Erros se repetem e nova derrota encerra péssimo fim de semana brasileiro
Desastroso. Não há outra forma de definir a desempenho da seleção brasileira masculina de vôlei na etapa de Varna (Bulgária) da Liga das Nações. Depois de sucumbir diante de Canadá e França em sets diretos, os atuais campeões olímpicos perderam mais uma vez neste domingo (17), desta vez para os donos da casa por 3 sets a 2, parciais de 25-22, 19-25, 25-15, 18-25 e 15-12.
É a primeira vez desde a Liga Mundial 2012 que o time verde-amarelo acumula tantos resultados negativos seguidos – na ocasião, o Brasil perdeu para Finlândia (3 a 0) e Polônia (3 a 1) no encerramento da fase classificatória e depois foi eliminado na fase final da competição ao ser derrotado por Cuba (3 a 0) e novamente pelos poloneses (3 a 2).
Mais do que os resultados em si, preocupa a repetição dos erros ao longo de toda a rodada: recepção ruim, defesa desatenta e ponteiros ineficientes no ataque, deixando Wallace como a única (marcadíssima) opção ofensiva. O oposto marcou 22 pontos (22/42 ataques) contra 12 de Maurício Borges (6/23) e sete de Douglas Souza (6/14).
Na tentativa de mudar o panorama do fim de semana, o técnico Renan Dal Zotto havia apostado já na escalação inicial em mudanças em relação aos dois confrontos anteriores, com William no lugar de Bruno e Otávio substituindo Isac. O problema é que, sem passe, não há levantadores ou centrais que consigam jogar bem, seja quem for.
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Sem as opções dos lesionados Lipe e Ricardo Lucarelli para melhorar as pontas, o treinador apostou ao longo do jogo contra a Bulgária até mesmo em Victor Birigui, promessa de 19 anos que sequer ainda se destacou no voleibol nacional de clubes. Diante de tamanha pressão, o jovem virou três das oito bolas que recebeu, o que evidentemente não foi suficiente para evitar o novo revés.
Com os próximos jogos marcados para a Austrália já a partir de sexta-feira (22), haverá pouco tempo para treinos e ajustes nos próximos dias, decisivos para a classificação para a fase final do torneio – atualmente o Brasil é o quarto colocado, superando Polônia e Sérvia nos critérios de desempate (os cinco melhores além da França, sede da fase final, avançam para a disputa do título).
Porém, por tudo o que vinha jogando até a rodada na Bulgária ainda é possível dar crédito ao time. A boa notícia é que dois dos próximos adversários, Austrália e Argentina, são mais tranquilos, ideais para retomar a confiança e assegurar a vaga na fase final. Já o confronto contra a Polônia, às 7h10 de sábado (horário de Brasília), será um bom termômetro para saber qual das seleções brasileiras que vimos na Liga das Nações é a que corresponde à realidade.
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