De “volta”, Osasco sonha estar entre os quatro grandes e lutando por final
Cerca de um mês e meio após o anúncio do desligamento de seu principal patrocinador, Osasco confirmou oficialmente a continuidade do time na elite do voleibol brasileiro. Em evento realizado nesta terça-feira (29), o clube anunciou uma parceria com o Audax, agremiação que possui um time de futebol masculino e um time de futebol feminino na cidade.
Apesar de os trabalhos para assegurar a sobrevivência da equipe terem atrapalhado as negociações para a formação do elenco visando a temporada 2018/2019, a expectativa é que o time mantenha o mesmo nível das recentes edições de Superliga. Ou seja: brigando por um lugar no pódio. Até o momento, três jogadoras foram confirmadas no elenco da equipe: a líbero Camila Brait, a ponteira Mari Paraíba e a levantadora Carol Albuquerque. A oposta americana Destinee Hooker já posou com a camisa do time no Instagram e deve ter o nome anunciado em breve, assim como a levantadora Claudinha e central Walewska.
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"Mesmo com toda a situação de mercado, o time que conseguimos montar é um time que vai conseguir manter as tradições desse projeto tão longo do Osasco", comentou o técnico Luizomar de Moura, que segue no comando da equipe. "Acredito que o time possa estar entre os quatro grandes lutando por uma final (de Superliga). Nosso objetivo para este ano é manter a hegemonia no Campeonato Paulista e chegar de novo às semifinais da Superliga. A partir daí, é pensar em coisas maiores", apontou.
Luizomar admite que alguns dos adversários saíram na frente e "hoje levam vantagem, mas a Superliga tem mostrado muito equilibrio. Nos dois últimos anos não eramos apontados como uma das principais forças e fizemos duas belas temporadas", destacou, lembrando a conquista de dois títulos paulistas e da Copa Brasil no período, além do vice da Superliga 16/17, perdendo a final no tie-break, e do equilibrado duelo contra o futuro campeão Dentil/Praia Clube na semifinal da Superliga 17/18, encerrada apenas no quinto e último jogo.
FIDELIDADE
A despeito do assédio de outros times durante a situação de indefinição, Camila Brait explicou os motivos que a fizeram continuar na equipe da Grande São Paulo. "Osasco sempre foi minha casa, cheguei aqui há 10 anos e é uma cidade com a qual me identifico muito, pois fui muito bem acolhida. A torcida louca do Osasco sempre foi maravilhosa com a gente. Tudo isso pesou muito. Além disso, o Luizomar foi o cara que me lançou na Superliga e confio muito nele", comentou a líbero. "Acho que se desse errado não saberia o que fazer da vida. O dia que Luizomar me ligou e confirmou a continuidade fiquei muito feliz porque não queria sair daqui, não queria ir pra fora, ainda mais agora com a minha filha bebê", afirmou.
Gratidão também foi a ideia principal na decisão de Mari Paraíba. "Comecei em Osasco com 14 anos, quando sai do Nordeste, no projeto que era o BCN. Fiquei aqui durante seis anos, foi onde cresci, joguei mais dois anos no adulto, no profissional. Passam muitas coisas na minha cabeça, onde comecei, onde fui muito bem acolhida e recebida. Não é fácil para nossos pais deixar a filha tão nova ir jogar fora. Estou muito feliz de continuar, ser acolhida pela torcida, pelo Luiz e por toda a diretoria. Espero que façamos outra grande temporada", declarou.
Luizomar ainda falou sobre qual foi a maior vitória de todo o processo para garantir a continuidade da equipe. "Foi a forma em que fui ser recebido por grandes empresários para falar de esporte, de voleibol. Isso mostra a força do projeto. Só tive essa receptividade por conta do tamanho do trabalho. Sentei com pessoas importantes de mercado, do mundo corporativo e falar de voleibol para essas pessoas não faz bem só para Osasco, mas para o vôlei brasileiro. Muitas coisas que passamos, de visibilidade, de retorno, mexe com esses caras e um dia eles podem ver o voleibol como estratégia de comunicação", analisou.
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