Finalista como jogador e campeão como dirigente, Lipe se diz realizado
Ao fechar contrato com o Sesi ao mesmo tempo em que assumia a presidência da recém-criada equipe de Ribeirão Preto, Lipe mal poderia imaginar que o destino lhe reservaria tanta felicidade: menos de um ano depois do início desta "vida dupla", o ponteiro da seleção brasileira se prepara para a decisão da Superliga masculina enquanto ainda comemora o título da Superliga B, conquistado pelo time do interior paulista no último fim de semana.
"Não sei explicar a sensação que estou tendo… é um misto de paz com êxtase", comentou o jogador, em entrevista ao Saída de Rede. "É muita felicidade, mas não uma euforia e sim uma calma dentro de mim. A minha responsabilidade como presidente de Ribeirão foi atendida e a de jogador do Sesi também. É uma realização plena", definiu.
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E o que é mais difícil: estar em quadra tendo que lidar com toda a pressão de estar em uma das mais tradicionais equipes do Brasil ou ajudar a montar um novo time? Lipe mal pensa na hora de responder: "Mas é muito mais difícil construir um time do zero, administrá-lo e torcer por ele! (risos). Jogar vôlei é o mais simples. Você precisa ver o desespero que eu estava vendo o ponto a ponto de Ribeirão Preto (na semifinal da Superliga B) pra ver se ia subir ou não (pra Superliga A). A coisa mais difícil é estar por trás, sem poder ir pra dentro da quadra e ajudar no resultado".
Assim que a edição 2017/2018 da Superliga for encerrada, em 6 de maio, Lipe pretende ir a Ribeirão Preto a fim de ter reuniões com os demais dirigentes da equipe e com patrocinadores para definir se vai ou não defender a equipe na próxima temporada. Mas, mesmo que decida ainda não atuar pelo próprio time, ele não vê problemas em enfrentar Ribeirão em breve na elite do vôlei nacional.
"Não há problema a partir do momento em que eu não possa interferir em nenhum resultado. Vou trabalhar como atleta e simplesmente sou dono de um time, pago o salário dos jogadores que estão lá. Fora isso, nada de interferência, como já não houve este ano. O trabalho lá fica na mão do (Marcos) Pacheco, que é o técnico, e do supervisor, o Dado (Eduardo Baptista). A minha parte foi usar a minha imagem e colocar os meus ideais no projeto esportivo da cidade e, se eu continuar trabalhando em outro clube, acaba ali", destacou.
DECISÃO CONTRA O SADA
Ao falar sobre a disputa da taça da elite do vôlei nacional, que começa no próximo sábado (28) com o primeiro jogo da final diante do Sada Cruzeiro no Ibirapuera, Lipe diz que o Sesi leva pouca vantagem por ter feito uma semifinal bem mais tranquila que os rivais, necessitando de apenas três jogos para a classificação, dois a menos que os mineiros.
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"A única vantagem que a gente vai ter é o tempo de recuperação física. Vamos conseguir chegar na final com uma condição física ótima, pois tivemos duas semanas de preparação física e técnica, mas acredito que não vai mudar muito a situação na hora de jogar. Os dois finalistas estarão no máximo de suas condições", analisou.
Ao torcedor do Sesi, um recado otimista. "Já alcançamos um nível de jogo muito bom, de entrosamento dentro de quadra em que a gente não precisa falar muita coisa. Já sabemos o que está acontecendo só de nos olharmos", avisou.
Sesi e Sada Cruzeiro decidirão o título da Superliga masculina em duas partidas: além do confronto desta semana, os dois times voltam a se encontrar no dia 6 de maio, às 9h10, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte. Caso os duelos tenham vencedores diferentes, a taça será definida em um "super set", set extra de 25 pontos que será realizado imediatamente após o segundo jogo.
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