Capitã da seleção, Roberta recebe voto de confiança de Zé Roberto

Na ausência de Natália, Roberta foi eleita capitã após votação entre jogadoras e comissão técnica (Foto: Divulgação/FIVB)
Por Mauro Feola, de Apeldoorn (Holanda)
Nem bem começou a temporada 2018 da seleção feminina, cujo grande objetivo é vencer pela primeira vez o Campeonato Mundial, Roberta Ratzke já se firma como titular do plantel brasileiro. E mais: assume temporariamente o papel de capitã da equipe, já que a ponteira Natália Zilio, capitã no ano passado, ainda se recupera de uma lesão no joelho e não vem acompanhando a seleção na Liga das Nações, devendo reintegrar-se ao grupo apenas no Mundial do Japão, que tem seu início no final setembro.
Aos 28 anos, titular do Sesc-Rio, Roberta foi eleita a melhor levantadora da última edição da Superliga. Em 2017, após várias temporadas em segundo plano, atuou em importantes torneios internacionais pela seleção, como o Grand Prix e a Copa dos Campeões. Foram poucas as vezes no ano passado em que vimos Macris ou Naiane assumirem o comando do time, o que demonstra a preferência do técnico José Roberto Guimarães01 por Roberta na ausência temporária de Dani Lins.
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Nesta terça-feira (29), logo após a vitória do Brasil contra a Coreia do Sul por 3 sets a 1, Roberta falou com o Saída de Rede no Omnisport de Apeldoorn. Sobre ter sido eleita capitã por um colegiado formado por comissão técnica e jogadoras, como nos informou José Roberto Guimarães, disse que não encara a função com pressão e não reduz o seu papel "a assinar súmulas das partidas". "Eu não sou uma levantadora de atitude, que fala tanto, mas acho que da minha forma eu faço bem para o grupo", complementa.
Roberta ainda nos revelou que é sempre mais difícil alcançar o melhor entrosamento com as centrais, principalmente Bia e Adenízia, por não jogarem juntas durante a temporada de clubes. De qualquer maneira, reconhece: "Eu achei que nesse jogo [contra a Coreia do Sul, o entrosamento com a Bia] já foi um pouco melhor, mas precisamos alcançar mais regularidade".
Além de se destacar no levantamento, ainda que o ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) seja baseado apenas em estatísticas, sem levar em consideração a distribuição e o grau de dificuldade no levantamento, Roberta figura também entre as melhores sacadoras.
Raramente tem sido substituída, a não ser na dupla troca entre levantadoras e opostas. Diante da confiança que Zé Roberto vem demonstrando em seu trabalho, Roberta parece nome certo no Campeonato Mundial.
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