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Saque faz a diferença e Turquia bate Brasil na semifinal da Liga das Nações

Carolina Canossa

30/06/2018 06h15

Desorganização pautou o jogo brasileiro na Liga das Nações neste sábado (Fotos: Divulgação/FIVB)

Depois de dois ótimos jogos na fase final da Liga das Nações, um balde de água fria: disputando uma vaga na grande decisão contra a Turquia, a seleção brasileira feminina de vôlei foi derrotada por 3 sets a 0, parciais de 25-23, 25-23 e 25-22. Agora, o time de José Roberto Guimarães brigará pela medalha de bronze contra as chinesas, às 4h (Brasília), deste domingo (01).

O diferencial da semifinal na madrugada deste sábado (30) foi o saque. Agressivas, as turcas minaram a confiança da recepção brasileira com um movimento acelerado, enquanto o Brasil não conseguiu incomodar no fundamento. Resultado: a jovem levantadora Ozbay jogou como quis, a ponto de a central Erdem ter feito cinco pontos de ataque somente no primeiro set.

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Para efeito de comparação, as meio de rede titulares do Brasil, Adenízia e Bia, somaram apenas três pontos de ataque em três sets. Aliás, dos 40 pontos verde-amarelos no fundamento, 32 foram marcados pela oposta Tandara (19) ou pela ponteira Gabi (13), evidenciando um desequilíbrio nas ações ofensivas da equipe.

A despeito dos problemas, a seleção brasileira ainda conseguiu equilibrar os dois primeiros sets até o final, quando brilhou a individualidade da líbero Akoz, responsável por grandes defesas em ataques de Tandara pelo meio-fundo.

Com 14 pontos cada, Baladin e Boz foram as maiores pontuadoras turcas. Pelo lado brasileiro, Tandara fez 20 pontos e Gabi 14

Na tentativa de mudar o panorama do jogo, Zé Roberto tentou colocar Rosamaria no lugar de Amanda no início do terceiro set, mas a mudança não surtiu efeito e logo a titular retomou a posição. Chamada à Ásia para o lugar da lesionada Drussyla, Jaqueline era outra alternativa à disposição no banco, mas foi usada apenas em passagens pelo saque.

É preciso também reconhecer o bom trabalho da Turquia, que já havia equilibrado nesta fase final o confronto contra os Estados Unidos, atuais campeões mundiais, além de ter eliminado a Sérvia, vice-campeã olímpica na Rio 2016. Acostumado a se destacar apenas no cenário de clubes, graças às jogadoras estrangeiras, o país já sente os efeitos do trabalho do competente Giovanni Guidetti, técnico italiano que no ciclo olímpico anterior colocou a Holanda entre as principais forças do vôlei mundial. Ele assumiu a Turquia logo após a Olimpíada, torneio em que terminou na quarta colocação.

Independente do resultado da final da Liga das Nações, a campanha turca já é o melhor resultado da equipe no cenário intercontinental de seleções – até então, esse posto estava com o bronze no Grand Prix 2012. A decisão será disputada com a seleção norte-americana, que bateu a China na manhã deste sábado por 3 sets a 1 (25-23, 25-20 18-25 e 25-18). O destaque entre as pontuadoras ficou por conta da ponteira Michelle Bartsch-Hackley, com 24 bolas ao chão, seguida pela craque Ting Zhu, com 18. A final será neste domingo (30), às 8 horas.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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