Recepção inconstante marca início ruim de temporada da seleção feminina
Por Daniel Rodrigues
A estreia da seleção brasileira feminina de vôlei na temporada 2018 e na primeira edição da Liga das Nações aconteceu na tarde desta terça-feira (15). Atuando diante de sua torcida, no Ginásio José Corrêa, em Barueri, as comandadas de José Roberto Guimarães foram derrotas pela Alemanha por 3 sets a 1, com parciais de 15-25, 25-22, 25-18 e 25-20.
Mantendo a base das competições internacionais de 2017, o Brasil entrou em quadra com Roberta, Tandara, Gabi, Drussyla, Carol, Bia e Suelen. Sentindo um pouco o primeiro compromisso oficial do ano, o início das duas equipes foi marcado por uma quantidade excessiva de erros de saque.
Passados os primeiros pontos e a tensão inicial, as anfitriãs mostram um bom volume no fundo da quadra e uma grande variação de jogadas da levantadora Roberta. Assim, começaram a abrir vantagem no placar, sem muita dificuldade para fechar a primeira parcial.
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No segundo set, já com a ponteira Amanda no lugar de Gabi, poupada, o Brasil mostrou momentos de vulnerabilidade quando foi pressionado no passe pelo saque forçado das europeias, que também contaram com o bom momento da oposto Louisa Lippmann. O placar chegou a 16-12 para a Alemanha, mas as brasileiras conseguiram se reestruturar e empatar a parcial. No entanto, a linha de passe das donas da casa voltou a oscilar e as alemãs levaram o set.
Com moral, as visitantes passaram a jogar mais soltas e pressionar as adversárias, que continuaram a sofrer com a inconstância na recepção, além de não conseguirem impor efetividade no saque. A oposto Tandara também teve maior dificuldade para colocar as bolas no chão e não atingiu um bom aproveitamento nos ataques.
As atacantes de extremidade da Alemanha tiveram pontuações expressivas e em raras oportunidades foram paradas pelo bloqueio brasileiro, se tornando armas fundamentais para o triunfo das europeias.
Pelo lado brasileiro fica a esperança de uma melhora no ritmo de jogo para os próximos desafios e um maior entrosamento da levantadora Roberta, com todas as atacantes. O passe também foi um ponto fraco e deverá ser treinado exaustivamente pelas ponteiras brasileiras para que a variação de jogadas possa ocorrer e a quantidade de erros seja reduzida. A falta de liderança e um pouco mais de agressividade podem e devem ser lembrados para os futuros compromissos, principalmente tratando-se de um ano de Mundial, competição que nossa seleção busca se sagrar campeã pela primeira vez na história.
Com o resultado negativo, as brasileiras não somaram pontos na Liga das Nações, mas já voltam suas atenções para o Japão, adversário desta quarta-feira (16), às 15h05 (horário de Brasília). As nipônicas, por sua vez, enfrentam a forte seleção sérvia, ainda na tarde desta terça.
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