Quem é quem na luta pelo título do mundial feminino 2018?
A 18ª edição do Campeonato Mundial feminino de Vôlei terá a presença de todas as seis seleções que já conquistaram alguma vez o título da competição – Japão, China, EUA, Itália, Cuba e Rússia (considerando, é claro, que as russas, bicampeãs como nação independente, herdam os cinco troféus do período soviético) –, que terão a concorrência de equipes que, pelo espaço consolidado no cenário internacional, como o Brasil, ou pelo crescimento apresentado nas últimas temporadas, como Sérvia e Holanda, sonham integrar o grupo seleto de vencedores.
Na outra ponta, ausentes seleções de apelo entre os fãs do voleibol mundial, como Bélgica, Croácia, Polônia e Peru, será estreante o time de Trinidad e Tobago.
Veja o que o Saída de Rede projeta para o Mundial do Japão 2018, o quinto do naipe feminino na Terra do Sol Nascente, que será disputado entre os dias 29 de setembro e 20 de outubro:
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FAVORITAS
Difícil não creditar o favoritismo ao título feminino em 2018 a brasileiras, norte-americanas e, sobretudo, chinesas.
Atual medalhista de ouro olímpica e vice-campeã mundial, a seleção da China irá ao Japão com ótimas possibilidades para encerrar um jejum de 32 anos sem título na competição. Essa perspectiva aumenta se a ponteira Ting Zhu, colecionadora de prêmios de MVP das competições que disputa, estiver bem técnica e fisicamente.
O time dos EUA, em que pese a fraca participação de suas titulares na Copa dos Campeões deste ano, tem um elenco dos mais qualificados, com Foluke Akinradewo, Jordan Larson e Kimberly Hill – melhor jogadora do mundial passado.
Já a seleção brasileira, depois de um ano em que atuou com um plantel bastante renovado e conquistou três das quatro taças que disputou, ainda poderá contar com o retorno de veteranas como Fernanda Garay, Thaisa e Dani Lins.
Dá para esticar esse grupo e incluir russas e sérvias, mas é preciso fazer algumas ressalvas.
A Sérvia venceu o Europeu deste ano, levou a prata na Copa do Mundo 2015 e na Rio 2016, e conta com duas atacantes como Tijana Boskovic e Brankica Mihajlovic, mas mostrou um repertório bem pobre no último Grand Prix, diante de um time brasileiro em fase de testes.
Já a Rússia figura nessa lista só por ter Nataliya Goncharova, Tatiana Kosheleva e muita tradição: desde o título mundial em 2010, o time não alcança boas colocações em nível intercontinental e tem uma linha de passe que dificulta sobremaneira a virada de bola.
PELOTÃO INTERMEDIÁRIO
Entre as equipes que devem dar trabalho às favoritas e, ocasionalmente, surpreendê-las, destacam-se Holanda e Japão.
Quartas colocadas nas últimas Olimpíadas e vice-campeãs nas duas últimas edições do Campeonato Europeu, as holandesas podem pegar carona nas boas atuações da oposta Lonneke Slöetjes e lutar por um inédito no pódio do mundial.
As japonesas, por sua vez, se ainda não têm um time de grande qualidade técnica, podem tirar proveito do fator casa. Além disso, não custa lembrar que venceram o Brasil duas vezes neste ano.
Compõem ainda o pelotão: Tailândia (que, a exemplo do Japão, também tirou uma lasquinha da seleção brasileira na fase classificatória do Grand Prix 2017), Coreia do Sul (da genial Kim Yeon Koung), Itália (com uma geração renovada e que conta com a eficiência de Paola Egonu no ataque), Azerbaijão (da oposta Polina Rahimova), Turquia (bronze no Europeu deste ano, eliminando a Rússia), e Rep. Dominicana (que não se classificou aos Jogos do Rio, mas guardou de lembrança do último ciclo olímpico um lugar entre os seis melhores do Mundial da Itália).
COADJUVANTES
É uma pena não incluir Cuba, sequer, no grupo dos times que podem preocupar as seleções mais fortes da competição. A verdade, no entanto, é que a bandeira que dominou o vôlei feminino internacional há duas décadas deve se contentar, no estágio em que se encontra, com a mera participação no campeonato: o time ficou fora das duas últimas olimpíadas e ganhou apenas um set nos cinco jogos que disputou no Mundial 2014.
Junta-se a Cuba neste grupo, pelo continente americano, as seleções de Porto Rico, México, Canadá, Argentina e a debutante Trinidad e Tobago – da boa central Sinead Jack, que já atuou no Uralochka, da Rússia, e hoje defende o Galatasaray, da Turquia.
Completam esse painel as seleções africanas (Quênia e Camarões), o time do Cazaquistão, da Ásia, e, pela Europa, Alemanha e Bulgária. Estas duas equipes até têm potencial para subir de patamar no cenário mundial, mas precisam, para isso, de uma boa qualificação numa competição desse relevo – especialmente a seleção búlgara, das ponteiras Dobriana Rabadzieva e Elitsa Vasileva.
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