Inconstante, Brasil estreia na fase final da Liga das Nações com derrota
Por Daniel Rodrigues
A fase não é das melhores para a seleção masculina de vôlei. Após a derrota na última partida da etapa classificatória por 3 sets a 0 para a Argentina e apresentações irregulares no decorrer da Liga das Nações, o Brasil segue oscilando. Atuando em Lille, na França, os comandados de Renan Dal Zotto abriram a fase decisiva na tarde desta quarta-feira (04), com derrota no tie-break para os anfitriões, em parciais de 22-25, 25-20, 21-25, 25-22 e 15-13.
Somente quatro jogadores marcaram mais de dez pontos no duelo: Stephen Boyer (25) e Earvin Ngapeth (23) da França, além de Wallace (21) e Maurício Souza (11), pela seleção brasileira. No entanto, a equipe atual campeã olímpica encontrou mais dificuldade para anular os marcadores franceses, que foram ganhando confiança no decorrer da disputa e empolgaram os torcedores presentes no ginásio. O bloqueio do Brasil mostrou-se ineficiente, apesar da melhora significativa com a entrada do central Maurício Souza, responsável por três dos somente seis pontos da equipe no fundamento.
O número de erros não chegou a ser decisivo, já que foram 35 para cada lado, mas o momento em que foram cometidos acabou sendo fatídico. A quantidade excessiva de saques na rede, principalmente no set final, foi fundamental para o triunfo dos europeus.
O saque, inclusive, é outro fundamento que merece ser analisado. A parcial em que o Brasil teve melhor atuação no serviço (3º set), foi a mesma em que a equipe teve mais tranquilidade e controle da partida. Foram três aces e uma vitória sem grandes sustos por 25 a 21. Contudo, a história não se repetiu nos outros sets, onde os brasileiros não conseguiram atingir a agressividade no fundamento e facilitaram a distribuição de bolas de seu adversário.
A parte emocional também pode ter pesado contra a equipe comandada por Renan. No final da terceira parcial, o experiente ponteiro Maurício Borges sofreu um entorse no joelho direito e saiu carregado de quadra. No lugar do campeão olímpico entrou o jovem Douglas Souza, que não chegou a comprometer, mas pareceu não passar tanta confiança ao grupo que mostrou-se abalado.
O destaque positivo fica por conta do líbero Thales, protagonista de uma de suas melhores atuações vestindo a camisa amarela. Retrato disso foi a eficiência do fundo de quadra do Brasil durante grande parte da disputa, apresentando uma evolução notável em relação aos desafios anteriores.
O próximo compromisso dos brasileiros será já nesta quinta-feira (05), quando irão enfrentar os sérvios, às 15h45, em uma partida de "vida ou morte". Caso vença por 3 a 0 ou 3 a 1, a seleção brasileira automaticamente se classifica para a semifinal da competição, bem como em caso de derrota, estará eliminada. Caso vença no tie-break, a equipe irá depender do resultado do jogo entre França e Sérvia, na sexta (06).
Pelo grupo B, a Rússia bateu os poloneses na abertura da fase final da competição, por 3 sets a 1 (25-18, 25-23, 22-25 e 25-17), garantindo três pontos na classificação. Os destaques ficaram por conta dos russos Volkok e Mikhaylov, com 17 e 16 pontos, respectivamente, além de Kurek, da Polônia, com 23.
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