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Seleção masculina tem início promissor, mas desafios ainda são grandes

Carolina Canossa

26/05/2018 15h01

Bloqueio brasileiro esteve muito bem diante da Sérvia (Fotos: Divulgação/FIVB)

Se a tabela da Liga das Nações não foi nada gentil com a seleção brasileira masculina de vôlei, prevendo duelos contra Sérvia e Itália logo de cara, pode-se dizer que o time de Renan Dal Zotto se saiu bem neste início de temporada. Quatro pontos em seis possíveis rodando o time para evitar o desgaste físico é um resultado bastante promissor em um ano em que a grande missão é retomar o título mundial perdido para a Polônia em 2014.

Para o bem e para o mal, o saque teve papel importante nos dois jogos do Brasil até agora. Contra os sérvios, que costumam ser fortíssimos neste quesito, o dia "normal" do adversário deixou os brasileiros bastante à vontade. Comandada por Murilo, a linha de passe foi eficiente e entregou boas bolas para o levantador Bruno. O armador, por sua vez, soube aproveitar o potencial de seus atacantes, em especial Wallace, que alcançou excepcionais 84,6% de aproveitamento no ataque. O bloqueio também foi bem, anulando as principais armas do rival do Leste Europeu. Resultado: 3 sets a 0, parciais de 25-22, 25-22 e 26-24.

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Já diante dos italianos, a seleção masculina sofreu diante de um endiabrado Ivan Zaytsev. Mantendo o bom ritmo da temporada de clubes, o atacante marcou 32 pontos na vitória no tie-break (18-25, 25-19, 25-21, 24-26 e 15-08) e sacou muito bem, dificultando a formação de jogadas brasileiras a partir do segundo set. Aliás, o time italiano inteiro, de uma forma geral, destacou-se no fundamento. Em dificuldades, Renan até colocou Wallace, Maurício Souza e Lipe respectivamente nos lugares de Evandro, Isac e Douglas Souza. Não evitou a derrota, mas ao menos faturou um ponto.

Zaytsev comandou vitória italiana sobre a seleção masculina

Diminuir a diferença do nível de atuação entre os jogadores considerados titulares e os reservas é um dos grandes desafios de Renan na próxima semana, assim como acertar alguns posicionamentos na defesa – contra a Itália, por exemplo, sua equipe tomou pontos desnecessários por erros neste aspecto, o que pode pesar em uma partida decisiva. O saque ainda oscila demais e Bruno também precisa começar a trabalhar mais com os centrais, pouco acionados até agora. De qualquer forma, há tempo suficiente para que tudo isso seja feito.

Encerrando sua participação na primeira semana da Liga das Nações, o Brasil encara a Alemanha às 11 horas (horário de Brasília) deste domingo, com transmissão do SporTv2. Na sequência, o time viaja para Goiânia, onde enfrenta Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos entre sexta (1) e domingo (3).

PS: Bastante curiosa a primeira participação com a camisa da seleção adulta do ponta Leozinho, que defendeu Juiz de Fora na última Superliga. Chamado para sacar quando o placar apontava 24 a 18 no primeiro set, ele acertou um ace muito parecido com o qual Giovane encerrou o Mundial de 2002.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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