Ainda inconstante, mas pouco exigido, Brasil bate Irã por 3-1 na Liga Mundial
Mais do mesmo foi o que se viu na vitória de virada do Brasil sobre o Irã por 3-1 (21-25, 25-19, 25-22, 25-22) na segunda rodada da primeira semana da Liga Mundial 2017, em Pesaro, Itália. O triunfo sobre a ajustada, porém limitada, equipe persa não escondeu as diversas falhas da seleção brasileira, que fez apenas sua segunda partida no ano, depois da derrota na sexta-feira por 2-3 contra a Polônia. O time comandado por Renan Dal Zotto ainda sente a falta de ritmo, oscilando bastante, algo nada surpreendente em razão da periodização que marca as diferentes fases da temporada – na atual, a ênfase recai sobre a musculação, o que deixa o time menos ágil.
É bom que se diga que o Brasil está em um estágio anterior da preparação, pois poloneses, iranianos e italianos – estes últimos adversários no domingo – estão reunidos há mais tempo e fizeram amistosos antes da competição, o que lhes dá alguma vantagem.
Curta o Saída de Rede no Facebook
O saque brasileiro só começou a funcionar a partir do segundo set, permitindo que a seleção finalmente pudesse executar seu jogo, ainda que tenha ficado claro que há muito a melhorar. A recepção foi menos irregular neste sábado, mas o serviço iraniano não é tão agressivo e variado quanto o da Polônia. Pela manhã, segundo o Saída de Rede apurou, Renan havia colocado o time para treinar justamente saque e recepção.
Thales e Evandro se destacam
O técnico escalou como titulares o levantador Bruno, o oposto Evandro, os pontas Lucarelli e Maurício Borges, os centrais Otávio e Maurício Souza, e o líbero Thales, que fez sua estreia na seleção principal – o meio de rede Otávio havia entrado brevemente diante da Polônia. Thales foi um dos destaques do jogo, sólido no passe e com defesas em momentos cruciais. Evandro, a exemplo da estreia, foi o desafogo de Bruno, dever de ofício na cartilha dos opostos. O atacante brasileiro de saída de rede deixou a quadra com 27 pontos, sendo o maior pontuador da partida – marcou 25 vezes no ataque em 38 tentativas, um aproveitamento de 65,8%.
A imprecisão nas bolas longas, uma constante na carreira de Bruno Rezende, foi menos frequente contra o Irã do que na estreia, mas às vezes atrapalhou o time, tanto na virada de bola quanto nos contra-ataques.
A seleção do Irã vinha de uma derrota em sets diretos diante de uma renovada Itália. A equipe persa mantém como principal referência o habilidoso levantador Saied Marouf. O outro astro do time, o central Seyed Mousavi, um dos melhores bloqueadores do mundo, não participa da primeira semana da Liga Mundial. Ficou na capital iraniana, Teerã, ainda se recuperando de uma lesão no joelho. O restante da equipe, longe de ser brilhante, porém correta, conseguiu impor dificuldade ao ainda desentrosado Brasil, especialmente na primeira parcial, quando o saque brasileiro não entrou.
Neste domingo, o time de Renan entra em quadra mais cedo, às 9h (horário de Brasília), contra a renovada Itália, que não conta com os craques Ivan Zaytsev e Osmany Juantorena na Liga Mundial – o primeiro volta para o Campeonato Europeu, em agosto, e o outro somente no ano que vem. Os italianos venceram o Irã por 3-0 e foram batidos por 3-1 pelos poloneses.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.