Hora do deca? Liga Mundial começa neste fim de semana e põe à prova seleção de Renan
Para quem estava com saudade do voleibol das seleções, ou, simplesmente, de ver a seleção brasileira jogar, a Liga Mundial é a boa pedida do mês. Com 36 equipes agrupadas em três divisões de 12 participantes cada uma, a competição começa às 4h da manhã desta sexta-feira (horário de Brasília), em Seul, com um duelo válido pelo grupo II, entre Finlândia e Eslovênia. Os dois países conquistaram classificação para o Mundial da Itália e Bulgária 2018 no último fim de semana. O Brasil também estreia na sexta, ao meio-dia, em Pesaro (Itália), contra a Polônia.
Ao todo, só neste fim de semana, haverá 54 partidas da Liga Mundial disputadas em nove cidades de nove países diferentes. Em que pese o inchaço da competição, são números impressionantes, ainda mais se comparados aos da primeira edição, em 1990, quando oito times participaram do campeonato, perfazendo 52 jogos no total.
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O Brasil entra no torneio com uma missão sabidamente definida: conquistar o decacampeonato. As mudanças este ano na comissão recomendam cautela nas projeções sobre a seleção, mas manter base campeã olímpica em detrimento de iniciar o processo de renovação do elenco é sinal de que, para o time verde-amarelo, o importante na primeira Liga Mundial deste ciclo olímpico é levantar o troféu.
Já falamos sobre essa opção do técnico Renan Dal Zotto. Em prol de sua decisão, é preciso considerar o fato de o Brasil não ganhar a competição desde 2010 e a fase decisiva deste ano ser no país – na Arena da Baixada, em Curitiba, entre 4 e 8 de julho.
Os outros semifinalistas dos últimos Jogos Olímpicos, Itália, EUA e Rússia, preferiram poupar seus veteranos.
A Itália não terá o oposto Ivan Zaytsev, que só volta para disputar o Europeu em agosto, nem o ponta Osmany Juantorena, que só deve voltar ano que vem, tampouco o central Birarelli.
Os Estados Unidos, em relação aos principais nomes dos últimos anos, não terá o ponta/oposto Matt Anderson e o meio de rede Max Holt, que descansam, nem o ponteiro William Priddy, que foi para o vôlei de praia, nem o central David Lee, que ainda pretende voltar a defender a seleção no Mundial do ano que vem.
A Rússia, que sofreu bastante com lesões no ciclo passado, só deve contar com o levantador Grankin e o oposto Mikhaylov no Campeonato Europeu, enquanto o central Muserskiy, que se desentendeu com a federação local, continua fora da equipe.
Já a atual campeã mundial Polônia tem apenas um jogador com 30 anos de idade no elenco (o ponta Rafal Buszek). Com os opostos Dawid Konarski e Maciej Muzaj (a quem já entrevistamos com exclusividade) convocados e o ponta Mateusz Mika machucado, Bartosz Kurek deverá jogar na entrada de rede.
Pela relação dos jogadores inscritos, França e Sérvia – os dois últimos vencedores da Liga Mundial – é que devem ser os principais rivais do Brasil no torneio.
Mesclando experiência e juventude, a França terá o ponteiro N'gapeth, o levantador Toniutti, o líbero Grebennikov, os centrais Le Roux e Le Goff, mas também aposta em nomes como os pontas Trevor Clevenot e Thibault Rossard, que já estavam no time nas Olimpíadas, além do oposto Stephen Boyer – titular nas eliminatórias do mundial, primeira competição da França desde a aposentadoria de Antonin Rouzier da seleção.
A Sérvia, que ficou fora da Rio 2016, manteve a base do time campeão ano passado em Cracóvia (na Polônia), que já era bem jovem, com os pontas Ivovic e Uros Kovacevic, o armador Jovovic, os centrais Lisinac e Podrascanin, e ainda terá o reforço do oposto Aleksandar Atanasijevic – que, contundido, não atuou nas finais daquela Liga Mundial.
Das possíveis surpresas, a Argentina terá a base do time que fez uma ótima campanha nos Jogos Olimpicos, mas não terá seu principal jogador, o atacante Facundo Conte, que aceitou a folga oferecida pelo técnico Julio Velasco.
Depois da estreia contra a Polônia, o Brasil joga ainda, neste fim de semana, contra o Irã (ao meio-dia do sábado) e contra Itália, às 9h do domingo. Os compromissos seguintes da seleção serão em Varna, Bulgária, dias 9, 10 e 11 deste mês, contra Canadá, Polônia e Bulgária, respectivamente. Por fim, em Córdoba, na Argentina, a seleção brasileira encerra a fase classificatória jogando diante de Bulgária, Argentina e Sérvia, entre os dias 16 e 18.
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