Passe complica, mas Tandara e bloqueio garantem dois pontos para o Brasil
Jogou mal, mas ganhou. É assim, de forma curta e grossa que pode ser definido o desempenho da seleção brasileira feminina de vôlei contra a Rússia pela Liga das Nações feminina. Quem se dispôs a madrugar para acompanhar o clássico viu um jogo emocionante, mas tecnicamente sofrível, consequência de dois grupos renovados, que ainda têm muita margem de trabalho pela frente. O placar final foi de 3 sets a 2, parciais de 15-25, 25-21, 25-20, 19-25 e 17-15.
Menos mal para as comandadas de José Roberto Guimarães que a vitória veio, um resultado que praticamente assegura o time na fase final da Liga das Nações (apenas uma combinação improvável, com três derrotas nos três jogos restantes e três vitórias da Itália, ameaça a classificação). Evita-se assim um sufoco semelhante ao do ano passado, quando a seleção efetivamente esteve ameaçada de ficar fora da etapa decisiva do então Grand Prix. Mostra evolução no segundo ano do ciclo olímpico visando Tóquio 2020.
Em relação ao jogo contra as russas, a verdade é que, apesar dos dois pontos terem ficado com o Brasil, eles poderiam muito bem ser da Rússia. Elas, inclusive, tiveram um match point para isso. Apostando constantemente no saque viagem, a seleção russa criou ainda mais dificuldades para a linha de passe brasileira, que já vem sofrendo ao longo de toda a competição. As sul-americanas sofreram um total de 11 aces, sem contar a maratona que Roberta precisou correr para ir atrás dos passes quebrados.
Curta o Saída de Rede no Facebook
Siga-nos no Twitter: @saidaderede
Só que, ao contrário do que havia acontecido diante de China e Estados Unidos, Tandara estava bem. Foram 27 pontos de ataque, dois de bloqueio e um ace, desempenho fundamental para assegurar a vitória. Para se ter uma ideia da importância da oposta, ela atacou 64 bolas, apenas três a menos da soma de todas as atacantes brasileiras que terminaram o jogo (Adenízia, Amanda, Bia e Drussyla).
Do outro lado da quadra, a nova geração russa mostra que seguirá a tradição de passes ruins, o que gerou nada menos que 12 aces sofridos. Bem preparadas, as centrais Adenízia e Bia fizeram a festa, somando 15 dos 18 bloqueios obtidos pela equipe. Bia, que assim como Tandara vinha apagada na etapa de Jiangmen, teve papel fundamental no tie-break, com bloqueios salvadores e o ace que encerrou o jogo.
Com dez vitórias em 12 jogos, a seleção brasileira feminina de vôlei agora parte para a Itália, onde de terça (12) a quinta (14) encara Bélgica, Tailândia e Itália. Será a última oportunidade de trabalhar em cima das falhas em jogo antes da fase final, quando o grupo tentará repetir o surpreendente título do Grand Prix em 2017.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.