Brasil Kirin deixa o vôlei, mas Campinas segue na Superliga
A Brasil Kirin, empresa do ramo de bebidas cujo controle mudou de mãos este ano, não vai renovar o contrato com o time de vôlei masculino de Campinas, que na Superliga 2016/2017 terminou em quarto lugar. A equipe, porém, segue com suas atividades, garantiu ao Saída de Rede o gestor do projeto, Fernando Maroni. O clube, de propriedade da Entertainment Sports Management (ESM), conta com os seis cotistas menores da temporada passada e, segundo Maroni, agregou mais dois – os nomes são mantidos em sigilo até que seja definido o limite de cotas pela ESM. O time procura um patrocinador master para a temporada 2017/2018. Outra opção, revelou o gestor, é ampliar ainda mais o número de cotistas.
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Patrocinador tem novo dono
O fim do patrocínio ainda não foi oficialmente anunciado porque o contrato se encerra no dia 10 de junho. A Brasil Kirin, que pertencia ao grupo japonês Kirin, foi comprada pela multinacional holandesa Heineken. A aquisição ocorreu em fevereiro, mas somente no início deste mês a transação recebeu o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Heineken, conforme o SdR apurou, não tem interesse em investir na modalidade no momento.
O blog procurou a Brasil Kirin para falar sobre o encerramento da parceria com o time do interior paulista. A produtora de bebidas se manifestou por meio de uma nota: "A Brasil Kirin informa que encerrará o patrocínio do time masculino de Campinas, o Vôlei Brasil Kirin, a partir de junho de 2017. A empresa tem muito orgulho em ter feito parte da trajetória de sucesso do time Brasil Kirin por quatro anos. Além do time profissional, apoiou fortemente a formação de jovens atletas nas categorias de base e o pilar social, realizado por meio do projeto Vôlei em Rede, em parceria com o Instituto Compartilhar".
O Campinas mantém equipes nas categorias de base e, por ter captado recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) via Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, a Brasil Kirin terá que permanecer apoiando as equipes juvenil, infantojuvenil e infantil até dezembro deste ano, mesmo tendo deixado a parceria com o time adulto.
Dileo permanece
O clube já renovou com o técnico argentino Horacio Dileo. "Estou muito confortável e feliz no Campinas. Mesmo com a nossa limitação de recursos na temporada passada, creio que fizemos um trabalho muito bom, houve bastante comprometimento", disse o treinador ao SdR. Além do clube, Dileo treinará, agora na temporada de seleções, a equipe masculina da Colômbia, papel que já desempenhou de 2010 a 2012.
Após o final da Superliga 2015/2016, o Brasil Kirin esteve ameaçado de desmanche e perdeu atletas importantes, que ajudaram o time a chegar ao vice-campeonato naquela edição, como o ponta Lucas Lóh e o levantador argentino Demián González. O patrocinador segurou Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, entre outros, e apesar das oscilações a equipe terminou o campeonato 2016/2017 em quarto lugar. Desta vez, no entanto, Souza e Brendle deixaram a equipe – os dois assinaram com o Sesc para o período 2017/2018.
Maroni, claro, está ciente de que o time está atrasado na corrida pelas contratações e afirmou que pretende fazer o melhor dentro das possibilidades. "Dependendo de como vamos fechar o nosso orçamento, talvez seja possível contratar um estrangeiro, quem sabe", comentou.
Histórico
A Brasil Kirin manteve parceria com o clube de Campinas por quatro anos, sendo os três primeiros como patrocinador exclusivo. Nos três anos anteriores a entrada da empresa de bebidas, a equipe tinha aporte exclusivo da Medley, do ramo farmacêutico. A melhor colocação do time criado em 2010 foi justamente o vice-campeonato na Superliga 2015/2016.
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