Destaque do Maringá confia em empate na série contra o campeão Cruzeiro
Foi por um triz. Como uma contundente demonstração do quanto tem sido competitivo ao longo da temporada, por pouco o surpreendente Copel Telecom Maringá não impôs uma inesperada derrota ao hexacampeão Sada Cruzeiro no primeiro duelo das quartas de final da Superliga masculina.
Para o oposto Lucas Borges, jogador que vem sendo um dos principais alicerces ofensivos da equipe paranaense, o nervosismo prejudicou os jogadores naquele confronto. Em entrevista ao Saída de Rede, ele, que somente naquele jogo fez 24 pontos, fala, entre outros assuntos, sobre o seu crescimento, as expectativas em relação à segunda partida dos playoffs e o segredo do sucesso de Maringá na temporada.
Paraibano de João Pessoa, ele conta que foi através do irmão que começou a praticar vôlei quando tinha 13 anos. "Comecei a frequentar, em 2006, os treinos do meu irmão. O ver jogar despertou meu interesse em tentar aprender e treinar junto", explica, mencionando que também participou de Jogos Escolares e Campeonatos Brasileiros.
Antes de chegar ao Maringá, o jogador, de 26 anos, teve passagens por São José Vôlei, ACBD Rio Claro, Al-Shamal (Qatar) e Upis/Brasília. Lucas ainda disputou os Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) e algumas etapas do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Pela equipe da capital federal, se destacou na Superliga B e acabou contratado nesta temporada para atuar no time do interior paranaense, que tem o ex-levantador Ricardinho como dirigente.
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E o atacante vem se sobressaindo na saída de rede, sendo a bola de segurança do experiente armador Rodrigo. Na Copa Brasil, por exemplo, marcou 34 pontos no triunfo de Maringá sobre o então favorito Sesi-SP, conquistando uma vaga na semifinal do torneio. Ele comenta o bom momento.
"Estou feliz com meu desempenho nesta minha primeira temporada na Superliga A. Mas também estou consciente de que tenho muito a evoluir técnica e taticamente. Busco consistência e regularidade sempre para ajudar o Maringá", coloca o oposto que tem como ídolos o italiano Ivan Zaytsev e o brasileiro Wallace.
Em relação à batalha do último domingo (24), diante da Raposa, no primeiro jogo das quartas de final da Superliga, Lucas afirma que a ansiedade acabou atrapalhando a equipe. "Foi um excelente jogo. Entramos em quadra conscientes do nosso papel e fomos para cima, respeitando o nosso adversário. Construímos grandes chances, mas talvez por ansiedade e nervosismo não conseguimos a vitória", lamenta.
No entanto, para o confronto decisivo desta quinta-feira (28), no ginásio Chico Neto, em Maringá, o oposto avisa que a equipe só pensa em empatar a série. O Cruzeiro alcançará a classificação se vencer na casa do rival.
"Os dois times jogaram muito e a partida foi definida no detalhe. A expectativa para hoje é boa, com certeza. Queremos a vitória para levar a decisão para o terceiro jogo. Acho que estamos fazendo um belo trabalho e sabemos que podemos ir além. Temos condições de passar para a próxima fase e ficar entre os quatro primeiros colocados", frisa, mostrando confiança.
Para o jogador, o treinador Alessandro Fadul é o grande responsável pela ótima fase de Maringá na temporada 2018/2019.
"Acho que o nosso sucesso se deve ao fantástico trabalho do Fadul e de toda a comissão técnica. Mesmo com limitação de investimentos e atletas novos e inexperientes – em sua maioria –, ele conseguiu extrair o melhor de cada um e tem mantido o time coeso durante toda a temporada", elogia o atleta, que também é formado em Educação Física.
Em função das boas performances, Lucas Borges não esconde que seria uma grande recompensa uma convocação para a seleção brasileira. "Seleção brasileira é o ápice. É o lugar onde todos os atletas querem chegar e comigo não é diferente. Mas acredito que a convocação é resultado de um trabalho bem desenvolvido. Por isso, continuo trabalhando duro, buscando dar o meu melhor para ajudar meu time dentro e fora de quadra", conclui.
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