Má organização e falta de estrutura fazem Superliga passar vergonha
A expectativa era positiva: completando 25 edições na temporada 2018/2019, a Superliga de vôlei tem uma série de comemorações e homenagens programadas ao longo da competição, no intuito de celebrar grandes atletas e momentos históricos da principal competição do voleibol brasileiro de clubes.
Mas, infelizmente o que se vê até agora é um retrato do descaso e da falta de estrutura do esporte no Brasil. Menos de 40 dias depois do início da competição, nada menos do que cinco partidas tiveram problemas que colocam em xeque a capacidade de organização dos dirigentes da modalidade.
O mais recente caso aconteceu na noite desta sexta (30), quando a partida entre Hinode Barueri e Vôlei Osasco-Audax foi suspensa após a realização do primeiro set devido às goteiras e quedas de energia no ginásio José Correa, em Barueri (SP). Uma semana atrás, Vôlei Um Itapetininga e EMS Taubaté Funvic sequer entraram em quadra por conta de goteiras no ginásio Ayrton Senna, em Itapetininga (SP) – ambos os times jogarão em 19 de dezembro (se a chuva deixar?).
Poderosos, Zenit dá vexame e Sada vira coadjuvante no Mundial
A má vedação dos tetos em dias chuvosos, aliás, parecem ser o grande calcanhar-de-Aquiles deste início de Superliga. No sábado passado (24), mesmo dia em que a partida em Itapetininga foi adiada, o jogo entre Sesi Vôlei Bauru e Minas Tênis Clube teve diversas interrupções para que a quadra fosse enxugada, problema decorrente justamente das goteiras no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP). Não bastasse a vergonha em si, tal situação expôs as jogadoras e um desnecessário risco de lesões. Imagine o tamanho do problema se uma jogadora importante como Carol Gattaz, Gabi ou Natália escorrega e se machuca às vésperas do embarque da equipe de Belo Horizonte para o Mundial feminino de clubes. Quem arcaria com as consequências?
Quer mais? Na partida em que recebeu o Curitiba Vôlei em seu ginásio em Uberlândia (MG), em 20 de novembro, o atual campeão Dentil/Praia Clube jogou com um piso fora dos padrões exigidos pelo regulamento, que prevê um modelo sintético, tipo taraflex ou similar, minimizando o impacto dos saltos no corpo dos atletas.
No mesmo dia, Osasco e Bauru duelavam no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), com uniformes muito parecidos, consequência de um engano da delegação do time do interior paulista, que não trouxe seu uniforme 2 para o jogo. Até pela dinâmica do jogo, em que jogadoras de times adversários não se misturam, a realização da partida foi possível, mas a sensação de estranheza era comum a qualquer um que tentasse acompanhar o jogo. Mais um ponto negativo para um esporte que ano a ano luta para manter e atrair patrocinadores.
Além da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), clubes e federações estaduais possuem sua parcela de culpa em meio a tantos problemas, assim como o poder público, incapaz de proporcionar uma manutenção decente para as praças esportivas. O amadorismo vigora por todos os lados, estragando aquela que deveria ser uma temporada de festa. E ela, assim como as chuvas, está só começando…
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.