Liga Mundial tem gafe, expulsão, W.O. e até Phelps em quadra
A Liga Mundial 2017 já teve sua primeira semana e com ela, além de mais de 50 partidas, uma série de fatos curiosos, alguns deles absurdos, que o colega João Batista Junior, aqui do Saída de Rede, e eu selecionamos para vocês. Confiram:
Mau começo dos EUA
Desde a edição de 1994, quando foram derrotados nas 12 partidas que disputaram na Liga Mundial, os Estados Unidos não perdiam os três jogos iniciais no torneio. Era esperado que a estreia, na sexta-feira (2), contra a Sérvia, time da casa, trouxesse pouca expectativa de vitória para os americanos, que estão com uma equipe renovada. Porém, após perder por 1-3 para os anfitriões, o time comandado por John Speraw acumulou mais duas derrotas – primeiro para o Canadá (2-3), depois para a surpreendente Bélgica (1-3).
Com apenas um ponto em três partidas, as esperanças de classificação dos EUA para as finais parecem pequenas já na largada: no ano passado, o último classificado para a etapa decisiva, a seleção italiana, obteve 19 pontos e seis vitórias em nove duelos, o que indica que os norte-americanos, se quiserem o tricampeonato da Liga Mundial (venceram em 2008 e 2014), provavelmente vão precisar de uma sequência perfeita daqui para frente. Mas, para quem poupou alguns veteranos e está usando a competição apenas como parte da preparação neste ciclo olímpico, ganhar parece secundário.
Gafe com a bandeira portuguesa
A organização da etapa de Poprad, na Eslováquia, se esmerou: colocou um DJ e um animador em ação no pequeno ginásio para receber, além do time da casa, Austrália, Japão e Portugal pela segunda divisão. A estrutura foi elogiada, o público compareceu. Mas logo na partida de abertura do quadrangular, na sexta-feira (2), entre australianos e portugueses, uma gafe daquelas. Antes da execução dos hinos nacionais, as crianças que entravam com as bandeiras carregavam a de Portugal invertida. Alguns jogadores lusitanos olhavam incrédulos, enquanto outros riam. Até que o líbero Ivo Casas não se conteve e foi ele mesmo ensinar às crianças escaladas pelos organizadores qual era a posição correta (confira aqui o momento da gafe), sendo depois ajudado por alguns colegas de seleção.
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Ativista expulsa na Itália
Enquanto Itália e Irã se enfrentavam na quadra, na sexta-feira (2), a iraniana Darya Safai era expulsa do ginásio pela polícia local (veja vídeo acima). O fato – ultrajante, sob qualquer aspecto – surpreende ainda mais por isso não ter ocorrido na terra dos aiatolás, onde as mulheres não são bem-vindas nas partidas masculinas, mas em Pesaro, Itália.
Ativista política que mora atualmente na Bélgica, Darya costuma ir aos ginásios mundo afora levando mensagens da "Let Iranian Women Enter Their Stadiums" (Deixem as Mulheres Iranianas Entrarem nos Estádios, numa tradução livre), organização que ela representa. Foi assim, por exemplo, na Rio 2016, quando a faixa que ela carregava foi removida por voluntários dos Jogos Olímpicos. Ela foi vista também em Cracóvia, Polônia, durante a primeira fase do Mundial Masculino 2014, onde pôde se manifestar em paz.
Comentarista turco exagera
Uma das mudanças implantadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em 2014 foi a inclusão de comentários online durante as partidas, geralmente feitos por profissionais de comunicação da federação do país que recebe o evento. É um ponto a ponto, meramente descritivo, em inglês, para quem acompanha os jogos no site da FIVB. A norma é ser imparcial, pois a página é vista em todo o mundo.
Pela segunda divisão da Liga Mundial, os turcos receberam em Ancara, neste fim de semana, Holanda, China e Egito. No domingo, na última rodada do quadrangular, a Turquia venceu a seleção holandesa em um disputado 3-2 – com 17-15 no tie break. O comentarista, que vinha descaradamente apoiando sua equipe ao longo da partida, praticamente virou um torcedor fanático (veja imagem acima). Se pudesse, colocaria emoticons para celebrar a suada vitória turca.
Saque brasileiro faz a diferença na vitória sobre a Itália
Três pontos positivos e três negativos do começo de temporada da seleção feminina
W.O. venezuelano
O primeiro jogo da seleção da Áustria na história da Liga Mundial foi vencido por 3-0, parciais de 25-0, 25-0, 25-0. O motivo? O adversário, a Venezuela, não embarcou a tempo para disputar a partida, marcada para sexta-feira (2), em Frankfurt, Alemanha, pela terceira divisão do torneio. A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) deu a vitória aos austríacos por W.O. Foi o primeiro resultado desse gênero na Liga Mundial.
Nas rodadas seguintes, venezuelanos e austríacos, por coincidência, tiveram desempenhos iguais contra a Alemanha, que bateu as duas seleções por 3-1, e contra o Cazaquistão, a quem venceram em quatro sets.
No vôlei olímpico, em Montreal 1976, a equipe masculina do Egito perdeu na estreia por 3-1 para o Brasil e, em seguida, num ato político que abrangeu todo o continente africano, retirou-se do torneio e perdeu para União Soviética, Japão e Itália por W.O.
Tem Phelps no vôlei
Não, o supercampeão americano de natação Michael Phelps, recordista de medalhas olímpicas (23 ouros, três pratas e dois bronzes), já aposentado das piscinas, não migrou para outra modalidade. Também não é nenhum parente dele. O Phelps em questão é o central português Phelipe Martins, 26 anos, 2,01m.
O apelido, ele contou ao SdR, é de infância, não tem nada a ver com o nadador, que se tornou mundialmente famoso nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. "Phelps foi uma brincadeira de um treinador. Ele tinha muitos atletas que se chamavam Filipe e, como meu nome é com 'ph', surgiu essa ideia para me distinguir dos outros", disse Phelipe. Como apelido na camisa (ou camisola, como dizem lá em Portugal) não é exclusividade dos brasileiros, o meio de rede joga com o seu estampado nas costas.
Brasileiros no Qatar
A naturalização de atletas não é novidade no Qatar – que até foi vice-campeão mundial masculino de handebol, em 2015, com um time majoritariamente composto por estrangeiros. Nesta Liga Mundial, a seleção do Oriente Médio, que também é uma verdadeira legião estrangeira, com jogadores vindos da Bósnia, da Sérvia, da Síria, do Senegal, de Montenegro, inscreveu três brasileiros: o central Thiago Guimarães e os pontas Geraldo Graciano e Renan Ribeiro.
Neste primeiro fim de semana de disputas, apenas Renan Ribeiro, entre os brasileiros-cataris, entrou em quadra. Ponteiro titular, capitão da equipe, ele foi o maior pontuador do time na derrota por 1-3 para a Espanha, marcando 12 vezes – o Qatar fechou a primeira semana de jogos com uma vitória de 3-0 sobre a Grécia e um revés para o México em sets diretos.
EUA com novo fornecedor, mas sem contrato
Após vestir uniformes da japonesa Mizuno por mais de dez anos, as seleções americanas têm novo fornecedor: a multinacional de origem alemã Adidas. A equipe masculina entrou em quadra na Liga Mundial, em Novi Sad, na Sérvia, vestindo a conhecida marca das três listras. Só um problema: como a mudança foi feita de última hora, a USA Volleyball, organização que administra o vôlei nos Estados Unidos, sequer teve tempo de assinar o contrato com a Adidas, o que deverá ser feito nos próximos dias. Os atletas aprovaram tanto o conforto quanto o design do novo material.
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