Vôlei passa a ter classificatório para os Jogos Pan-Americanos
Com as vagas até então preenchidas de acordo com o ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), os torneios da modalidade nos Jogos Pan-Americanos passarão a ter um classificatório a partir da próxima edição, que será realizada em 2019, em Lima, no Peru. O qualificatório será a Copa Pan-Americana. A mudança foi divulgada pela FIVB nesta terça-feira (26).
Torneio anual criado pela Confederação da América do Norte, Central e Caribe (Norceca), a Copa Pan-Americana conta também, como o nome sugere, com seleções da Confederação Sul-Americana (CSV). No masculino, a sede tem sido sempre algum país da Norceca. A mesma coisa no feminino, à exceção de três edições realizadas no Peru. A primeira disputa foi em 2002 entre as mulheres, com a versão masculina começando em 2006. Nunca foi vista como uma competição importante, a não ser pelas seleções femininas da República Dominicana e do Peru. A ideia de torná-la classificatória para os Jogos Pan-Americanos partiu da Norceca e teve apoio da CSV.
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Os Jogos Pan-Americanos são um evento multiesportivo (serão 38 modalidades na próxima edição), realizado a cada quatro anos desde 1951, uma espécie de Olimpíada regional. Tem peso secundário no calendário do voleibol brasileiro. O País conquistou quinze medalhas no masculino e nove no feminino – quatro de ouro em cada. O Pan 2019, em Lima, será realizado de 26 de julho a 11 de agosto. Serão oito participantes por naipe. O Peru tem lugar garantido como país-sede.
Os cinco primeiros da Copa Pan-Americana 2018 irão aos Jogos Pan-Americanos 2019 – Norceca e CSV não optaram pela Copa de 2019 porque ficaria muito próxima do Pan. Se o Peru terminar entre os cinco, o sexto colocado herda a vaga. As duas restantes serão dos vencedores de duas repescagens, uma da Norceca e outra da CSV. As edições de 2018 da Copa Pan-Americana serão disputadas em julho no México (feminina) e em agosto em Porto Rico (masculina) – as datas definitivas ainda serão anunciadas.
Programação em aberto
O Saída de Rede procurou nesta terça-feira os dois técnicos das seleções brasileiras. Renan Dal Zotto não foi localizado. José Roberto Guimarães disse que não sabia que a Copa Pan-Americana passaria a valer como classificatório para os Jogos Pan-Americanos e que discutiria o assunto em reunião na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) nos próximos dias, quando será fechada a programação das seleções.
"Nós tínhamos em mente para 2018 o Montreux Volley Masters, a Liga das Nações e o Campeonato Mundial. Mas, diante disso, talvez a seleção tenha mais uma competição", afirmou Zé Roberto ao SdR. Ele não quis comentar se seria o caso de enviar uma equipe B para garantir a vaga no Pan 2019.
Os Estados Unidos, maiores campeões da Copa Pan-Americana feminina, com cinco títulos, sempre mandam um time B ao torneio. Foi assim este ano, no Peru, quando a equipe americana que depois ficaria em quinto lugar no Grand Prix ganhou com facilidade a competição. O Brasil optou por não participar.
Histórico
A última vez que a seleção brasileira feminina disputou a Copa Pan-Americana com sua equipe principal foi na edição de 2011, quando venceu o terceiro dos três títulos que conquistou. Desde então, tem se ausentado ou então competido com times juvenis ou infantojuvenis. O Brasil participou pela última vez em 2015, ficando em sétimo lugar, representado pela seleção juvenil.
No masculino, o Brasil também tem três títulos, o primeiro com um time B e os outros dois com a seleção sub-23 – o mais recente em 2015. O País não participou nos dois últimos anos. Assim como na competição feminina, os EUA são os maiores vencedores entre os homens, com cinco títulos a exemplo das mulheres. Os americanos enviam equipes universitárias, tendo ganhado pela última vez em 2012. No torneio deste ano, apenas a campeã Argentina mandou sua seleção principal. Até o Canadá, país-sede, colocou em quadra uma mescla de juvenis e jogadores cortados do time A.
Mesmo nos Jogos Pan-Americanos, a CBV às vezes envia equipes B, dependendo do planejamento das comissões técnicas. Foi assim em 2015, em Toronto, no Canadá, quando o Brasil ficou com a medalha de prata nos dois naipes – perdeu para os EUA no feminino e para a Argentina no masculino. Quatro anos antes, em Guadalajara, no México, a seleção feminina foi com seu time principal e o masculino com um B, ambos conquistaram o ouro.
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