Taubaté valoriza final, mas Sada Cruzeiro manda recado: só o tempo para acabar com a hegemonia mineira
O filme visto há duas semanas na final feminina se repetiu neste domingo (7) no ginásio do Mineirinho. Diante de um adversário valente, que valorizou a conquista, o time favorito manteve a hegemonia e manteve a taça da Superliga. Com um 3 sets a 1 no placar (25-22, 25-22, 18-25, 25-19), o Sada Cruzeiro bateu a Funvic/Taubaté e conquistou o quinto título do torneio, o quarto consecutivo. Foi a primeira equipe desde a criação da Superliga, na temporada 1994/1995, a conquistar o troféu cinco vezes.
Seria injusto considerar apenas a história do quarto set e dizer que Taubaté jogou mal. Não esteve. Sob o comando do técnico Cézar Douglas, o time paulista conseguiu equilibrar os dois primeiros sets e venceu o terceiro com folga. Maior pontuador desta edição, o oposto Wallace correspondeu às expectativas, o bloqueio apareceu e, com exceção da quarta parcial, o saque se manteve em bom nível.
Só no quarto set, pontuado por uma áspera discussão entre Mário Jr. e Danilo Gelinski, foi que os vice-campeões estiveram flagrantemente abaixo do melhor conjunto cruzeirense.
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Se alguém ainda duvidava, o time mineiro mais uma vez provou que a alcunha de "multicampeão" não é casual. Extremamente bem treinado e armado pelo técnico argentino Marcelo Mendez, o Sada está sempre pronto para punir qualquer deslize adversário. Na final, especialmente nos sets mais disputados, essa premissa prevaleceu.
Para ressaltar um valor individual do Cruzeiro na decisão, esse nome poderia ser o de Evandro, a bola de segurança do time, ou Isac, que jogou sua melhor partida na temporada justamente no jogo mais importante, mas parece mais correto dizer o melhor do jogo foi William.
Para ganhar o duelo particular contra Raphael e levar o Sada Cruzeiro à vitória e ao título, o "Mago" teve uma distribuição de bolas irretocável e foi bem, até, no bloqueio – embora sua estatura de 1,86m diga que não deveria se destacar nesse fundamento.
Numa jornada bastante oscilante de Leal, o levantador do time mineiro teve a seu dispor a eficiência Evandro e esperou o quanto pôde para começar a acionar os centrais – e o fez na hora certa.
(Aliás, a vitória num dia ruim do ponteiro cubano naturalizado brasileiro mostra, ainda, que o Cruzeiro sempre tem de onde extrair recursos quando a situação se complica.)
Com o jogo equilibrado na reta final do primeiro set, muito graças ao bloqueio do Taubaté, eis que a equipe mineira se sobressai com Isac e Leal: o central não havia pontuado no ataque, foi acionado três vezes consecutivas por William e pontuou nas três, enquanto o ponta cubano naturalizado brasileiro, que teve dificuldades no ataque, fez a diferença no saque.
Se a equipe começou o segundo set quebrando o passe cruzeirense, Evandro distribuiu pancadas no saque e igualou o marcador. E Filipe, ponteiro passador por excelência, pontuou em ataques importantes para o time conquistar vantagem na parcial.
Foi, então, que o técnico Cezar Douglas mudou e se deu bem. Nas primeiras parciais, o treinador do Taubaté não hesitou em tirar Lucarelli ou Wallace (ou ambos simultaneamente), e, na terceira parcial, pôs Japa no lugar de Lucas Lóh. O ritmo do jogo mudou, Raphael, com o passe mais à mão, melhorou na distribuição e com uma atuação firme de Wallace, o time ganhou sobrevida na decisão.
No quarto set, porém, as rédeas do jogo voltaram para o Sada Cruzeiro. Com a virada de bola facilitada pelos erros de Taubaté no serviço e com o sistema defensivo propiciando contra-ataques, a equipe mineira venceu a parcial com tranqulidade.
Resta a quem gosta de vôlei apenas admirar e aplaudir a equipe mais vitoriosa da história do voleibol masculino do Brasil, o hegemônico e multicampeão Sada Cruzeiro.
Colaborou Carolina Canossa
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