Reforço do Taubaté, sérvio Ivovic quer dar título inédito ao clube
Ele foi definido uma vez na Europa como um ponta sérvio que não joga como um deles. É que Marko Ivovic, 26 anos, 1,94m, foge às características do vôlei do seu país, que já teve na entrada de rede nomes como Vlad Grbic, Goran Vujevic e conta com Uros Kovacevic, entre diversos exemplos de refinado controle de bola – o primeiro conjugava habilidade e potência. Mas não se engane, Ivovic faz de seu voleibol calcado na força um caminho para a eficiência. Não à toa foi escolhido o MVP da Liga Mundial 2016, quando a Sérvia faturou o título. Na próxima temporada de clubes, ele vai jogar pelo Funvic Taubaté, atual vice-campeão da Superliga. "Eu soube que ganhar o campeonato nacional seria um título inédito para o time e quero ajudá-lo a chegar lá, quero fazer parte dessa conquista", disse ao Saída de Rede.
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Ivovic é o tipo de atacante com o qual qualquer técnico gostaria de contar, em que pese sua fragilidade como passador. Sua atitude em quadra lembra a de outros grandes ponteiros, como o cubano Leonel Marshall (ainda em atividade aos 37 anos) ou o búlgaro naturalizado italiano Hristo Zlatanov. Apesar da deficiência na recepção, esses jogadores, caracterizados pelo alcance e potência no ataque, exalavam confiança quando estavam na linha de passe, sem se abater com eventuais erros.
Time forte
"Quando me procuraram e eu ouvi falar do time, do técnico (o argentino Daniel Castellani), dos jogadores e que é um dos clubes mais fortes do Brasil, eu quis fazer parte. Pelo que me informei a respeito da Superliga, nós vamos brigar pelo título, temos condições de vencer", afirmou o sérvio, que além do ataque destaca-se pelo saque devastador.
Ele já jogou nas ligas francesa, russa e polonesa – seu clube anterior era o Resovia Rzeszow, da Polônia. O atacante foi uma das três opções entre os estrangeiros que o Funvic Taubaté avaliou para contratar para a entrada de rede – os outros eram o argentino Facundo Conte e o americano Taylor Sander, ambos considerados do mesmo nível de Ivovic pela diretoria do clube do Vale do Paraíba, mas descartados por serem mais caros.
Passe irregular
"Já conheço alguns jogadores do Taubaté por enfrentá-los na seleção, como Lucarelli, Wallace, Raphael e Thales. O argentino Solé é outro muito bom. Ainda vamos ter alguém que fez história no vôlei como o Dante. Veja quanta gente boa, esses caras estão entre os melhores do mundo nas suas posições. Será ótimo poder fazer parte dessa equipe, treinar e jogar com eles", elogiou, caprichando na pronúncia dos nomes.
Marko Ivovic não quis comentar uma provável dificuldade extra para o levantador Raphael, em razão de uma linha de recepção que contará com ele e Lucarelli, ambos irregulares no passe, em tese sobrecarregando o líbero Thales. Por outro lado, na parte ofensiva, o Taubaté terá, além dos dois ponteiros, o oposto Wallace completando o trio de atacantes de bolas altas. Sem dúvida, artilharia pesada. É esperar para ver se essa formação funcionará.
Apresentação
O ponta se apresentará ao Funvic Taubaté dias depois do Campeonato Europeu, que será realizado de 24 de agosto a 3 de setembro, na Polônia. "Ainda não há uma data definida para a minha chegada, mas devo estar no Brasil na primeira quinzena de setembro".
A Superliga já contou, na sua versão feminina, com a presença de quatro sérvias – Brankica Mihajlovic, que jogou pelo antigo Rexona (atual Sesc RJ), e Sanja Malagurski, Tijana Malesevic e Ana Bjelica no Vôlei Nestlé. Entre os homens, o campeão olímpico Vlad Grbic foi do extinto Suzano, na temporada 1997/1998, antes de se consagrar com sua seleção em Sydney 2000. Outro jogador sérvio que esteve na Superliga foi Novica Bjelica, no Minas Tênis Clube.
Liga Mundial 2017
O ponta Marko Ivovic não escondeu sua tristeza por sair mais cedo das finais da Liga Mundial, em Curitiba. Chorava bastante antes e mesmo durante a entrevista, concedida logo após a derrota por 2-3 para a França, na quinta-feira (6). "Fiquei muito frustrado com a eliminação. Quando começamos a nos preparar, em maio, tínhamos a expectativa de pelo menos ir à decisão. Conseguimos nos classificar para as finais, chegamos aqui confiantes, mas nosso jogo não encaixou, não mostramos nosso melhor voleibol, sacamos mal".
Ele demonstrou surpresa pelo fato de a seleção sérvia, marcada pela regularidade, ter disputado duas partidas consecutivas jogando abaixo do seu potencial. "Quando perdemos para os Estados Unidos, pensamos 'OK, foi um dia ruim', mas aí enfrentamos a França e só conseguimos jogar bem durante dois sets e já estávamos fora quando melhoramos. Não entendo como pudemos cair tanto. Eu me sinto muito mal porque sei que o nosso desempenho ficou abaixo do que poderíamos fazer".
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