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Sheilla fala sobre futuro no vôlei após o nascimento das filhas

Carolina Canossa

08/08/2018 06h00

A oposta afirma que para a seleção ela não volta, mas deixa em aberto o retorno para o vôlei (Foto: Divulgação/FIVB)

Por Naiara Araújo

A bicampeã olímpica Sheilla Castro continua afastada das quadras e o motivo é ótimo: a espera das gêmeas Liz e Ninna. Depois de anos dedicados ao vôlei brasileiro, no fim das Olimpíadas do Rio ela tomou a decisão de tirar férias prolongadas para se preparar para a maternidade. A boa notícia para os fãs da oposta é que ela não planeja se despedir definitivamente das quadras. Aos seis meses de gestação, ela confirmou a possiblidade de voltar a jogar vôlei após o nascimentos das filhas.

"Para a seleção eu não volto, mas para o vôlei pode ser que sim", afirmou Sheilla. Aos 35 anos, a atleta planeja dedicar mais tempo à maternidade antes de voltar às quadras. "Até os seis meses delas eu não jogo em nenhum lugar. Eu não vou fazer nada corrido, quero curtir as minhas filhas", disse a jogadora.

Sheilla está desde 2016 planejando a gravidez. Após sofrer um aborto espontâneo na primeira tentativa, ela conta que a atual gestação está bem tranquila. Passados os três primeiros meses de gravidez, a atleta fez questão de voltar a praticar atividade física e atualmente faz um treino para gestantes. Yoga, alongamento, musculação e aeróbica fazem parte da rotina dela.

A jogadora conta que não se arrepende de não ter sido mãe antes e acredita que hoje em dia as mulheres estão tendo filhos mais tarde. "Eu acho que é quando chega o momento", disse Sheilla. "Lógico que com o esporte a gente já programa que tem que ser mais tarde, mas eu, sinceramente, antes dos 32 anos não me via mãe."

Antes dos 32 anos Sheilla não se imaginava sendo mãe e hoje espera as gêmeas Liz e Ninna (Foto: Divulgação/Instagram)

Belo Horizonte, cidade natal da jogadora, foi o lugar escolhido para o nascimento das gêmeas. Apesar de inicialmente ficar em território mineiro, no futuro ela está disposta a mudar para jogar fora do estado. "O meu marido é de São Paulo, eu escolhi Belo Horizonte para estar próxima da família no início, mas depois ainda não sabemos", contou a oposta. Um ponto ainda indefinido na carreira da jogadora é a sua aposentadoria, decisão que por enquanto ela prefere não programar.

Sheilla é uma jogadora experiente, coleciona títulos com a camisa da seleção brasileira, além de clubes nacionais e internacionais, e não deixou de opinar sobre a atual equipe feminina. Para a bicampeã olímpica, existe a possibilidade do Brasil vencer o Campeonato Mundial em 2018. "Todas as seleções são muito inconstantes, se o Brasil chegar num melhor momento no Mundial tem condições de ganhar sim", afirmou Sheilla.

*Colaborou Demetrio Vecchioli

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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