Antes preocupação, saque define classificação do Brasil à final da Liga Mundial
Foram menos de 24 horas entre a garantia da vaga e o início da semifinal da Liga Mundial 2017, em Curitiba. Mas a comissão técnica da seleção brasileira masculina de vôlei sabia que era preciso trabalhar na melhora do saque para o time aumentar suas chances de vencer a renovada equipe americana e se classificar à decisão. Pois o objetivo foi cumprido com sucesso, graças a um êxito por 3 sets a 1, parciais de 25-20, 23-25, 25-20 e 25-19.
As dificuldades com as referências do estádio Arena da Baixada foram superadas com uma ótima estratégia de serviço, potencializando os perigos do saque flutuante. Mérito de Renan Dal Zotto e seus assistentes, já que o problema tem sido comum a todos nesta fase final. Os Estados Unidos, por exemplo, cederam erros demais no fundamento desde o início do primeiro set em uma aposta muitas vezes incompreensível no viagem, e acabaram pro comprometer o próprio desempenho.
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Como o líbero Thales sentiu na pele, eventualmente o perigoso saque americano entrou. Mas não foi constante. Com isso, a recepção brasileira pôde trabalhar bem, possibilitando ao levantador Bruno usar bastante os centrais, especialmente o velho conhecido Lucão, que fez uma de suas melhores partidas desde que passou a vestir a camisa da seleção brasileira. É verdade que algumas vezes o armador forçou algumas bolas pelo meio, mas o saldo em geral foi bastante positivo.
Do outro lado, a dificuldade na hora de receber e, consequentemente, atacar, fez o técnico John Speraw quebrar a cabeça com constantes substituições. Tentativas de troca de peças não faltaram, mas a chave do jogo não era esta. Sem as melhores condições de trabalho, o ótimo levantador Micah Christenson não teve muito o que fazer, exceto aproveitar o máximo que pode a tarde inspirada de Taylor Sander, o melhor americano em quadra.
Wallace, por sua vez, brilhou de novo e terminou o duelo como o maior pontuador, com 18 bolas no chão. Em grande fase, o oposto se consolida cada vez mais como a bola de segurança do Brasil, algo que foi o calcanhar de Aquiles do time ao longo do último ciclo olímpico. Curiosamente, a solução para o problema veio através do próprio Wallace e justamente no torneio mais importante, a Rio 2016.
Na final, os comandados de Renan Dal Zotto vão em busca do décimo título brasileiro na Liga Mundial, uma taça que não é levantada desde 2010 – se estendermos para finais jogadas no Brasil, o jejum data de 1993. O adversário no duelo programado para 23 horas (horário de Brasília) deste sábado (8) será a França, que confirmou seu favoritismo e fez 3 sets a 1 (25-19, 22-25, 25-19 e 25-21) sobre o ascendente Canadá com grande atuação do showman Earvin Ngapeth, responsável por 19 pontos de ataque e quatro aces. Se jogar o Brasil assim novamente, as chances do jejum acabar são bastante consideráveis, mas do outro lado da quadra haverá uma grande equipe, disposta a acabar de vez com a má impressão deixada pela eliminação ainda na primeira fase da última Olimpíada.
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