlei de praia nacional em 32 anos de história. Ocorrida neste fim de semana, a competição, que soma pontos no processo seletivo para Tóquio-2020, apontou para a crescente superioridade das duplas estrangeiras no cenário mundial.
Entre as mulheres, Ágatha e Duda, campeãs na temporada passada, saíram do torneio na quinta posição, somando 480 pontos no ranking, ao serem superadas nas quartas pelas norte-americanas April Ross e Alix Klineman (ex-Dentil Praia Clube) por 2 sets a 1 (25-27, 21-18 e 15-13).
E as norte-americanas acabaram levando o título neste domingo (18) ao vencerem as canadenses Sarah Pavan (ex-Sesc-RJ) e Melissa Paredes também por 2 a 1 (23-25, 21-18 e 10-15). O bronze ficou com as canadenses Wilkerson/Bansley.
Também na quinta colocação terminou a dupla Talita/Taiara, que perdeu para as holandesas Joy Stubbe/Van Iersel, contabilizando os mesmos 480 pontos. Vale lembrar que a dupla brasileira já havia superado nas oitavas suas compatriotas Ana Patrícia e Rebecca, campeãs da etapa anterior de Xiamen, por 2 sets a 0, com parciais 21-16 e 21-13.
Assim como Ana Patrícia e Rebecca, Maria Elisa/Carol Solberg e Bárbara Seixas/Fernanda Berti também foram eliminadas do torneio nas oitavas de final. Apesar disso, as campeãs na etapa da China seguem na liderança da corrida olímpica brasileira.
No naipe masculino, o nível da disputa foi ainda mais preocupante. Nenhuma dupla brasileira conseguiu ir além das oitavas, terminando em nono lugar. André Stein e George foram batidos pelos poloneses Losiak e Kantor por 2 a 0 (15-21 e 14-21) enquanto Bruno Schmidt e Evandro, que assumiram a ponta da corrida, também caíram diante dos holandeses Van de Velde e Christiaan Varenhorst pelo mesmo placar (parciais de 17-21 e 19-21).
Os noruegueses Anders Mol e Christian Sorum – a dupla sensação do momento campeã mundial em 2018 – venceram os poloneses Fijalek e Bryl por 2 sets a 0 (21-19 e 28-16) e conquistaram o ouro. Os holandeses Van de Velde e Christiaan Varenhorst ficaram com a medalha de bronze.
A etapa de Itapema ilustrou bem como tem se desenhado o cenário internacional do vôlei de praia nos últimos anos. Com a predominância do vigor físico sobre as qualidades propriamente técnicas, as duplas europeias têm dominado o Circuito Mundial.
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Para se ter uma ideia da crise vivida pelo vôlei de praia brasileiro, desde o início da corrida olímpica, nenhuma dupla masculina conseguiu ir além das oitavas em uma etapa do Circuito. Recordista no número de medalhas acumuladas na modalidade em Jogos Olímpicos (com 13 ao total), o Brasil vem caindo de rendimento na mesma medida em que tem observado o crescimento de estrangeiros.
De acordo com os critérios da corrida olímpica brasileira, apenas as etapas quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial – que possuem uma pontuação correspondente –, além do Campeonato Mundial, são contabilizados para o ranking até fevereiro de 2020. O próximo desafio das equipes brasileiras será em Jinjiang, na China, entre 22 e 26 de maio.
Veja como está a corrida olímpica brasileira para o vôlei de praia em Tóquio 2020:
FEMININO:
Ana Patrícia/Rebecca – 1.200 pontos
Talita/Taiana – 960 pontos
Ágatha/Duda – 880 pontos
Carol Solberg/Maria Elisa – 720 pontos
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 640 pontos
MASCULINO:
Evandro/Bruno Schmidt – 1.040 pontos
Pedro Solberg/Vitor Felipe – 960 pontos
Guto/Saymon – 960 pontos
André Stein/George – 800 pontos
Alison/Álvaro Filho – 720 pontos
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