Argentina derrota o Brasil pela primeira vez na Liga Mundial
Pela primeira vez na história da Liga Mundial, o Brasil caiu diante da Argentina. Na noite deste sábado (17), em Córdoba, na casa do adversário, o time comandado por Renan Dal Zotto perdeu por 3-1, de virada, com parciais de 19-25, 25-21, 25-22, 25-19 – jogo da segunda rodada da terceira e última semana da fase classificatória. Foi o 24º confronto entre as duas equipes na competição, que teve sua edição inicial realizada em 1990. Foi também a primeira vitória dos hermanos sobre a seleção brasileira principal neste século – haviam derrotado a seleção B por 3-2 na final dos Jogos Pan-Americanos 2015. No total, as duas seleções se enfrentaram 102 vezes, com 92 triunfos do Brasil.
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Depois de um bom primeiro set, com equilíbrio entre saque, bloqueio e defesa, a seleção brasileira se perdeu em quadra. Sacou mal, consequentemente parou de bloquear, diminuindo a eficiência da defesa. A equipe chegou a jogar de forma displicente. Do outro lado, após a derrota na primeira parcial, o que se viu foi um time organizado, com apuro técnico. É indiscutível a superioridade física dos brasileiros sobre os argentinos, mas os adversários, sob a batuta do técnico Julio Velasco, sacaram com inteligência, sem forçar desnecessariamente e ainda se valeram do bloqueio defensivo para explorar os contra-ataques. Mas mesmo ofensivamente, para surpresa do Brasil, a Argentina levou vantagem no fundamento, marcando 11 pontos contra apenas três dos brasileiros.
O oposto Wallace, com 18 pontos, e o ponta Lucarelli, com 15, foram os maiores pontuadores da partida. Pela Argentina, numa distribuição mais equilibrada, o oposto Martin Ramos e o central Sebastián Solé lideraram com 13, enquanto o ponta Alejandro Toro marcou 12 vezes.
A última vez que a Argentina havia derrotado a equipe principal do Brasil tinha sido nas quartas de final da Olimpíada de Sydney, em 2000, quando venceram por 3-1.
Mesmo classificado para as finais da Liga Mundial como país-sede, pois a competição será decidida em Curitiba, na Arena da Baixada, de 4 a 8 de julho, o Brasil entrou em quadra com força máxima: o levantador Bruno, o oposto Wallace, os pontas Maurício Borges e Lucarelli, os centrais Maurício Souza e Lucão. A exemplo do dia anterior, na vitória de 3-0 sobre a Bulgária, o técnico Renan Dal Zotto optou por escalar apenas um líbero, em vez de revezá-los como vinha fazendo. Tiago Brendle jogou contra os argentinos. A ideia da comissão técnica é dar mais ritmo ao Brasil, de olho nas finais, que começam daqui a 17 dias. A seleção acumula cinco vitórias e três derrotas na competição. França e Sérvia já se classificaram para a etapa decisiva. Restam três vagas, que serão decididas neste domingo (18).
Mudança na Liga Mundial e no Grand Prix
A Argentina entrou em quadra precisando desesperadamente de uma vitória, pois estava em último lugar na tabela (subiu para penúltimo), correndo risco de ser rebaixada para a segunda divisão em 2018. O time dirigido pelo técnico Julio Velasco aguarda a expansão do grupo de elite da Liga Mundial de 12 para 16 equipes, o que garantiria sua permanência, independentemente do desfecho desta edição. A notícia tem sido veiculada na mídia italiana, que informa ainda que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) alteraria o nome do Grand Prix, competição feminina, que passaria a se chamar também Liga Mundial.
Em relação ao time que resistiu bravamente ao Brasil nas quartas de final da Rio 2016, a seleção argentina compete nesta edição da Liga Mundial sem seu melhor jogador, o ponta Facundo Conte, que ganhou folga esta temporada, oferecida por Velasco. Outra ausência é o oposto Bruno Lima. O levantador Luciano De Cecco integrou-se ao grupo esta semana.
Neste domingo, o Brasil encerra sua participação na fase preliminar contra a Sérvia, às 16h10, com transmissão do SporTV.
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