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Com caras novas e outras nem tanto, Brasil inicia Copa Pan com vitórias

Carolina Canossa

11/07/2018 06h00

Com mais dois jogos garantidos, a seleção brasileira aguarda a definição de seu adversário na semifinal (Crédito: Divulgação/Norceca)

 

Por Daniel Rodrigues

A seleção feminina de vôlei vive um desafio diferente. Com o grupo mesclado de jogadoras mais experientes, que precisam ganhar ritmo de jogo, e outras novatas promissoras, a equipe comandada pelo técnico Wagner Coppini (técnico substituto de José Roberto Guimarães, que estava no comando da seleção principal na Liga das Nações) está em Santo Domingo, na República Dominicana, disputando a Copa Pan-Americana.

O evento tem grande importância às brasileiras, já que é uma oportunidade das campeãs olímpicas Thaisa e Dani Lins retomarem a confiança dentro das quadras para o objetivo maior de 2018: o Campeonato Mundial, no Japão. A central, que atuou em algumas partidas da Superliga 2017/18 pelo Hinode Barueri, busca atingir os 100% de seu desempenho físico após mais de nove meses parada devido a uma cirurgia em seu joelho e a recuperação de uma lesão no tornozelo. Já a levantadora, retornou às atividades em abril, cerca de 40 dias depois do nascimento de sua filha Lara.

Outras atletas que se destacaram na temporada de clubes foram chamadas para compor o elenco que disputa a competição em solo caribenho: a levantadora Claudinha, as centrais Mara, Fran e Milka, as ponteiras Edinara, Fernanda Tomé, Maira e Gabriela Cândido, as opostos Bruna Honório e Lorenne, além das líberos Tássia e Natinha.

O primeiro compromisso das brasileiras foi diante do México. Sem tradição no cenário mundial, o adversário foi superado por tranquilos 3 sets a 0 (25-21, 25-19 e 25-17), onde sua principal jogadora, Samantha Bricio foi marcada eficientemente. O Brasil entrou em quadra com Bruna Honório, Dani Lins, Thaísa, Fran, Edinara, Maira e a líbero Tássia, com destaque para a oposto, colocando 16 bolas no chão.

O segundo duelo da etapa inicial, contra a Colômbia, começou com mais de três horas de atraso devido às goteiras no ginásio provocadas por fortes chuvas na região. As brasileiras tiveram que aquecer quatro vezes até conseguir a liberação para o início da partida. Comandadas pela habilidosa levantadora Maria Alejandra, que atuará pelo São Caetano na temporada 2018/19, as colombianas ofereceram muita resistência para as comandadas de Wagão. A escalação inicial se repetiu, mas, com o passe muito instável, o técnico brasileiro optou por trocar a ponteira Edinara, que deu lugar à Fernanda Tomé. Ambas já alternaram nas posições de ponteira e oposto ao longo da carreira, podendo explicar um pouco da fragilidade na recepção. No entanto, a jogadora do São Caetano trouxe mais estabilidade ao fundamento e as brasileiras conseguiram a virada, liquidando o confronto no tie-break, com parciais de 18-25, 24-26, 25-16, 25-23 e 15-13. Bruna Honório terminou como maior pontuadora, com 22 pontos, seguida pela central Thaisa, com 20, sendo 7 deles em bloqueios.

Finalizando a fase classificatória, o Brasil teve pela frente a Argentina. O duelo sul-americano foi disputado ponto a ponto, com vitória para as brasileiras, por 3 sets a 2 (20-25, 25-20, 25-15, 19-25 e 15-6), garantindo automaticamente a classificação para as semifinais, como um dos dois melhores primeiro colocados dos três grupos da competição. A grande marcadora da partida desta terça-feira (10) foi Fernanda Tomé, que após atuação enfática contra as colombianas, ganhou a vaga de titular e colocou 19 bolas no chão.

Os resultados, apesar de apertados, animam devido às oportunidades que estão sendo dadas a jogadoras que não haviam sido muito testadas. Com mais dois jogos garantidos, a seleção brasileira aguarda a definição de seu adversário na semifinal, marcada para próxima sexta-feira (13).

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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