Brasil mantém tradição e começa ciclo olímpico com título em Montreux
Pela sétima vez na história, a seleção brasileira feminina de vôlei conquistou o Torneio de Montreux, na Suíça. Neste domingo, na final, o Brasil bateu a Alemanha – que vencera a competição uma vez, em 2014 – por 3 sets a 0 (25-21, 25-18, 25-20) e levantou o troféu. O jogo serviu também de revanche para o time dirigido por José Roberto Guimarães, pois havia perdido para o rival na fase de grupos por 3 a 2.
Com a conquista deste domingo, o Brasil mantém uma curiosa tradição nesse torneio: de 12 anos para cá, já com Zé Roberto no comando da equipe, a seleção sempre venceu a edição disputada no primeiro ano do ciclo olímpico – ganhou em 2005, 2009, 2013 e, agora, 2017. (Além desses títulos, o time verde-amarelo subiu ao lugar mais alto do pódio em 1994, 1995 e 2006.)
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Assim como nas semifinais, o Brasil começou a partida com Roberta, Tandara, Natália, Rosamaria, Adenízia, Carol e Suelen. Naiane entrou numa inversão no primeiro set junto com Edinara, que ainda voltou à quadra no terceiro set em substituição simples a Tandara. Em rápidas passagens pelo fundo de quadra, Amanda e Drussyla também participaram da partida.
Diferentemente da vitória sobre a China, porém, a virada de bola, ao menos nas duas primeiras parciais, foi um ponto negativo da equipe. Contra um bloqueio que tocava bastante nas bolas e uma defesa bem posicionada, o time brasileiro demorou a engrenar.
Tandara, pela saída de rede, marcou apenas sete pontos – seis no ataque, com 25% de aproveitamento – e teve uma atuação bem abaixo daquela contra a China, quando marcou 22 pontos e pontuou em mais da metade dos ataques que efetuou.
Em compensação, Rosamaria e Natália cresceram no decorrer da partida. Depois de um primeiro set discreto, as duas tiveram bom aproveitamento no ataque: 47% para a atacante do Minas, 50% para a ponteira do Fenerbahçe.
Outro aspecto também é que o bloqueio da equipe, que sofreu com a oposta Louisa Lippmann na primeira metade do duelo, conseguiu neutralizar a atacante em momentos decisivos. No fim, o Brasil marcou 14 pontos no bloqueio: somados aos 19 do sábado, foram 33 acertos nesse fundamento no fim de semana, média de 4,7 pontos por set nesse quesito.
As centrais brasileiras, mais uma vez, tiveram boa atuação: Adenízia fez cinco pontos de bloqueio e Carol, três. Juntas, as duas foram acionadas em 14 oportunidades no ataque e puseram nove bolas no chão. Carol, aliás, ganhou o prêmio de melhor jogadora da competição.
A jovem seleção alemã, que tem dez jogadoras com menos de 24 anos de idade e só a veterana ponteira Maren Brinker acima dos 30, atuou em Montreux com a base da equipe que conquistou, na semana passada, a vaga para o Mundial do Japão 2018.
O time pode lamentar um erro da arbitragem no primeiro set: pressionava a linha de passe do Brasil, com uma boa sequência de saques da ponta Jennifer Geerties, quando uma bola que seria ace e deixaria o placar em 9-3 para a Alemanha foi anotada como fora – e iniciou a reação brasileira na parcial.
A partir do segundo set, o time se mostrou bastante dependente de Lippmann, que passou a ficar marcada pelo block adversário, e os erros – naturais, para um sexteto tão jovem – apareceram: foram 19 pontos concedidos diretamente em falhas ao Brasil.
O terceiro lugar do torneio ficou com a China, que venceu a Argentina por 3 a 1 (25-21, 25-12, 20-25, 25-19).
A próxima competição da seleção brasileira será o Grand Prix, que começa no dia 7 de julho e vai até 6 de agosto. Antes, o Brasil disputa dois amistosos neste mês, dias 27 (Belo Horizonte) e 29 (São Paulo), contra a Polônia.
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