Três pontos positivos e três negativos do começo de temporada da seleção feminina
Encerrado o segundo amistoso entre Brasil e República Dominicana (nova vitória verde-amarela por 3 a 1, agora com parciais de 25-13, 17-25, 25-23 e 25-14), é hora de fazer uma avaliação dos primeiros momentos da equipe de José Roberto Guimarães na temporada 2017 de seleções. Apesar de ainda haver muita coisa para acontecer, a começar pelo Torneio de Montreux na semana que vem, já é possível detectar alguns indícios daquilo que o time deve enfrentar este ano.
Para o jogo em Belém, Zé optou por uma formação parecida com a do duelo em Manaus. As únicas diferenças foram as presenças de Rosamaria no lugar de Drussyla e Léia na vaga de Suelen – o treinador, porém, voltou a apostar na nova líbero do Dentil/Praia Clube depois de uma atuação muito ruim da defensora do Camponesa/Minas na segunda parcial. Drussyla também teve suas oportunidades, especialmente no quarto set, enquanto Naiane, Fernanda Tomé e Edinara participaram das inversões 5-1. Amanda voltou a exercer a função de sacadora, mas teve alguns minutinhos a mais em quadra desta vez.
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E quais foram as grandes qualidades do Brasil? Listamos abaixo:
Bloqueio
Quem acompanha a carreira de Zé Roberto sabe o quanto ele se preocupa com o sistema defensivo dos times que comanda. E esse trabalho começa justamente no bloqueio. Tocando quase sempre os ataques adversários, o fundamento foi destaque na seleção brasileira, seja com Adenízia ou com Carol comandando a rede. Os paredões, porém, não se limitaram às centrais e Natália, Tandara e Drussyla também fizeram um bom trabalho neste quesito
Novatas
Falando em Drussyla, a jovem ponteira tem estendido a ótima fase que começou na reta final da Superliga à seleção brasileira. Apesar de só ter acumulado minutos em quadra no último set, foi a melhor jogadora brasileira na posição, com um ótimo aproveitamento no ataque. O mesmo ímpeto ofensivo foi visto em Edinara, que nem parecia estar iniciando sua história com a seleção adulta. Ao lado de Amanda, que já tem 28 anos,a jovem promessa lapidada pelo São Cristóvão Saúde/São Caetano foi a grande responsável pela virada no terceiro set, onde o Brasil saiu de um 19-22 para a vitória por 25-23
Tandara
Apesar de parecer não se sentir tão à vontade atacando pela saída como pela entrada, fruto do fato de ser aproveitada como ponteira na temporada de clubes, a oposta Tandara mostrou que pode ser a bola de segurança na seleção, função que já exerce no Vôlei Nestlé. Isso é especialmente importante em um momento no qual Zé Roberto busca uma definidora para encarar as principais seleções do mundo. Resta saber se ela conseguirá manter o nível diante de times europeus e dos Estados Unidos.
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Por outro lado, o que ainda tem (muito) espaço para melhorar? Na nossa opinião, são os seguintes itens:
Falhas no fundo de quadra
Seja na recepção ou na defesa, a seleção brasileira cedeu muitos pontos bobos por falhas em seu fundo de quadra. Bastou as dominicanas variarem um pouco mais o saque, para a linha formada por Léia, Natália e Rosamaria se enrolar no segundo set. Em termos defensivos, o time ainda aparentou estar um tanto quanto "travado", excessivamente lento para chegar em determinadas bolas, o que comprometeu possibilidades de contra-ataques – apenas Suelen apresentou um desempenho razoável neste aspecto. Isso pode ser fruto de um trabalho físico mais pesado, mas a resposta de fato só teremos no decorrer das próximas semanas, com a evolução da temporada.
Dificuldade em virar a bola sem o passe A
Se no primeiro jogo a atuação de Roberta ficou marcada por bolas imprecisas, dessa vez a levantadora se apresentou um pouco melhor. Com o passe na mão, ela teve uma ótima atuação no primeiro set, mas bastou precisar se deslocar para fazer levantamentos para voltar a ter dificuldades. Claro que esta não é a situação ideal para uma armadora, mas saber jogar em condições adversas é essencial para quem quer se consolidar na seleção
Ponteiras com altos e baixos
Dentro desse contexto, ressalte-se que os melhores momentos dominicanos coincidiram com as ponteiras brasileiras em dificuldade. Natália e Rosamaria viveram muitos altos e baixos, não sendo o desafogo necessário para acompanhar Tandara e protagonizando problemas na recepção. A exceção ficou por conta de Drussyla, mas não dá pra jogar uma responsabilidade desse tamanho de cara nas costas de uma novata.
E você, o que achou? Deixe na caixa de comentários suas primeiras impressões da seleção brasileira feminina na temporada 2017.
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