Lanterna e tradição de Osasco: as melhores médias de público da Superliga
O entendimento comum no meio esportivo espera que, quanto pior a campanha de um time, menor a quantidade de torcedores dispostos a acompanhar suas partidas de perto. Na Superliga masculina de vôlei, porém, tal princípio não pode ser aplicado. Apesar de somar apenas duas vitórias em 18 partidas disputadas, já estar eliminado dos playoffs da atual temporada e ocupar a lanterna da classificação geral, o Copel/Telecom/Maringá é o time com maior média de público da competição, mesmo considerando os dois naipes.
Em geral, 2835 pessoas se deslocam até o ginásio Chico Neto cada vez que a equipe do levantador Ricardinho entra em quadra diante de sua torcida. Trata-se de uma média bem superior a do segundo colocado, a EMS Funvic Taubaté, que costuma ser visto por 1851 espectadores a cada jogo – é preciso ressaltar, porém, que o time do interior paulista manda seus confrontos em um espaço menor, o ginásio do Abaeté, que possui 2 mil lugares de capacidade, contra 4538 da casa dos rivais paranaenses.
O fenômeno de Maringá não é pontual: na Superliga 2016/2017, quando o time também foi eliminado na fase classificatória (ficou em 10º lugar entre 12 participantes), quase 3 mil pessoas acompanhavam cada confronto (clique aqui para ver mais).
No feminino, liderança de Osasco e bom desempenho de estreante
Na Superliga feminina, os dados de público apontam para a liderança de uma equipe tradicional e com esperanças de título nesta temporada: o Vôlei Nestlé. A equipe de Osasco geralmente é acompanhada por 2586 pessoas quando atua no ginásio José Liberatti, que tem capacidade para 4 mil pessoas. Tal número, inclusive, foi atingido no derrota por 3 a 0 para o Dentil/Praia Clube em 16 de fevereiro, recorde do torneio feminino até o momento.
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O técnico Luizomar de Moura expressou sua alegria ao ser informado do tamanho do apoio que sua equipe recebe. "Ver o ginásio lotado e saber que nosso trabalho faz a alegria da população de Osasco, a alegria da região, dá motivação extra para seguir nos dedicando ainda mais. Só tenho a agradecer à cidade que faz parte da minha vida, da minha família, e a essa torcida incrível que faz a diferença nas partidas no José Liberatti", comentou.
Ali do lado de Osasco, outra torcida que também faz bonito é a do Hinode Barueri. Com 1923 pessoas a cada jogo, em média, a equipe de Grande São Paulo mostra que José Roberto Guimarães estava certo ao apostar no potencial da cidade. O técnico da seleção brasileira lidera a primeira temporada do time na elite do voleibol brasileiro.
"A gente já vem com uma média boa desde a Superliga B. A história do projeto é muito bonita, várias atletas aceitaram jogar inicialmente aqui por amor ao vôlei, não por dinheiro e a cidade se comoveu", lembrou a ponteira Érika, capitã do Hinode. "O patrocinador também investe bastante em marketing e a cidade realmente adotou a nossa equipe. Ficamos muito felizes porque a torcida nos ajuda muito em momentos difíceis. Espero que encha cada vez mais", complementou.
Futebol ajuda, mas só no vôlei masculino
Associar um time de vôlei com a marca de um clube popular de futebol é uma estratégia antiga, mas que vem tendo efeito limitado na atual temporada. No feminino, por exemplo, o Fluminense consegue arrebatar somente 535 pessoas por jogo, pouco mais da metade da capacidade do ginásio da Hebraica, onde mandou todos os seus jogos.
No masculino, o desempenho é melhor: o Corinthians-Guarulhos, por exemplo, quase sempre joga com casa cheia (1137 pessoas em média), mas é preciso ressaltar que o ginásio da Ponte (capacidade de 1200 pessoas) é pequeno. O super campeão Sada Cruzeiro, por sua vez, tem média de 1569 dos 2200 lugares do ginásio do Riacho ocupados a cada duelo.
Confira abaixo o levantamento de público completo feito pelo Saída de Rede com dados fornecidos pela ConfederaçãoBrasileira de Vôlei (CBV):
Médias de público da Superliga masculina por equipe
Copel/Telecom/Maringá – 2835 (ginásio Chico Neto: 4538 lugares de capacidade)
EMS Taubaté Funvic – 1851 (ginásio Abaeté: 2000 lugares)
Ponta Grossa/Caramuru – 1835 (Arena Multiuso: 2000 lugares)
Vôlei Renata – 1699 (ginásio do Taquaral: 2600 lugares e uma partida no ginásio Amadeu Teixeira, em Manaus, com capacidade para 10200 pessoas)
Sada Cruzeiro – 1569 (ginásio do Riacho: 2200 lugares)
Sesi – 1454 (ginásio da Vila Leopoldina: 2000 lugares)
Montes Claros – 1228 (ginásio Tancredo Neves: 10 mil lugares)
Sesc-RJ: 1194 (três jogos no Tijuca (2000 lugares), quatro no Hebraica (1000 lugares) e dois na Jeunesse Arena (15 mil))
Corinthians-Guarulhos – 1137 (um jogo no Parque São Jorge, com 6000 lugares de capacidade, e os demais no ginásio da Ponte Grande, com 1200 lugares)
Minas – 930 (Arena Minas: 3650 lugares)
Lebes Canoas – 785 (um jogo no ginásio Perinao (2000 lugares) e os demais no La Salle (1139))
JF Vôlei – 406 (ginásio da UFJF: 1000 lugares)
Médias de público da Superliga feminina por equipe
Vôlei Nestlé – 2586 (ginásio José Liberatti: 4000 lugares)
Hinode Barueri – 1923 (ginásio José Correa: 5000 lugares)
Dentil/Praia Clube – 1545 (ginásio Oranides Borges do Nascimento: 2200 lugares)
Camponesa/Minas – 1405 (Arena Minas: 3650 lugares)
Vôlei Bauru – 1139 (um jogo no ginásio Neusa Galetti, com capacidade para 7 mil e as demais no ginásio Panela de Pressão, para 2200)
São Cristóvão Saúde/São Caetano – 1220 (ginásio Lauro Gomes, com 4000 lugares)
Sesc-RJ: 1003 (oito jogos no ginásio da Tijuca, como 2000 lugares e dois na Jeunesse Arenas, com 15 mil)
BRB/Brasília Vôlei – 820 (ginásio do Sesi Taguatinga, com 1100 lugares)
Renata Valinhos / Country – 777 (oito jogos no ginásio vereador Pedro Ezequiel da Silva, com 3500 lugares e dois no Country Clube, com 800 lugares)
Fluminense – 535 lugares (ginásio da Hebraica , com 1000 lugares)
Sesi – 540 (ginásio do Sesi Santo André, com 800 lugares)
Pinheiros – 485 (ginásio Henrique Villaboin, com 850 lugares)
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