Convocação de Zé Roberto tem o que deve ser feito em 2017: renovação
A lista das 24 convocadas pelo técnico José Roberto Guimarães para defender a seleção brasileira no Torneio de Montreux e de inicialmente inscritas no Grand Prix 2017 mostra que o primeiro ano do ciclo olímpico é, de fato, propício a testes. Nomes como Fernanda Garay, Thaisa, Dani Lins ou Jaqueline devem figurar noutras convocações – recordemos, inclusive, que Fabiana e Sheilla já disseram publicamente que não pretendem mais atuar na seleção, mas o treinador já deixou claro que ainda gostaria de contar com as duas. Porém, pensando que oito das 12 jogadoras do time das Olimpíadas do Rio tinham mais de 29 anos de idade, o que se impõe agora é a necessidade de dar rodagem a jogadoras mais jovens.
No plantel atual, apenas Adenizia, Tandara e Natália já têm uma medalha olímpica no currículo – o ouro de Londres 2012. A elas, juntem-se Juciely, Gabi e Léia, que disputaram a Rio 2016, e Carol, bronze junto com todas elas (exceto Juciely) no Mundial da Itália 2014. As sete são as únicas da lista que já participaram de alguma das duas principais competições do voleibol mundial.
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É bom frisar que essa lista vai sofrer alguns cortes, especialmente para o Grand Prix. Dito isso, registre-se que apenas quatro das 24 convocadas têm 30 anos de idade ou mais e que metade do elenco nem completou 26 anos ainda. É de se notar, por exemplo, que as levantadoras que conquistaram o mundial sub-23 em 2015 – as paraenses Juma e Naiane – foram convocadas e, junto com elas, outros seis nomes daquela equipe: Rosamaria, Saraelen, Paula Borgo, Valquíria, Gabi Souza e Drussyla.
Outro aspecto próprio do período de experimentos é a posição em que algumas das jogadoras atuarão. Em Montreux, Edinara e Fernanda Tomé, de acordo com o anúncio oficial, jogarão na saída de rede, enquanto, no Grand Prix, devem figurar na entrada – nesta temporada, pelo São Cristóvão Saúde/São Caetano, Edinara, que passou boa parte do primeiro turno da Superliga na reserva, jogou mais como oposta e Tomé, ponteira. Já Gabi Souza, embora ponta do Vôlei Nestlé, é uma das três líberos inscritas para o GP.
Uma curiosidade na convocação de Zé Roberto é que, das titulares do time campeão brasileiro há algumas semanas, apenas a líbero Fabi – que não defende a seleção desde 2013 – não foi chamada: embora nenhuma jogadora do Rexona-Sesc esteja na seleção da Superliga (a CBV considera apenas as estatísticas para montar seu time ideal), o clube carioca foi o que mais jogadoras cedeu à equipe nacional, com seis atletas – uma a mais que o Osasco, o que contabiliza 11 finalistas da Superliga 2016/2017.
Dentre as jogadoras do Rio, ressaltem-se a oposta Monique, que ano passado alegou motivos pessoais para pedir dispensa da seleção às portas do Grand Prix, e a ponta Drussyla, que assumiu a titularidade da equipe comandada por Bernardinho na reta final da temporada e terminou como um dos destaques do time. Além delas, a levantadora Roberta, que enfim disputou uma Superliga completa como titular do Rexona, ganhou mais uma chance para se firmar na seleção: campeã do GP como reserva de Dani Lins, ela deu lugar a Fabíola no time olímpico.
Será também uma boa oportunidade para a atacante Rosamaria, do Camponesa/Minas, deslocada da saída para a entrada de rede, a levantadora Macris, a ponteira Amanda e a central Bia mostrarem na seleção o bom voleibol que apresentaram na Superliga.
Outra curiosidade na lista é que a central Saraelen e a oposta Paula Borgo perderam espaço no time titular do Vôlei Nestlé, respectivamente, para Nati Martins e Ana Bjelica, e ainda assim foram convocadas. O mesmo vale para Gabi, que passou mais tempo na reserva de Malesevic do que em quadra, mas, como já dito, com a ressalva de haver sido chamada para jogar de líbero.
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As três atletas que atuam o exterior, por sua vez, tiveram uma temporada muito boa. Na liga italiana, a líbero Suelen foi titular do Bergamo, quarta melhor campanha da fase classificatória, enquanto a meio de rede Adenízia, pelo Scandicci, foi a central que mais fez pontos na competição – tanto no geral, quanto de bloqueio. Na Turquia, a ponteira Natália foi campeã pelo Fenerbahçe da copa e da liga locais, sendo, inclusive, premiada como a melhor jogadora das finais do campeonato nacional.
O torneio de Montreux será disputado entre os dias 6 e 11 de junho. O Brasil está no grupo B, ao lado da Alemanha, da Tailândia e da Polônia, contra quem estreia Já no Grand Prix, que começa dia 7 de julho e vai até 6 de agosto, a caminhada brasileira começa em Ancara, na Turquia, diante da Bélgica. Antes, nos dias 30 de maio e 1º de junho, a seleção encara a Rep. Dominicana em amistosos, respectivamente, em Manaus e Belém.
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