Técnico do Canadá: “Equipe cresceu, mas pode ir mais longe”
Depois de comandar a tradicional seleção polonesa por três temporadas, conquistando o Mundial 2014, o francês Stéphane Antiga assumiu este ano o desafio de dar continuidade ao plano de ascensão do Canadá. "A equipe cresceu nos últimos anos, mas definitivamente pode ir muito mais longe. O vôlei não é popular entre os canadenses, mas é considerável a quantidade de novos talentos que têm aparecido", afirmou Antiga ao Saída de Rede. Logo na primeira competição sob sua batuta, a Liga Mundial, o Canadá chegou às finais, o que não conseguia há quatro anos. O time é o adversário do Brasil na estreia, nesta terça-feira (4), às 15h05, em Curitiba, numa chave que tem ainda a Rússia.
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O treinador ressalta o respeito que tem pela seleção brasileira, atual campeã olímpica, mas avisa: "Vamos lutar bastante, queremos um lugar no pódio".
Elogio a Glenn Hoag
Antiga elogia o antecessor, seu amigo Glenn Hoag, que ocupou o cargo de 2006 a 2016, alcançando resultados considerados expressivos para o voleibol canadense, como o quinto lugar na Liga Mundial 2013, o sétimo no Mundial 2014 e o quinto na Rio 2016. "O trabalho feito por Glenn foi fantástico, ele construiu essa base que temos hoje na seleção".
Com a chegada de novos nomes à seleção principal em temporadas recentes, a equipe livrou-se da dependência do oposto Gavin Schmitt, que de 2009 a 2014 era praticamente a única referência no ataque. Atacante de saída de rede de estilo tradicional, com muito alcance e potência, que no ciclo olímpico passado lutou contra diversas contusões, Schmitt foi inconstante em 2015 e 2016. Este ano, anunciou que não jogaria pela seleção, mas deixou aberta a possibilidade de voltar para o Mundial 2018. "Ninguém tem lugar cativo. Se Gavin quiser voltar, será bem-vindo para brigar por uma vaga. Nada é garantido, há uma disputa saudável, mas intensa", disse Antiga.
Pilares
Jogadores como os pontas Gord Perrin e Nicholas Hoag, o levantador Tyler Sanders e o líbero Blair Bann foram preparados durante anos para assumir um lugar na seleção A. Hoje são os pilares do Canadá – Hoag recupera-se de uma contusão, mas veio a Curitiba. A mais recente revelação canadense tem apenas 18 anos, 2,02m e ataca pela saída de rede. Sharone Vernon-Evans fez em 2017 sua estreia na seleção principal. Com a pouca idade vêm as constantes oscilações, naturais nessa fase da carreira, mas Antiga tem dado espaço ao oposto novato. "Ele é mais um exemplo da boa safra que o Canadá tem", comentou o técnico.
Para ele, o voleibol apresentado pelos canadenses até aqui – foram cinco vitórias e quatro derrotas na fase preliminar – demonstrou que são capazes de jogar de igual para igual com qualquer adversário. "Nossa meta é se classificar para Tóquio 2020 e brigar por uma medalha".
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