William muda o jogo e Brasil derruba invencibilidade dos Estados Unidos
O mais esperado duelo da rodada de Goiânia da Liga das Nações masculina de vôlei não decepcionou os torcedores ávidos por emoção: após quase 2h30 de confronto e com direito a virada, a seleção brasileira masculina de vôlei derrubou a invencibilidade dos Estados Unidos com um placar de 3 sets a 2, parciais de 21-25, 20-25, 25-19, 25-20 e 20-18.
Depois de sofrer mais do que o esperado para passar por japoneses e sul-coreanos, o time do técnico John Speraw entrou em quadra na tarde deste domingo (3) disposto a se impor contra os donos da casa. E de fato conseguiram alcançar este objetivo nos dois primeiros sets, castigando a recepção brasileira com o saque e estudando muito bem o jogo do levantador Bruno, que tinha dificuldades para fazer seus atacantes jogarem.
A solução estava no banco de reservas: William Arjona. Naquela que talvez tenha sido a sua melhor atuação com a camisa amarela, o armador mudou a cara do jogo, dificultando as ações defensivas norte-americanas especialmente nas bolas para Wallace e Maurício Borges, que passou a brilhar não só no ataque como também no bloqueio – os dois terminaram como os maiores pontuadores brasileiros, marcando respectivamente 21 e 20 pontos. O levantador não foi o único a fazer a diferença, com Isac atingindo um nível de jogo muito superior ao do então titular Maurício Souza. Para premiar sua atuação, o central protagonizou o ace que encerrou a partida.
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O saque também passou a entrar a partir da terceira parcial. Um fundamento que mostra a diferença feita pelas mudanças do técnico Renan Dal Zotto foi o bloqueio: 14 para o Brasil, contra oito dos Estados Unidos. Jogando de modo agressivo, os americanos também cederam nada menos que 40 pontos em erros, grande parte deles no serviço. Na tentativa de evitar o revés, Speraw apostou em Benjamin Patch e David Smith no tie-break. Quase deu certo, mas o time voltou a errar saques nos match points que teve e pagou caro por isso.
A atuação deste domingo (3) mostra que William merece novas chances contra times mais fortes no rodízio promovido por Renan para poupar fisicamente o elenco no pesado calendário da temporada. Falar em titularidade, seja dele ou de Bruno, é complicado no momento, mas o levantador do Sesi mostrou estar um pouco à frente. Se seguir assim, certamente merecerá continuar sendo o cérebro da equipe que tem como principal objetivo o Campeonato Mundial, no segundo semestre.
Como ponto negativo no Brasil, destaque-se o nervosismo: na ânsia de colocar a bola no chão, vimos algumas combinações erradas de jogadas, como a que encerrou o segundo set. No tie-break, o afã de apontar um toque na rede adversário fez Lipe abandonar a quadra no meio da jogada para reclamar junto de Dal Zotto. A equipe tinha razão neste caso em específico, mas agir com tamanho descontrole pode gerar problemas no futuro, seja de punições da arbitragem ou de pontos dos rivais. Até para reclamar é preciso agir com mais calma.
Encerrada a etapa em Goiás, a seleção brasileira masculina de vôlei assume a segunda colocação na tabela de classificação, atrás apenas da Polônia nos critérios de desempate. Os próximos compromissos do time entre sexta (8) e domingo (10) contra Rússia, Irã e China na cidade russa de Ufa.
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